O governo deverá adiar de abril para julho o leilão de concessão do trem-bala que ligará Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro, obra prioritária do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) orçada em mais de 30 bilhões de reais, disse à Reuters uma fonte do governo nesta quarta-feira.
Segundo a fonte, que pediu anonimato, a decisão final sobre a data do leilão será tomada após reunião da presidente Dilma Rousseff com representantes do Ministério dos Transportes, da Casa Civil e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Desde a semana passada vêm acontecendo reuniões em Brasília entre a pasta dos Transportes, a Agência Nacional dos Transportes Terrestres (ANTT) e BNDES para analisar o pedido dos investidores -entre eles os espanhóis da Talgo- de adiar o leilão.
As empresas querem mais tempo para analisar o projeto e formar os consórcios que entrarão na disputa.
Segundo essa mesma fonte no governo, os pedidos, feitos por diferentes empresas, vão de dois a seis meses de adiamento. "Mas avaliamos que o melhor seria adiar por 90 dias, por isso deve ser em julho", disse a fonte.
Se confirmado, esse será o segundo adiamento do leilão do Trem de Alta Velocidade (TAV). Inicialmente, a licitação ocorreria no dia 16 de dezembro passado, mas foi remarcado para 29 de abril, sendo que a entrega dos envelopes com as propostas ocorreria no dia 11 de abril. A entrega das propostas também deverá ficar para julho.
O projeto, de 500 quilômetros de extensão, prevê a interligação dos aeroportos de Viracopos (Campinas), Guarulhos (São Paulo) e Galeão (Rio de Janeiro) e é uma das obras importantes de infraestrutura para a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016.
Fonte: G1