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5 de março de 2011

MRS vai realocar famílias no Guarujá

Das 1.700 famílias que vivem às margens de 2,5 km de ferrovias ao sul do porto de Santos, cerca de 670 serão retiradas ainda este ano. Essas pessoas moram dentro dos limites da faixa de domínio, espaço mínimo estabelecido para manter as construções longe dos trilhos. Com a retirada, será construído um pátio de apoio que vai ampliar a linha atual em até seis vias, gerando aumento da quantidade de carga transportada.


Além do acréscimo de locomotivas circulando, a velocidade dobrará, passando dos atuais 20 km/h para 40 km/h, dobrando a produtividade. "Com a retirada das famílias vamos aumentar a segurança, evitando atropelamentos, aumentar a velocidade média dos trens, gerar uma capacidade extra de transporte com a facilidade de acesso e tornar o modal mais barato e competitivo. Esse local, com as invasões, é um dos maiores gargalos de acesso ao porto de Santos", disse José Roberto Lourenço, gerente de Relações Institucionais da concessionária MRS.


A prefeitura do Guarujá e a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) vão participar ativamente da retirada das famílias. A prefeitura cuidará da logística da saída das pessoas do local e auxiliará na reacomodação e construção das novas moradias no bairro Parque da Montanha. As casas serão construídas com recursos oriundos do Minha Casa Minha Vida e da Codesp.


Na segunda-feira o governo anunciou um corte de cerca de R$ 5 bilhões do programa de moradia. Segundo fontes do setor, não há risco de que os cortes afetem esse projeto em especial. "Não vai haver suspensão do dinheiro do programa, pois os contratos já foram assinados", disse uma fonte que prefere não se identificar. Na última semana de fevereiro a prefeitura do Guarujá já entregou as primeiras unidades do Complexo da Montanha para 38 famílias.


As contrapartidas virão de várias frentes. A MRS, concessionária que utiliza a ferrovia, vai entrar com recursos para o apoio logístico da retirada, vans para levar as pessoas, caminhões de mudança, lanches, maquinário para demolição de barracos, dentre outros. Outra função da empresa após a retirada será a vedação da faixa de domínio, murando a região para evitar novas invasões. A MRS e Portofer (braço da ALL) vão entrar com ajuda financeira para o aluguel social.
A Codesp está ajudando financeiramente nessa empreitada. A companhia já pagou sete parcelas das 21 de R$ 400 mil acordadas.
Atualmente, existem construções a apenas cinco metros das ferrovias. Com a retirada das famílias, as construções ficarão a 35 metros dos trilhos, criando um espaço de segurança. O trecho é utilizado, principalmente, pelas concessionárias MRS e ALL. Fonte: Valor Econômico  Fotos: Ricardo Guimarães 

Página: Oficial Diário da CPTM

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