Jurandir Fernandes informou que 60 devem ser dispensados por justa causa ainda hoje
Depois de anunciar a demissão de 60 metroviários, o secretário de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, afirmou na manhã desta segunda-feira (9), que podem ocorrer novas demissões:
— Cerca de 25% dos funcionários já voltaram a trabalhar. Os outros 75% estão sendo elencados, e se não se manifestarem, serão enquadrados como estando participando de greve ilegal e receberão a demissão por justa causa.
Por volta das 10h15, as estações Belém e Tatuapé da linha 3-Vermelha foram abertas. No mesmo horário, diversos grupos de manifestantes liderados pelo Sindicato dos Metroviários, que estavam na Praça da Sé, inciaram um protesto caminhado pela rua João Mendes. A manifestação bloqueou todas as faixas da rua e seguiu em direção à Secretaria Estadual de Transporte. Os manifestantes cantavam "Ô, São Paulo parou" e "Metroviário é meu amigo, mexeu com ele mexeu comigo."
"Se continuarem as demissões, a greve continua"
O presidente do sindicato dos Metroviários de São Paulo, Altino Melo dos Prazeres, classificou como inadmissível a demissão por justa causa de 60 grevistas, decisão anunciada logo no início da manhã desta segunda-feira pelo secretário Jurandir Fernandes.
— Em vez de diminuir o problema, ele está inflamando a categoria. Se continuarem as demissões, a greve continua.
Altino Prazeres afirmou ainda que as demissões foram "uma fonte de intimidação do Estado para mostrar que vai prender" e que "o governo precisa dar algum sinal de que quer negociar".
— Até agora, o único sinal que eu vi foi bomba.
Por volta das 9h, manifestantes do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-teto), do MPL (Movimento do Passe Livre), da Luta de Transporte Extremo Sul e de outros movimentos sociais se concentraram na Praça da Sé, no centro de São Paulo. Eles caminharam até a Secretaria de Transportes para tentar conversar com o secretário estadual de Transportes.
R7