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3 de agosto de 2011

Venda de trem nacional será incentivada com nova política, diz Alstom

Trem fabricado pela Alstom para a CPTM
A regulamentação que deverá ser feita na Lei que prevê margem de preferência de até 25% para a compra de produtos brasileiros nas compras governamentais foi considerada pela Alstom uma das medidas mais importantes anunciadas hoje no "Plano Brasil Maior". De acordo com o presidente da empresa, Philippe Delleur, a medida tende a beneficiar diretamente a indústria do setor de transportes, que fabrica e vende trens no país. 

Delleur diz que apesar de a regulamentação ser no âmbito federal, a medida tende a incentivar os governos estaduais a fazer o mesmo. Em São Paulo, por exemplo, as licitações já preveem uma preferência de 15% na compra de trens para o metrô. Essa margem de preferência significa que, na prática, a indústria nacional pode cobrar até determinado percentual a mais nas licitações e mesmo assim vencer os contratos. "Mas é cedo ainda dizer se isso trará mais competição para o projeto de trem de alta velocidade, já que ele está sendo revisto", disse Delleur ao Valor. 


Além de trens, a empresa ainda fabrica turbinas hidrelétricas e equipamentos de transmissão e possui sete fábricas no país, com uma carteira de pedidos de R$ 3 bilhões. No fim do ano deve inaugurar uma nova unidade de produção de turbinas eólicas, em Salvador. Na visão do executivo francês, diversas medidas anunciadas hoje caminham na direção correta no sentido de dar alta competitividade à indústria brasileira nos diferentes segmentos. 

Os outros pontos destacados pelo executivo são a devolução de 3% do Imposto de Produtos Industrializados (IPI), a extensão até 2012 do Programa de Sustentação do Investimento (PSI) do BNDES que concede juros menores a prazos melhores no financiamento de equipamentos, além da aceleração da devolução de créditos de PIS/Cofins. Delleur destacou ainda a sinalização de que todos os bancos públicos terão que determinar percentuais de conteúdo nacional para a concessão de financiamentos. 

"A Caixa Econômica Federal, por exemplo, apesar de usar recursos de fundos constitucionais não tem exigências de conteúdo nacional", diz Delleur. Se os outros bancos públicos seguirem as regras do BNDES tendem a exigir nos financiamentos um mínimo de 60% de conteúdo nacional no fornecimento de equipamentos para projetos de infraestrutura.

Fonte: Valor Online