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15 de março de 2011

Monotrilho não vai atrasar, diz Metrô SP

A decisão da Justiça de proibir a assinatura do contrato para a construção da Linha 17-Ouro do Metrô não vai atrasar a obra, afirmou neste sábado (12) o presidente do Metrô SP, Sérgio Avelleda. A linha será um monotrilho que ligará a Estação Jabaquara (Linha 1-Azul) ao Estádio do Morumbi – com um ramal até o Aeroporto de Congonhas. 


A garantia de que o prazo será cumprido foi dada por Avelleda durante encontro com moradores do bairro Paraisópolis, na zona sul, onde está prevista a construção de uma estação.


A proibição da assinatura do contrato foi estabelecida em liminar (decisão provisória) concedida pela juíza Celina Kiyomi Toyoshima, da 3ª Vara da Fazenda Pública. O processo para que a obra não avance é movido pela Sociedade dos Amigos de Vila Inah (Saviah). Para a entidade, o monotrilho é caro e não atende a demanda dos bairros por onde irá passar.


A nova linha, além de ser interligada com a Estação Jabaquara, fará integração com a futura Estação Água Espraiada da Linha 5-Lilás, com a Estação Morumbi da Linha 9-Esmeralda da CPTM e com a Estação São Paulo-Morumbi, da Linha 4-Amarela. “Na realidade, a liminar ainda não nos provoca atrasos porque proíbe apenas a assinatura dos contratos e ainda estamos na fase de licitação”, diz Avelleda. “Já entramos com um recurso e acreditamos que a decisão será revertida antes do término da licitação, que vai demorar mais dois meses.”


O presidente da União de Moradores de Paraisópolis, Gilson Rodrigues, defendeu a obra. “Levamos, todos os dias, mais de uma hora da comunidade até o centro”, destaca, acrescentando que em Paraisópolis eles já colheram mais de 30 mil assinaturas a favor da construção do monotrilho.


Os moradores do Morumbi, Vila Sônia e Butantã são contra o projeto porque acreditam que irá degradar a paisagem e desvalorizar os imóveis. A previsão é que parte da obra seja entregue em 2014.


Ivis Jadul, vice-presidente da Saviah, acredita que a proposta é cara e não adequada a demanda. “O projeto foi aprovado porque na época existia a história do estádio do São Paulo Futebol Clube abrigar jogos da Copa. A lógica de ligar o aeroporto até o estádio não existe mais porque o estádio não será mais usado”, diz.  Foto: Skyscrapercity

Página: Oficial Diário da CPTM

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