Previstas inicialmente para serem entregues em junho de 2010, as portas de plataforma da estação Vila Matilde, da linha 3-vermelha do metrô de SP (Barra Funda-Itaquera), ainda não estão funcionando. Devido ao atraso, o contrato para fornecimento das portas em 12 estações do trecho foi suspenso.
Segundo o metrô, apesar das portas já estarem nas plataformas da Vila Matilde, a implantação não foi concluída "devido ao não cumprimento das atividades por parte da contratada".
Por conta desses atrasos, o contrato com a empresa responsável pela instalação, a Trends Engenharia e Infraestrutura, está suspenso desde janeiro deste ano.
Na Linha 3-vermelha, além da Vila Matilde, as estações Marechal Deodoro, República, Anhangabaú, Sé, Brás, Bresser-Mooca, Belém, Tatuapé, Carrão, Penha e Artur Alvim também devem ter as portas --que servem para maior segurança no embarque e desembarque.
Segundo o metrô, o valor total do contrato para as 12 estações é de R$ 71.447.002,16 e já foram pagos R$ 11.806.192,53, referentes a projetos de todas as estações e à instalação em Vila Matilde.
O fornecedor das portas, o consórcio Trends Poscon, foi multado em 9,99% do valor do contrato --pouco mais de R$ 7 milhões.
Durante a fase de implantação das portas, aos domingos, os usuários da linha 3-vermelha tiveram de fazer baldeações nas estações Guilhermina Esperança e Penha devido às obras na Vila Matilde.
Segundo o metrô, "a instalação das portas em estações operacionais é extremamente complexa, por isso, à exceção dos domingos, ocorre fora do horário de operação comercial --entre 1h e 4h.
O metrô não divulgou um novo prazo para que as portas da estação Vila Matilde passem a funcionar, muito menos o novo cronograma das demais estações. Todas as estações que receberão portas plataformas contarão com esquema especial de funcionamento, que serão definidos caso a caso.
As estações já em funcionamento da Linha 4-amarela (Paulista, Faria Lima, Pinheiros e Butantã) e três da linha 2-verde (Sacomã, Tamanduateí e Vila Prudente) já têm as portas de plataforma.
Fonte: Revista Ferroviária