Filas nas catracas, plataformas lotadas, demora para conseguir embarcar nos trens. O cenário, típico das grandes estações de transferência do metrô paulistano, como Sé e Paraíso, começa a caracterizar a Consolação, da Linha 2-Verde, onde o número de passageiros subiu 68% só nos últimos quatro meses.
Em maio, cerca de 84 mil pessoas usavam a estação por dia; na quarta-feira passada, circularam por lá 142 mil usuários. O período coincide com ampliações no funcionamento da Linha 4-Amarela, cuja Estação Paulista faz conexão com a Linha 2 na Consolação. Entre as principais mudanças estão a abertura da Estação Pinheiros e a extensão do horário da Linha 4 até as 21h.
Menor do que as outras três estações de integração do Metrô, a Consolação tem 10 mil metros quadrados de área construída. Na Sé, são 39 mil m² e, na Paraíso e na Ana Rosa, 15 mil m² cada. Além disso, ela conta com apenas uma saída própria. "Pode ser que, quando planejaram a estação, não tivessem pensado em uma integração como a que existe hoje", diz Rogério Belda, da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP).
Para o secretário estadual dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, o fluxo de passageiros na Estação Consolação deve diminuir a partir do próximo mês, quando for aberta a conexão da Linha 4 com as Estações República, da Linha 3-Vermelha, e Luz, na Linha 1-Azul, ambas na região central. Hoje boa parte dos passageiros que fazem a baldeação entre as Linhas 2 e 4 na Consolação segue em direção à Estação Paraíso para chegar ao centro da cidade. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.