Os metroviários decidiram suspender a greve iniciada na última quinta-feira (5) na capital paulista. A categoria pede que os 42 funcionários demitidos na manhã desta segunda (9) sejam readmitidos até a quarta-feira (11), quando ocorrerá uma nova assembleia.
Os funcionários voltarão ao trabalho ainda neste noite, mas afirmam que poderão retomar a paralisação na quinta (12), dia da abertura da Copa do Mundo, caso não tenham a reivindicação atendida. A abertura do Mundial acontecerá no Itaquerão, na zona leste de São Paulo.
“A categoria entendeu que era hora de voltar ao trabalho para mostrar a disposição em negociar. Espero que o governo negocie”, afirmou o presidente do sindicato dos metroviários, Altino Prazeres Junior. Ele ainda disse que o reajuste atual não é o que a categoria gostaria, mas “a prioridade são os companheiros demitidos”, afirmou.
A Justiça já havia determinado no domingo (8) que a greve era abusiva. Mesmo assim, a categoria havia decidido manter a paralisação nesta segunda, quinto dia da greve. Com isso, apenas 50 estações operaram de um total de 65, contando as da linha 4-amarela, que opera sob concessão.
Também já estava definido pela Justiça o reajuste de 8,7% --mesmo percentual proposto pelo Metrô. Os metroviários pediam 12,2%. O último reajuste da categoria foi de 8% frente a um INPC de 7,2%, no ano passado. O piso atual é de R$ 1.323,55.
Folha de São Paulo