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28 de março de 2011

Nova estação do metrô de São Paulo no Butantã facilita acesso à USP

A Estação Butantã, que fica próxima à Universidade de São Paulo (USP). Com a nova estação, os passageiros podem levar somente sete minutos, saindo da Avenida Paulista. Depois, da Estação do Butantã até a USP, é necessário pegar ônibus.
A construção da Linha 4-Amarela começou em junho de 2004 e ficou marcada por um acidente em 2007. Em 12 de janeiro daquele ano, um desmoronamento, no canteiro de obras da Estação Pinheiros, matou sete pessoas e paralisou os trabalhos na linha por dois meses.
No ano passado, foram abertas as duas primeiras estações da linha: Paulista e Faria Lima. Desde então, os trens operam em horário reduzido, de segunda à sexta-feira, das 8h às 15h, à espera da abertura de novas estações e a integração com o trem metropolitano.
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, disse hoje, na inauguração da Estação Butantã, que a Linha 4 deve passar a operar das 4h40 à meia-noite, em junho. Até lá, a Estação Pinheiros já estará aberta e o sistema de integração do metrô, com os trens metropolitanos, estará funcionando.
Segundo ele, a Linha 4 transportará 900 mil pessoas por dia. Será também uma linha estratégica para o sistema de transporte da capital pois será interligada às linhas 2-Verde e 3-Vermelha do metrô, e com a Linha 9-Esmeralda da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). “Isso deve ajudar a cidade porque muita gente vai deixar o automóvel para utilizar o metrô”, disse.
Alckmin admitiu, no entanto, que a rede de metrô e trens da cidade é insuficiente. “Estamos com 70,9 quilômetros de metrô, que é pouco. O ideal é o dobro disso, no mínimo”, afirmou.
O engenheiro e professor da USP, Jaime Waisman, também partilha da opinião que a rede do metrô é insuficiente em São Paulo. Segundo ele, a construção das linhas já começou atrasada, na década 60, quando a capital já tinha quase 6 milhões de habitantes. “Na Europa, há um consenso de que, quando uma cidade tem mais de 1 milhão de habitantes, começa-se a construir o metrô.”
Este atraso nunca foi compensado, disse Waisman, e atualmente a construção das linhas ainda segue lenta. “Construir metrô em uma cidade como São Paulo, em que falta espaço, é caro e demorado”, explicou o professor.
Apesar disso, ele disse as obras de expansão do metrô na capital paulista andam muito mais rápido do que em outros locais do país. Segundo Waisman, cidades como Fortaleza e Salvador, por exemplo, começaram a construir suas linhas de metrô nos anos 90 e ainda têm uma malha muito pequena. “Em São Paulo, as obram andam devagar, mas andam”.
O governo Alckmin afirmou que pretende acelerar o ritmo de expansão do metrô. Segundo o governador, há projetos de novas linhas em análise e sua intenção é tocar várias obras simultaneamente durante os próximos anos. “Este é o objetivo. É fazer o mais rápido possível. Precisa ter recurso, pois não são obras baratas”, concluiu. Fonte: Agenciabrasi

Página: Oficial Diário da CPTM

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