Nos primeiros seis meses do ano, foram registrados 1.620 casos de furto e 117 de roubo no metrô e na CPTM. Além disso, a companhia registrou o primeiro estupro de sua história e outros 42 casos de violência sexual.
O diretor do sindicato dos metroviários, Caio Peretti, diz que o número de seguranças deveria, no mínimo, dobrar. “Só assim conseguiríamos dar conta da demanda de passageiros”, afirma. Segundo ele, a superlotação dificulta a ação dos agentes. “A superlotação fez o Metrô mudar o foco de nossas atividades. Agora, temos que cuidar da mobilidade dos usuários e deixar a segurança em segundo plano.”
O professor de ferrovias da USP, Telmo Porto, também aponta a superlotação como problema para a segurança. “Além de serem poucos, os agentes ficam apertados dentro dos vagões e estações. Por isso, pouco podem fazer para coibir os crimes”, avalia Porto. Para o professor, além do aumento no efetivo, o Metrô deve trabalhar com inteligência. “A companhia deve investir mais em monitoramento digital.”
Para o Metrô, número é suficiente
O Metrô afirma que o quadro de seguranças é adequado ao número de passageiros transportados. Segundo a companhia, isso se confirma pela queda no número de ocorrências por milhão de passageiros. Em 2010, o número era de um caso para cada milhão de pessoas transportadas.
No primeiro semestre de 2011, esse índice caiu para 0,9 ocorrência a cada milhão, índice comparável aos melhores metrôs da Europa, afirma a nota enviada pela companhia.
O Metrô afirma, ainda que parte dos agentes atua à paisana nos trens e estações. O movimento de passageiros é acompanhado por meio do Centro de Controle, que tem 948 câmeras instaladas nas estações e 910 nos trens. A companhia afirma que, até o final do próximo ano, mil novas câmeras serão instaladas para monitorar as estações e os trens.
Fonte: Band noticias