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30 de abril de 2014

Metrô amplia visita assistida na estação Adolfo Pinheiro

Estação Adolfo Pinheiro Via Felipe Sena

A partir desta quinta-feira (1/5), a estação Adolfo Pinheiro, da Linha 5-Lilás do Metrô, terá a visita assistida ampliada, funcionando inclusive aos fins de semana. O local ficará aberto todos os dias da semana, das 9h às 16h.

Desde sua abertura, em 12/2, a estação que funcionava de segunda à sexta-feira, das 10h às 15h, recebeu 94 mil visitantes. A visita assistida consiste na apresentação da estação aos usuários, adaptação dos equipamentos e preparação de funcionários. A operação comercial plena será implementada assim que os objetivos da operação assistida forem concluídos. Quando estiver funcionando em tempo integral, a nova estação deverá receber, em média, 14 mil passageiros por dia.

Durante essa fase, a entrada é gratuita e os visitantes podem prosseguir a viagem até a estação Largo Treze. Caso os usuários queiram seguir para as demais estações da linha Lilás, funcionários do Metrô orientam os passageiros sobre como adquirir o bilhete ou como acessar a área paga da estação.

A estação Adolfo Pinheiro tem 4.192,46 m² de área construída e conta com dois acessos, bilheterias blindadas, quatro elevadores especiais, doze escadas rolantes "inteligentes", piso tátil e portas de plataforma.  Para conhecê-la basta ir até a Avenida Adolfo Pinheiro, 301.
Vitrine Arqueológica

Os visitantes da estação também poderão conhecer a "Vitrine Arqueológica", que guarda os antigos trilhos do antigo bonde da linha Santo Amaro - São Paulo. O material, do final do século XIX, foi descoberto durante as escavações da estação Adolfo Pinheiro. Esse achado arqueológico está em uma galeria permanente na área do mezanino da estação.
Avançam as obras da Linha 5- Lilás


A expansão da Linha 5-Lilás tem o investimento de R$ 7,5 bilhões, incluindo a compra de 26 novos trens. Depois da estação Adolfo Pinheiro, serão mais 10 km de extensão e mais 10 estações (Alto da Boa Vista, Borba Gato, Brooklin, Campo Belo, Eucaliptos, Moema, AACD-Servidor, Hospital São Paulo, Santa Cruz e Chácara Klabin).

Prevista para ser concluída em 2016, a Linha 5 contará com conexões na Linha 1- Azul, na estação Santa Cruz, na Linha 2- Verde, na estação Chácara Klabin, e na Linha 17- Ouro, na estação Campo Belo. A Linha Lilás atualmente tem conexão com a Linha 9 - Esmeralda da CPTM na estação Santo Amaro. A previsão é que 781 mil passageiros sejam transportados diariamente nessa linha quando a operação for plena.

Trecho da Linha 4–Amarela será interditado neste 1º de maio

Dando continuidade às obras das futuras estações Oscar Freire e Fradique Coutinho da Linha 4 - Amarela (Butantã - Luz), está programada para a próxima quinta-feira (1º), a interdição do trecho entre as estações Paulista e Faria Lima, no período entre 2h e 12hs.

 Na estação Fradique Coutinho haverá a implantação das portas da plataforma e a movimentação da estrutura de trabalho para posterior pintura do teto. Já na estação Oscar Freire será realizada a montagem e a pintura de estrutura metálica do mezanino.

Operação diferenciada

Durante o período de interdição, os usuários serão atendidos gratuitamente por ônibus do sistema PAESE (Plano de Apoio entre Empresas em Situação de Emergência) que circularão ininterruptamente entre as estações Faria Lima e Paulista, dando cobertura ao trecho interrompido. Os passageiros devem retirar uma senha na área paga das estações Paulista e Faria Lima, próxima aos bloqueios. A senha garante o acesso dos usuários somente às duas estações da Linha 4-Amarela e vale apenas para o dia 1º.
Outras informações podem ser obtidas na Central de Informações do Metrô (0800 770 7722) das 5h30 às 23h30, todos os dias da semana.

Metrô

Passageiro desmaia após agressão de seguranças da CPTM

Tentativa de entrada sem pagar passagem terminou em briga generalizada; segundo empresa, cinco pessoas foram detidas

Imagens gravadas por telefone celular e publicadas no Twitter e no Facebook na tarde desta quarta-feira, 30, mostram uma briga entre seguranças da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e passageiros da empresa. Em um dos vídeos, é possível ver agentes dando golpes de cassetetes em pessoas dentro de um vagão de trem, até que uma das pessoas é retirada do vagão, bate a cabeça e aparenta ficar desmaiado. Outros passageiros tentam acalmar os seguranças, até que o vídeo se encerra.




No outro vídeo, o mesmo rapaz fica quatro minutos desacordado sobre uma poça de sangue. "Moço, é melhor você parar de filmar, porque eles estão agredindo todo mundo", diz uma voz feminina para o rapaz que fazia as imagens. Neste mesmo vídeo, um homem é visto em pé, ao lado do desmaiado, quando dois policiais militares o puxam para o chão e o imobilizam. Com cassetetes na mão e pisando sobre ele, um dos policiais grita: "E agora, ladrão? E agora, ladrão?" O rapaz mostra a palma das mãos para o policial, em um sinal de que não oferecia resistência.

Este vídeo termina quando uma mão se aproxima do celular. É possível ouvir "Vai, vai, vai, rapa fora. Pra fora da estação", mas não dá para ver se a ação foi feita por seguranças da CPTM ou por policiais.




A confusão aconteceu na Estação Prefeito Celso Daniel-Santo André, da Linha 10-Turquesa. As imagens mostram que a estação ficou paralisada, com o trem parado na plataforma. Parte dos passageiros ficou parada nas escadas de acesso à plataforma, impedidos de acessar o trem. Outra parte ficou dentro da composição, impedidos de sair.

Segundo a CPTM, o fato ocorreu no último domingo, dia 27, por volta das 18h30. A empresa sustenta que um grupo de dez jovens tentou embarcar no trem sem pagar passagem, por isso houve a confusão. "Ao ser orientado pelos vigilantes para retornar e pagar normalmente a passagem no bloqueio, teve início um conflito com agressão física entre o grupo e os vigilantes", diz a empresa, em nota.

Políciais militares que atuam em uma base instalada na saída da Estação foram chamados para dar apoio aos agentes. "Parte do grupo abandonou o local e cinco foram detidos pela PM e levados ao 1º Distrito Policial de Santo André, onde foi registrado o Boletim de Ocorrência. Um dos jovens envolvidos na ocorrência foi levado ao Pronto Socorro de Santo André e dispensado logo após o atendimento médico", diz o texto.

"A CPTM está colaborando com as investigações. Imagens gravadas pelo sistema de monitoramento da estação serão encaminhadas as autoridades competentes para auxiliar na elucidação dos fatos. A Companhia também está apurando os fatos dessa ocorrência e todos os agentes presentes serão ouvidos. Caso seja verificado o não cumprimento dos procedimentos internos serão tomadas medidas administrativas cabíveis", termina a nota da empresa.

Segundo informações do boletim de ocorrência sobre o caso, a confusão começou ainda na catraca da estação. Os seguranças declararam à Polícia Civil que notaram a tentativa de parte do grupo de embarcar sem pagamento da passagem, segurando a catraca para que mais de uma pessoa passasse, e impediram a ação.

Já três dos detidos, negaram à polícia que entraram na estação sem comprar bilhete.

Estadão

29 de abril de 2014

Expresso Copa: mais dois trens entram em operação na Linha 11-Coral

Na manhã desta terça-feira [29/04], o secretário dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, e o presidente da CPTM, Mário Bandeira, entregaram mais dois trens novos para o serviço Expresso Leste, que opera entre as estações Luz e Guaianazes, na Linha 11-Coral.

Trens série 9000: os novos trens fazem parte de um lote de nove composições adquiridas para reforçar a frota do Expresso Leste, na Linha 11-Coral, dos quais dois já foram entregues. Os demais entrarão em operação nos próximos meses. Com essa entrega, a frota da CPTM contabiliza 100 trens novos desde 2006.

Com salão contínuo de passageiros [passagem livre entre os carros], os trens possuem monitoramento com câmeras na parte externa e interna e são acessíveis para pessoas com mobilidade reduzida ou deficiência [conta com sinalização visual para identificação de assentos preferências, mapa dinâmico e áudio, espaço para cadeirantes].

Expresso Copa: a Linha 11-Coral atenderá aos torcedores que assistirão aos jogos da Copa na Arena Corinthians, em Itaquera. Para atender esse público, a CPTM e o Metrô organizarão esquemas especiais para a operação. Os usuários da CPTM vão dispor do serviço Expresso Copa, com trens percorrendo o trecho entre as estações Luz e Corinthians-Itaquera, em 19 minutos, sem parada nas estações intermediárias. O Expresso entrará em circulação duas horas antes da abertura do estádio. A operação será intercalada com o Expresso Leste. Portanto um trem direto e outro parador, partindo da Estação da Luz, alternadamente a cada quatro minutos.

28 de abril de 2014

Camiseta do metrô de SP é mais cara que de Londres e Nova York

Vestir a camiseta com o mapa do sistema metropolitano paulistano, lançada na quarta passada, custa de 13 a quase 20 passagens de Metrô. O novo produto custa de R$ 39,90 a R$ 59,90, preço mais alto do que os pedidos por outras metrópoles que também vendem suvenires do subterrâneo.

Camisetas do metrô pelo mundo

Em Londres, a camiseta mais cara com o traçado do metrô custa 12 Libras (R$ 44,50). Há outros modelos por 8 libras, ou R$ 30.

Já em Nova York, a camiseta com o tracejado feito pelo transporte público na ilha de Manhattan custa US$ 20 (R$ 50). Outra, com os trens que ligam o Brooklyn à ilha, custa US$ 12 (R$ 30).

Istambul, maior cidade da Turquia, oferece modelos masculinos e femininos pelo equivalente a R$ 30 (tudo bem que se gasta menos com a estampa neste caso, já que a cidade só tem duas linhas de metrô). Madri, capital da Espanha, tem alguns modelos de camiseta por 15 euros (ou R$ 45), mas não oferece a estampa com o mapa das linhas.

O Metrô licenciou sua marca para a loja Sreet Closet, no mezanino da estação Consolação, na linha verde.

Na manhã de quarta, havia nas araras alguns modelos de camiseta, "bottons" e chinelos com a estampa das linhas. "Vai ter mais coisa, tipo guarda-chuva e caneca, mas começam a chegar amanhã", disse a vendedora, que pediu para não ser identificado.

Era no provador da loja que o advogado Marcelo Canundi, 34, experimentava uma camiseta branca a inscrição "Destino: Vila Madalena". "Até gostei, mas não vou gastar R$ 60 assim, sem pensar. Se eu quiser mesmo, compro amanhã. Afinal, aqui é um lugar onde preciso passar todo dia pra ir pro trabalho", disse Canundi.

Fonte: Folha de SP http://www1.folha.uol.com.br/saopaulo/2014/04/1444296-camiseta-do-metro-de-sp-e-mais-cara-que-de-londres-e-nova-york.shtml

CPTM abre seleção para 60 vagas de aluno aprendiz

Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) Inscrições Até 12 de maio Vagas 60 Salário R$ 810 e R$ 1.215 Taxa R$ 40 Provas 1º de junho

 

A Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), em São Paulo, abriu as inscrições da seleção para 60 vagas de aluno aprendiz, sendo 3 para deficientes. As oportunidades são para o curso de técnico em manutenção metroferroviária.

 

No site da Caipimes, é possível ver o edital (acesse o edital).

 

Os candidatos devem ter nível médio e ter nascido entre 18/07/1994 e 18/07/1995.

 

Os alunos aprendizes receberão formação durante o período de 24 meses, que englobam a fase escolar e a prática profissional na área de sua formação.

 

Durante a fase escolar de formação técnica, os alunos aprendizes deverão dispor de horário das 7h às 11h e das 12h às 16h e, durante o período de prática profissional supervisionada, das 8h às 12h e das 13h às 17h, de segunda a sexta-feira.

 

Na condição de aluno aprendiz, sob o regime da CLT a CPTM pagará a remuneração de um salário mínimo durante o 1º ano (R$ 810) e um salário mínimo e meio durante o 2º ano (R$ 1.215)

 

As inscrições podem ser feitas entre os dias 28 de abril e 12 de maio pelo site www.caipimes.com.br. A taxa é de R$ 40.

 

A prova será aplicada no dia 1º de junho.

 

 

Passageiro vai à Justiça contra a CPTM

Levantamento exclusivo do DIÁRIO, fornecido por meio da Lei de Acesso à Informação junto ao Tribunal de Justiça do estado de São Paulo, mostra que, em dez anos, o número de ações indenizatórias contra a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) por danos materiais ou morais, perdas e danos e acidentes de trânsito cresceu 37,5%.

 

Foram 141 processos abertos no ano de 2004, contra 194 em 2013. Se comparados os números de 2012 e 2013, a diferença é ainda maior: 106 para 194, um aumento expressivo de 45%.

 

As reclamações na ouvidoria, fornecidas pela CPTM e registradas desde 2006, ano em que teve início o levantamento, também cresceram, porém, em menor escala. Enquanto em 2006 o número registrado foi de 2.184, em 2013 as ações chegaram a 2.350. O pico foi em 2009, com 4.407 queixas. Conforto (lotação), regularidade (intervalo) e atendimento (informação) são os principais problemas alegados pelos usuários.

 

Ações judiciais envolvendo acidentes também não são raras. O caso do digitador Weslei Duarte, de 46 anos, que caiu no vão entre o trem e a plataforma, resultou em uma delas. A CPTM nega a versão dele (veja mais abaixo).

 

A companhia informa que em 2004 transportava a média de 1,2 milhão de passageiros por dia útil. Hoje, são 2,8 milhões. “Como se pode notar, a companhia mais que dobrou o número de passageiros transportados neste período, enquanto o número de ações se manteve estável”, diz a empresa.

 

SPTrans/ Na contramão dos trens, os ônibus da capital paulista apresentaram queda de 43% no número de ações indenizatórias dos usuários do sistema. Dez anos atrás, 265 processos foram abertos. Em 2013, o número foi de 150 ações judiciais. O ano em que os advogados da Prefeitura tiveram mais trabalho nessa questão foi 2006, quando 740 ações foram abertas na Justiça.

 

A SPTrans, responsável pelo do transporte municipal, preferiu comentar somente os números de reclamações de 2013 para cá, período da administração Fernando Haddad (PT). A empresa destaca a utilização das queixas dos usuários como ferramenta para melhorar continuamente o trabalho.

 

ENTREVISTA COM O DIGITADOR WESLEI DUARTE:

 

O digitador Weslei Duarte, de 46 anos, se diz vítima da companhia estadual. Em agosto de 2012, ele esperava um trem na Estação Presidente Altino, localizada na Linha 8-Diamante da CPTM. Quando entrava no trem, a porta fechou sem que o aviso sonoro tivesse soado, diz. Segundo conta, o braço ficou preso e ele acabou caindo no vão entre o trem e a plataforma ao dar um passo para trás.

 

DIÁRIO_ O que houve naquele 29 de agosto de 2012?

 

WESLEI DUARTE_ Eu retornava do trabalho, por volta das 19h30, e o trem parou. Quando entrei, a porta fechou de repente, sem que o aviso sonoro tivesse soado. Meu braço ficou preso, mas consegui me soltar. Só que acabei dando um passo para trás e caí no vão. Ninguém da CPTM veio me ajudar. Tive de sair sozinho do buraco. Sorte que o trem não andou.

 

Mas você não foi socorrido?

 

Duas senhoras viram meu desespero e chamaram os seguranças. Eles me levaram de cadeira de rodas até a sala de operações. Eles riam da minha cara e demoraram demais para pedir autorização a uma pessoa para chamar uma ambulância.

 

Você se machucou muito?

 

Quebrei o ombro em quatro partes, passei por cirurgia e fiquei quase um ano afastado do trabalho. O pior de tudo foi que fiquei com sequelas. Não consigo mais levantar o braço. Moro sozinho e não levo mais uma vida normal.

 

Você ainda pega o mesmo trem?

 

Infelizmente, sim. Moro em Perus e trabalho no Jaguaré (Zona Oeste). É sempre um trauma aquela estação. Outro trauma é a cicatriz de 14 centímetros que herdei da cirurgia.

 

Análise

 

Maurício Jannuzi, presidente da Comissão do Trânsito da OAB-SP

 

Usuário tomou consciência

 

O aumento no número de processos contra a CPTM é um termômetro que aponta uma conscientização do usuário. Os passageiros descobriram que podem reclamar, que podem buscar seus direitos. O fato de o número de usuários ter crescido não pode servir de desculpa para a má qualidade do serviço prestado. A responsabilidade objetiva dos problemas é da companhia e ela tem o dever de dar qualidade a quem utiliza o transporte.

 

Defensora pública critica serviços da companhia

 

Para a defensora pública Betânia Devechi Ferraz Bonfá, advogada de Weslei Duarte, casos como o do digitador só evidenciam a “falta de segurança” nos serviços da CPTM. “O número de usuários cresceu, sim, mas a segurança não acompanhou (o aumento na demanda). E o fato de os agentes terem demorado para prestar socorro também aponta problemas no atendimento desse tipo de ocorrência”, afirma ela.

 

Porém, a CPTM tem outra versão para o caso e enviou ao DIÁRIO imagens das câmeras de segurança do dia do acidente. No vídeo, o digitador aparece correndo nas escadas e tenta entrar no trem enquanto a porta já se fechava, após a sinalização sonora.

 

“Como não houve tempo hábil para ele entrar na composição, ele acabou caindo no vão de 20 centímetros (e não de 45 centímetros, como diz a defesa). Dois agentes o socorreram, como revelam as imagens anexas ao processo judicial”, destacou a companhia.

 

buraco/ Outro questionamento da Defensoria diz respeito à largura do vão do trem, o que, argumenta a defensora Betânia, representa perigo à vida dos usuários. A CPTM explica que o tamanho, de 20 centímetros é devido ao compartilhamento entre os trens de passageiros e os de carga, que são de tamanho diferente e de responsabilidade do governo federal. “Para reduzir esse espaço, a frota está equipada com estribos (extensores de piso).”

 

Ainda conforme a CPTM, nos últimos dez anos o estado investiu R$ 7 bilhões em construção e modernização de estações e foram adquiridos 105 novos trens. Para os próximos três anos “estão encomendadas mais 65 composições”.

 

Diário de SP: Ulisses de Oliveira

ulisses.oliveira@diariosp.com.br

 

 

 

27 de abril de 2014

'Ressuscitado', projeto de lei está a uma votação de acabar com rodízio em SP

SP tem 5,4 milhões de carros, segundo dados do Detran (2013)

Especialistas concordam com ineficácia da medida e dizem que aumento da frota, alternativas da população e irregularidades a tornaram inócua numa cidade com 7,5 milhões de veículos

O vereador Adilson Amadeu (PTB) ressuscitou o Projeto de Lei 15/2006. O texto propõe acabar com o rodízio municipal de veículos, que vigora na cidade desde 1997. A proposta chegou a ser aprovada em primeira discussão, durante sessão extraordinária da Câmara Municipal realizada no distante dia 5 de dezembro de 2007. Portanto, necessita de apenas mais uma votação para a aprovação definitiva que garantiria a extinção da medida.

Segundo o vereador, a política perdeu função com o crescimento da frota de automóveis e a falta de rigor em retirar das vias veículos irregulares. Para especialistas em mobilidade, a proposta do petebista não está errada. Somente a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) defende a ação, que pretende ampliar para outras regiões da cidade ainda este ano.

Amadeu considera que a medida não pode ser defendida em uma cidade que emplaca mil veículos por dia. Na visão do vereador, as atuais facilidades para comprar veículos fazem com que parte da população adquira mais de um automóvel, o que permite o uso de placas diferentes para fugirem do rodízio. “Qualquer trajeto, hoje, leva mais de uma hora. Tivemos muitas facilidades para adquirir carros e as pessoas se adequaram ao rodizio. A única coisa a que ele serve é para aplicar multas”, avaliou.

Para o vereador é preciso garantir o direito de quem paga os impostos de circular nas vias e eliminar os 2,5 milhões veículos irregulares que circulam cotidianamente. “Quero, com isso, que estado e município tenham vergonha na cara, que comprem guinchos e mantenham um pátio para tirar das ruas aqueles que estão andando livremente sem arcar com os tributos”, afirmou.

O rodízio municipal de veículos entrou em vigor em 1997, na gestão de Celso Pitta, de 1997 a 2000, com o objetivo de retirar 20% dos carros que adentravam o centro expandido, área composta por Marginal Tietê, Marginal Pinheiros, Ponte Engº Ary Torres, avenidas dos Bandeirantes e Afonso D´Escragnolle Taunay, Túnel Maria Maluf, Avenida Presidente Tancredo Neves, Rua das Juntas Provisórias, Viaduto Grande São Paulo, Avenida Prof. Luiz Inácio de Anhaia Mello, Avenida Salim Farah Maluf e Ponte do Tatuapé.

O funcionamento se dá das 7h as 10h e das 17h as 20h, restringindo a circulação de veículos a partir do número final da placa, sendo dois dígitos impedidos por dia. Com isso, se esperava amenizar os congestionamentos e reduzir as poluições sonora e do ar.

De acordo com dados do Detran paulista, do final de 2013, a cidade de São Paulo tem 5,4 milhões de carros, em um universo de 7,5 milhões de veículos. O número daqueles que circulam irregularmente, mencionado pelo vereador, corresponde a quase metade dos carros da capital e quase um terço do total automotores.

Segundo o mestre em Transportes pela Universidade de São Paulo (USP), Horácio Figueira, o principal problema é que as pessoas buscaram alternativas para fugir do rodizio sem deixar de usar o carro, utilizando o miolo dos bairros para não passar em vias restritas. Além disso, o número de motos – que não entram na medida – cresceu exponencialmente e a frota de carros duplicou. “Digamos que você tirava 20% de mil veículos, ou sejam, 200 carros. Hoje você continua tirando 20%, mas de dois mil. E as vias são praticamente as mesmas”, analisou.

A dispersão do congestionamento pela cidade também atrapalha. Hoje, ela atinge ruas e avenidas que não compõem a área de rodízio. Dessa forma, espalhou os problemas que se buscava sanar no centro para quase toda a capital.

Atualmente, segundo dados do sistema de monitoramento de vias MapLink, que acompanha cerca de dois mil quilômetros de ruas e avenidas, enquanto a CET monitora somente 800, a média de congestionamento na capital tem ficado próxima de 500 quilômetros diários, com picos de 600. Em dias de grande movimentação, como vésperas de feriados, chega facilmente aos 800.

Para Figueira, o resultado do fim do rodízio seria, no máximo, mais alguns quilômetros de congestionamento. “Talvez, uma parte das viagens as pessoas tentem fazer no horário de pico. Só que elas não vão conseguir porque o sistema viário opera no limite da capacidade. O que você vai fazer é aumentar, eventualmente, um pouquinho a fila do congestionamento. Agora, desde que isso não atrapalhe os corredores exclusivos de ônibus, ciclovias e as faixas de pedestres, eu não estaria muito preocupado”, afirmou.

Também especialista em mobilidade urbana e membro do Grupo de Trabalho sobre o tema na Rede Nossa São Paulo, Marco Nordi concorda sobre a ineficácia do rodizio. “Com a frota que temos hoje, o rodízio é inócuo. Precisamos discutir outras formas de restringir os veículos e garantir meios de as pessoas chegarem ao trabalho”, apontou.

Para Nordi, a taxação do acesso ao centro expandido seria uma alternativa. “Tem sido usada em outros países e parece a alternativa mais viável. Paga somente quem usa. A população com menor poder aquisitivo não vai de carro ao centro. Isso poderia, inclusive, contribuir para as pessoas dividirem o uso do carro, que hoje andam, no geral, somente com o motorista”, disse.

Ele observa que há muita preocupação sobre os carros, mas as políticas públicas devem priorizar o deslocamento da maioria. “As pesquisas de deslocamento, sobretudo a Origem-Destino do Metrô, demonstram que a maioria das pessoas se locomove a pé ou de transporte público. São eles que devem ser priorizados nos trajetos”. O especialista acredita que expandir o rodízio também não resolve: “Pode ter uma pequena melhora inicial, mas, logo, a população se adapta.”

Horácio Figueira relata que uma pesquisa realizada em 2009, em parceria com o Sindicato das Empresas de Garagens e Estacionamentos do Estado de São Paulo (Sindepark), ouvindo pessoas que utilizavam estacionamentos no centro da capital, teve resultado surpreendente. “Independente do número de veículos, a maioria tinha também uma moto em casa. Sobretudo os que não tinham poder aquisitivo para comprar mais um carro. E qual o objetivo de ter moto ou mais de um carro? Evitar o rodízio”, explicou.

O fato de as motos não entrarem no rodízio é uma questão sem resposta para o especialista. “Até hoje, eu não entendi. Ela polui inexplicavelmente, faz um barulho desgraçado, tem mais mortalidade em mobilidade, mas ninguém está preocupado. Olha que loucura, tem famílias que têm quatro carros e três motos para usar no dia de rodízio”, criticou.

Segundo Figueira,  a alternativa para combater o excesso de veículos e congestionamentos seria, portanto, deixar os carros à própria sorte e priorizar as faixas e corredores de ônibus, expandir com mais rapidez o metrô, garantir proteção e caminhos adequados para pedestres e ampliar as ciclovias e locais de parada para bicicletas.

“Não estamos criminalizando os carros. O problema é que um automóvel parado ocupa 25 m². Para ele andar a 15 km/h, você precisa de 40 m². Contando o espaço de segurança, são 80 m². É a área de um apartamento. Essa conta não fecha nunca mais. Eu acabaria com o rodízio desde que isso não interferisse nas travessias dos pedestres nos cruzamentos e no transporte coletivo nos corredores e faixas exclusivas”, concluiu Figueira.

Ampliação do rodízio
A Companhia de Engenharia de Tráfego estuda a ampliação do rodízio para outras vias, fora do centro expandido da capital. “O que resultaria num ganho de velocidade média na ordem de 8,5% (passando de 18,9 km/h para 20,5 km/h) e queda de 13% na lentidão da cidade de São Paulo”, explica a companhia, por meio de nota.

“Utilizando um software que simula os fluxos viários de toda a região metropolitana de São Paulo, o estudo da CET indicou que o modelo mais vantajoso para a população seria adotar um rodízio no formato do praticado hoje (com dois finais de placa proibidos de circular no Minianel Viário, conhecido como Centro Expandido, durante os picos de dias úteis), porém com um diferencial: o rodízio seria ampliado para as vias arteriais existentes fora do Minianel”, segue a nota.

Desse modo, poderia se levar o rodízio, por exemplo, para toda a Avenida Washington Luís, na zona sul da cidade, sem afetar a circulação nos bairros no entorno da via.

No entanto, segundo dados da própria CET, a eficácia do rodízio é bastante relativa. “A velocidade do tráfego geral no corredor Consolação/Rebouças/Eusébio Matoso vem sendo monitorada desde o início da operação, possibilitando uma análise das variações de velocidade no decorrer do tempo neste corredor: a velocidade média no período das 7 às 10 horas passou de 20,6 km/h em 2011 para 23,3 km/h em 2012. E no pico da tarde, a velocidade média do tráfego geral, nessas vias, passou de 7,6 km/h em 2011 para 9,7 km/h em 2012, revelando uma leve recuperação”, alega a companhia.

Com essa velocidade para a tarde, o trajeto entre a Praça da Sé, no centro, e o Jabaquara, na zona sul, com cerca de 11 quilômetros, levaria mais de uma hora para ser cumprido.

O secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto, não quis comentar a iniciativa do vereador e a posição dos especialistas.

Fonte: http://www.redebrasilatual.com.br/cidadania/2014/04/vereador-propoe-acabar-com-rodizio-de-veiculos-em-sp-especialistas-em-mobilidade-concordam-9247.html

Vídeo mostra desespero de passageira com dedo preso na porta de trem

Mulher viajou de Itaquera ao Tatuapé com o dedo trancado na porta

Um vídeo postado no Facebook mostra o desespero de uma passageira da linha-11 Coral (Luz-Estudantes) da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) que ficou com o dedo preso na porta de um trem. O incidente ocorreu por volta das 7h20 de quinta-feira (24) na estação Corinthians-Itaquera, no sentido Luz.

A gravação tem mais de sete minutos e nela é possível ver a passageira chorando de dor. Uma usuária liga para a companhia e reclama que a empresa abriu apenas as portas do lado oposto do que estava a jovem com o dedo preso.

Em nota, a CPTM disse que lamenta o ocorrido e informa que, ao desembarcar na estação Tatuapé, a usuária foi imediatamente atendida por agentes que já estavam posicionados no local e a levaram para o pronto-socorro Tatuapé.

A companhia ainda ressalta que, antes do fechamento das portas, avisos sonoros e luminosos são emitidos e há comunicação visual alertando os usuários para não apoiarem as mãos nas portas. Diante do que aconteceu, a CPTM promete intensificar a campanha.

Fonte: R7 http://noticias.r7.com/sao-paulo/video-mostra-desespero-de-passageira-com-dedo-preso-na-porta-de-trem-27042014

Reformas nas estações da CPTM em Santo André terão início em agosto

A CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) anunciou ontem que as reconstruções das estações Utinga e Prefeito Saladino, em Santo André, serão iniciadas até o fim de agosto. É a primeira etapa do cronograma de obras que a empresa estatal pretende executar na cidade até 2016. Num segundo momento, haverá a renovação da plataforma Prefeito Celso Daniel (Centro) e a reativação da unidade Pirelli (Homero Thon), até 2018.

Na totalidade, a companhia investirá cerca de R$ 350 milhões na remodelação da infraestrutura das quatro estações andreenses. O planejamento de ações, com perspectiva de início já no mês que vem, está preparado para ser finalizado em meados de 2018. O pacote foi acertado ontem, em reunião do presidente da CPTM, Mário Bandeira, o secretário de Mobilidade Urbana, Obras e Serviços Públicos de Santo André, Paulinho Serra, e o deputado estadual Orlando Morando.

O projeto da CPTM, vinculada à Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos, planeja efetivar as tarefas em duas etapas. A primeira delas diz respeito às estações Utinga e Prefeito Saladino. “Serão novas estações, com acessibilidade, plataformas mais largas”, disse Bandeira, ao acrescentar que a projeção é fazer unidades elevadas. “São de mezanino. Por conta das chuvas tivemos problemas (de paralisações).”

O projeto básico executivo das reformas já está pronto e o edital de licitação para contratar a empresa que fará as obras será publicado até o fim de maio. A previsão é que as intervenções sejam iniciadas em quatro meses, portanto, com ordem de serviço em agosto. O investimento em cada uma das estações será, em média, de R$ 66 milhões. 

Para não haver interrupção dos serviços de embarque e desembarque, equipamentos provisórios devem ser erguidos 200 metros à frente dos edifícios hoje existentes e que serão reestruturados. A projeção do primeiro passo é terminar o trabalho em 18 meses, ou seja, no começo de 2016.

A segunda etapa do cronograma da CPTM começa após a conclusão da primeira fase. Abrangerá revitalização da Estação Prefeito Celso Daniel, também no valor aproximado de R$ 66 milhões, e a revisão da Estação Pirelli, que vai se chamar ABC, com investimento de R$ 150 milhões. A expectativa é que estejam prontas em 2018, prazo que coincide com a previsão de entrega da Linha 18-Bronze do Metrô, que passará pelas cidades de Santo André, São Caetano e São Bernardo.

Para Morando, o investimento mostra que o governador do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB), colocou na lista de necessidades o transporte da região. “É a vontade popular que está sendo contemplada”, afirmou o tucano.

As plataformas da CPTM no Centro devem passar por obras pelo período de um ano e meio. Não está descartado fechamento da estação durante as intervenções. “Deve ser desativada. Não tem espaço físico para fazer uma provisória”, alegou o presidente. A Prefeitura estuda alternativas, como criar linhas provisórias de ônibus.

Já a Estação ABC será mais complexa. Terá aporte superlativo por abrigar três modais: a 10-Turquesa, o Expresso ABC (ligação de trem para a Capital com paradas em menos estações) e o chamado Trem Regional (volta do trajeto Santos-Jundiaí). O local exato da plataforma ainda não está definido, mas deve ficar próximo do Atrium Shopping. O Paço vai integrar o Corredor Guarará com a futura unidade. “É cereja do bolo do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) Mobilidade, no qual há liberação de R$ 120 milhões”, disse Paulinho.

A Prefeitura de Santo André ficará responsável pelos licenciamentos e aval de documentação relativos aos projetos. “Quanto maior for a participação da Prefeitura, agiliza as obras”, disse Bandeira.

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC

25 de abril de 2014

Obras de modernização alteram circulação na CPTM

Neste fim de semana, 26 e 27 de abril, a CPTM [Companhia Paulista de Trens Metropolitanos] prosseguirá com as obras de modernização em suas linhas. Por isso, os trens circularão com maiores intervalos em trechos e horários específicos. Confira a programação e antecipe sua viagem:

Linha 7-Rubi [Luz - Francisco Morato - Jundiaí]

Domingo: das 4h até meia-noite, a circulação de trens estará interrompida entre as estações Palmeiras-Barra Funda e Perus, em razão de intervenções nos equipamentos de via permanente e no sistema de rede aérea. Para atender aos usuários, serão disponibilizados ônibus de conexão com paradas na Estação Pirituba para embarque e desembarque. As senhas para utilização dos ônibus de conexão deverão ser retiradas nas estações. O intervalo médio será de 20 minutos entre as estações Luz e Palmeiras-Barra Funda, e de 15 minutos entre as estações Perus e Francisco Morato.

Linha 8-Diamante [Júlio Prestes - Itapevi - Amador Bueno]

Domingo: das 4h às 18h, haverá serviços no sistema de rede aérea entre as estações Jandira e Itapevi. O intervalo médio será de 10 minutos entre Júlio Prestes e Barueri, e de 20 minutos entre Barueri e Itapevi.

Linha 9-Esmeralda [Osasco - Grajaú]

Domingo: das 4h às 20h, serão realizadas intervenções no sistema de rede aérea no trecho entre Jurubatuba e Autódromo. Das 9h às 19h, os trabalhos estarão concentrados nos equipamentos de via permanente entre as estações Pinheiros e Cidade Jardim. Das 23h até o fim da operação comercial, serão realizadas intervenções no sistema de rede aérea entre as estações Pinheiros e Cidade Jardim. Das 4h às 9h, o intervalo médio será de 15 minutos em toda a linha. Das 9h às 20h, o intervalo médio será de 20 minutos.

Linha 10-Turquesa [Brás - Rio Grande da Serra]

Domingo: das 4h às 16h, a circulação estará interrompida no trecho entre as estações Capuava e Guapituba, devido aos serviços de infraestrutura. Para atender aos usuários, serão disponibilizados ônibus de conexão com paradas na Estação Mauá para embarque e desembarque. As senhas para utilização dos ônibus de conexão deverão ser retiradas nas estações. O intervalo médio será de 15 minutos no trecho entre Brás e Capuava e de 20 minutos entre Guapituba e Rio Grande da Serra.

Linha 12-Safira [Brás - Calmon Viana]

Domingo: das 4h até a meia-noite, a circulação de trens estará interrompida entre as estações Calmon Viana e Eng. Manoel Feio, em razão dos serviços de infraestrutura e no sistema de rede aérea. Para atender aos usuários, serão disponibilizados ônibus de conexão com paradas nas estações Itaquaquecetuba e Aracaré para embarque e desembarque. As senhas para utilização dos ônibus de conexão deverão ser retiradas nas estações. O intervalo médio será de 25 minutos entre as estações Brás e Eng. Manoel Feio.

Desafio: a CPTM ressalta que executar as obras de modernização, mantendo simultaneamente o atendimento aos usuários, é um grande desafio. As ações exigem medidas como promover intervenções em horários de menor movimentação de passageiros aos finais de semana, feriados e madrugadas.

Em caso de dúvida ou informações complementares, a CPTM coloca à disposição a Central de Atendimento ao Usuário, no telefone 0800-0550121.

Cinco anos após reforma que custou R$ 40 milhões, CPTM "encosta" trens por falta de peças

Companhia diz que aguarda processo de licitação para que vagões parados voltem a circular

Dois trens que custaram à CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) R$ 40 milhões para serem reformados e foram entregues em 2007 estão abandonados e sucateados em um pátio da companhia, na zona leste da cidade de São Paulo.

Em 2005, durante a primeira gestão do governador Geraldo Alckmin, o Estado de São Paulo abriu licitação para remobilizar, recuperar e modernizar 45 trens da CPTM. O consórcio BT Brasil — formado pelas empresas Bombardier e Tejofran — venceu a disputa para reformar um lote com quatro composições da frota 5500, fabricadas em 1980, e recebeu para isso R$ 83,2 milhões dos cofres públicos.

Denúncia recebida com exclusividade pelo R7 e entregue pela reportagem ao Ministério Público do Estado de São Paulo aponta que os trens foram inutilizados depois de apresentar uma série de problemas. Como cada um deles custou cerca de R$ 20 milhões, o equivalente a R$ 40 milhões estão parados.

Fotos feitas por funcionários mostram que peças estão sendo retiradas das composições paradas. Elas estão em um pátio no Brás, em processo de sucateamento. As imagens deixam claro que foram removidos equipamentos dos painéis e das laterais dos vagões.

Questionada, a CPTM diz que não aposentou os dois trens e que eles “estão em processo de manutenção corretiva, aguardando por peças que estavam em falta no estoque”. A empresa ainda acrescenta que um deles entrou na oficina em junho e outro em dezembro do ano passado e que já abriu licitação para a compra das peças. Segundo a companhia, não há prejuízo à população.

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Frotas do Metrô que custaram mais de R$ 2 bi têm falhas e colocam usuários em risco

O contrato inicial assinado com o consórcio para a recuperação da série 5500 era no valor de R$ 61,5 milhões para a reforma de três composições, mas, ao longo do processo, recebeu um aditivo de R$ 21,7 milhões [valor de mais um trem], que extrapolou o limite legal. Mesmo assim, o Tribunal de Contas do Estado entendeu que não houve irregularidades na execução do contrato.

A maioria das frotas reformadas continua em circulação até hoje. A série 1100, por exemplo, fabricada na década de 50, que opera na linha 7-Rubi, foi modernizada na mesma época, mas apresenta iluminação interna precária, não possui ar-condicionado nem sistema de câmeras de segurança.

O professor Gustavo Fernandes, do Departamento de Gestão Pública da Escola de Administração de Empresas da Fundação Getulio Vargas, diz que o problema não é a realização de reformas nos trens, mas a dificuldade das empresas em contornar eventuais problemas decorrentes disso.

— De fato, faz sentido reformar. Se você analisar outras linhas de metrô mais antigas como Londres, Nova York, eles mesmos renovam. O que causa estranhamento, e que requer providências, é que, se o trem está quebrado, precisa reparar. Mas, às vezes, os processos dentro das companhias e a velocidade de resposta são tão lentos que as coisas acabam paradas.

Outro lado

Em nota, a Bombardier diz que “entregou os trens reformados ao cliente atendendo a todos os aspectos exigidos na licitação e que não detectou nenhuma reclamação por parte do cliente no que diz respeito a problemas técnicos das composições”. A Tejofran também foi procurada pelo R7 para comentar o caso, mas não havia retornado até a publicação desta reportagem.

R7

24 de abril de 2014

Frotas do Metrô que custaram mais de R$ 2 bi têm falhas e colocam usuários em risco

Trens reformados e novos que circulam em três linhas registram fortes solavancos

 

Próxima estação: República. A aposentada Zilda Maria de Almeida, de 73 anos, sai do assento e segue em direção à porta do trem para desembarcar. Após alguns passos, a composição dá um forte solavanco. Sem equilíbrio, a idosa quase cai, apoia-se em outra passageira e precisa ser ajudada.

 

— É uma falta de respeito, isso está a cada dia pior. Se levantar quando o trem para, você não consegue sair porque a porta abre e fecha muito rápido. Mas também, se levantar antes, acontece isso, freia e joga todo mundo no chão.

 

As paradas bruscas são reclamações recorrentes nas linhas 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha. Operador de trens do metrô há 26 anos, Dagnaldo Gonçalves conta que nunca ouviu tantas queixas sobre os solavancos. Segundo ele, as freadas repentinas são resultado de trens reformados ou novos, com sistemas diferentes.

 

— A parada do trem nas estações é automática, mas como existem várias frotas de trem, essa regulagem não se consegue fazer. Então, muitas vezes, o operador é obrigado a parar em emergência, porque falha essa parada programada. Um dos motivos disso acontecer é que, tanto nos trens reformados [frotas L e K] quanto nos novos [frota H], foi retirado o semiautomático. Eles só têm o automático e o manual. Então, você passar do automático para o manual ou então aplicar emergência, ele dá esse tranco.

 

Apenas a modernização de 98 composições custou à companhia R$ 1,7 bilhão, sem contar os trens novos, comprados da espanhola CAF. A decisão do governo paulista virou alvo de uma investigação do Ministério Público sobre superfaturamento nas reformas. Alguns desses trens têm mais de 30 anos de uso.

 

Até meados de janeiro, a cozinheira Renata Costa se sentia segura dentro do metrô, mas mudou de opinião em uma manhã. Por pouco, ela não sofreu um grave acidente.

 

— Esses dias eu achei que [o trem] já estivesse parado e ele deu mais uma freada quando já estava na estação. Fui jogada com força contra um ferro desses que a gente se segura. Fiquei o dia inteiro com o braço dolorido.

 

Metrô tem uma falha grave a cada três dias

 

O professor de engenharia mecânica do Instituto Mauá de Tecnologia Aurélio da Dalt explica que problemas desse tipo envolvem o sistema de controle e colocam em risco os passageiros. Segundo ele, as falhas devem ser corrigidas o mais rápido possível.

 

— Uma das características do sistema de frenagem é justamente ele ser de tal forma que não dê solavanco nenhum. [...] O operador vai tentar reduzir a velocidade, por um joystick. Mas, se isso estiver desregulado, mesmo no modo automático, vai dar problema, porque é do trem, não é um problema de controle.

 

De 2009 a 2013, o número de falhas graves no metrô aumentou 105%, segundo o Sindicato dos Metroviários. Além disso, nos trens das frotas K e L, há trepidações nas portas, ar-condicionado que não funciona, panes em sensores e nos freios. Outros defeitos que colocam em risco a segurança dos usuários também são frequentes nos trens novos, da frota H, segundo os funcionários

 

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Outro lado

 

Em nota, o Metrô informou que as freadas acontecem quando o trem à frente fica parado na plataforma mais tempo do que o programado, seja por falha ou por usuários que impedem o fechamento das portas. A companhia ainda esclareceu que a aceleração, frenagem e o tempo de parada são coordenados por um sistema automático e que o operador só assume o controle em caso de anormalidades.

 

Fonte: R7

23 de abril de 2014

Estação Consolação ganha loja de produtos do Metrô

Chinelos com o mapa do Metrô de São Paulo, camisetas estampadas com a placa verde da Estação Vila Madalena, pins com o símbolo da companhia. Inaugurada nesta quarta-feira, 23, na Estação Consolação (Linha 2-Verde), a loja Street Closet traz produtos para fãs do transporte sobre trilhos - ou mesmo turistas que queiram levar um souvenir do Metrô para casa. É a primeira loja a explorar itens assim dentro de uma estação. Em nota, o Metrô explica que a iniciativa tem como objetivo adequar a companhia "ao mercado mundial de licenciamento de marcas de credibilidade, já adotado nos metrôs de Londres, Nova York, Tóquio e Madri".

Ao longo desta quarta-feira, a loja esteve bem movimentada. "A curiosidade das pessoas é grande", afirmou o proprietário Rogerio Ruiz. Antes, seu estabelecimento já comercializava itens referentes a São Paulo - mas apenas online. Pelo acordo firmado com o Metrô, 50% do espaço deve ser reservado a produtos com a marca. O restante pode ser explorado pelos itens que a empresa já vendia anteriormente. "Quero fazer uma homenagem a São Paulo, não só ao Metrô", comentou ele. Por enquanto, não são muitas as opções. Chinelos saem por R$ 36. Pins, por R$ 7,90. Uma caneca custa R$ 25. E há camisetas por R$ 39,90 e por R$ 55,90. "Mas quero aumentar (o número de produtos). Em breve teremos outros itens à venda", prometeu Ruiz. Pelo acordo, o Metrô fica com 7% do valor arrecadado. Ruiz ainda paga à companhia uma aluguel pelo espaço físico da loja - ele não quis precisar o valor, mas é de cerca de R$ 400 mensais por metro quadrado.

Outros produtos.

A novidade é o espaço físico dentro da estação, mas não é a primeira vez que o Metrô tem itens com sua marca comercializados. As regras foram definidas pela companhia em março de 2012. Em maio do ano passado, a SP Loves You foi a primeira empresa a comercializar capas de iPad, bolsas, nécessaires, chaveiros, pratos, canecas, bandejas, capas de chuva, camisetas e guarda-chuvas, tudo com a marca do Metrô. A linha foi desenvolvida por um artista, a pedido da empresa. A SP Loves You não tem um espaço próprio - os produtos são repassados para lojas de produtos do tipo, que revendem ao público.

Fonte: http://www.em.com.br/

Alckmin entrega estações da CPTM reformuladas com 2 anos de atraso

Secretário diz que demora foi causada por contestação do MP.
Estações de Itapevi estavam desativadas desde 2010.

Com mais de dois anos de atraso, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) entregou, na tarde desta quarta-feira (23), a reformulação das estações Santa Rita e Amador Bueno, da Linha 8 - Diamante da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). As duas ficam na cidade de Itapevi, na Grande São Paulo.
De acordo com o secretário de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, a demora foi provocada por causa de uma contestação da Promotoria, que alterou as obras.

“O atraso foi decorrente do seguinte: há uma série de imposições novas quando você vai tirar a licença. Uma licença ambiental não é só uma licença ambiental no sentido estrito da palavra, leva em conta também toda a questão da acessibilidade", disse.

"As passagens de nível [PNs] foram contestadas pelo Ministério Público. Então, nós tivemos que fazer toda uma sinalização automática, não é mais permitido que você tenha essas PNs manuais."

As duas paradas, que devem receber cerca de 3.500 passageiros diários, estavam desativadas desde 2010. Devido à pequena demanda de passageiros na região, as estações serão atendidas por trens compostos de apenas quatro carros cada.

A operação dos trens, que estava em fase de operação assistida desde o dia 3 de abril, irá passar nesta quinta (24) para o período comercial, das 4h à meia-noite. O projeto de modernização dos trilhos incluiu a padronização da bitola (largura) e da rede aérea. Foram gastos R$ 83 milhões na revitalização do trecho.
O governador se reuniu nesta manhã com representante do BNDES e garantiu um empréstimo de R$ 500 milhões para a reforma e reconstrução das demais estações da linha 8. “Se nós fizéssemos todas as estações simultaneamente, nós faríamos com que dobre o tempo do trajeto nesse período”, justificou o presidente da CPTM, Mário Bandeira.

Duas novas estações devem ser entregues na Linha Diamante: Ambuitá e Cimenrita. Os projetos básicos e executivos ficam pronto até o fim do ano. Já a licitação e início das obras estão previstas para 2015, segundo Jurandir.

Jandira

Na manhã desta quarta, o governador esteve em Jandira, onde deu início as obras do segundo trecho do corredor de ônibus Itapevi/São Paulo. Serão 8,8 km de extensão entre Jandira e Carapicuíba , com estimativa de atender 33 mil usuários. A obra deve ser concluída em 2015. Ao todo, o corredor terá 23,6 km de extensão e vai ligar Itapevi a São Paulo.

Alckmin também anunciou o início de execução do projeto básico do BRT Metropolitano Itapevi/Cotia, que terá 9,4 km de extensão e vai ligar os dois municípios.

Globo

Falha na via afeta circulação na Linha 3-Vermelha do Metrô de SP

Companhia informou que problema foi às 10h20 entre Sé e Santa Cecília.

CPTM também teve dois problemas na via nesta quarta -feira (23).

 

Uma falha na via entre as estações Sé e Santa Cecília afetou a circulação de trens da Linha 3-Vermelha do Metrô na manhã desta quarta-feira (23). O problema foi às 10h20 e, vinte e sete minutos depois, às 10h47, foi corrigido, de acordo com a Companhia.

 

Segundo o Metrô, durante esse intervalo as composições circularam com velocidade reduzida e maior tempo de parada.

 

Falhas também na CPTM

 

A Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) teve problemas em duas de suas linhas também na manhã desta quarta. Às 7h15, a Linha 9-Esmeralda registrou uma intercorrência entre as Estações Grajaú e Jurubatuba. A falha foi corrigida às 7h35 e a circulação foi normalizada às 7h50, segundo a CPTM.

 

A Linha 11-Coral também teve problemas. Por volta das 10h05, a circulação ficou alterada entre Corinthians-Itaquera e Guaianazes. A falha foi corrigida quase uma hora mais tarde, às 11h.

Metrô inaugura loja com produtos licenciados

Localizada na Estação Consolação, unidade vai atender pedidos de passageiros e turistas que desejam levar lembrança do sistema sobre trilhos

 

O Metrô inaugura nesta quarta-feira, 23, no mezanino da Estação Consolação, da Linha 2-Verde, a primeira loja licenciada para comercializar produtos com a logomarca da Companhia.

 

No local serão comercializados produtos como capa de tablet, bolsas, nécessaire, chaveiros, artigos de escritório, caneca, entre outros. A ação é uma forma de atender aos pedidos de passageiros, turistas e admiradores do sistema sobre trilhos.

 

Do Portal do Governo do Estado

Governo de São Paulo entrega duas estações da CPTM em Itapevi

Estações Amador Bueno e Santa Rita fazem parte da extensão da linha 8-diamante

 

O governo do Estado vai entregar nesta quarta-feira, 23, as estações Amador Bueno e Santa Rita da Linha 8-diamante da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). As estações fazem parte da extensão dessa linha, localizada no município de Itapevi. O governador Geraldo Alckmin estará presente na inauguração, às 12h, na Praça Paulo França, em Itapevi, e ainda vai anunciar o início da operação dos trens no período comercial, das 4h à meia-noite.

 

Mais cedo, às 11h, o governador estará em na Avenida João Balhesteiro, 753, em Jandira, para apresentar as obras do segundo trecho do corredor de ônibus Itapevi - São Paulo. Serão 8,8 quilômetros de extensão entre Jandira e Carapicuíba e previsão de atendimento diário a 33 mil usuários.

 

Alckmin também vai autorizar o início de execução do projeto básico do BRT Metropolitano Itapevi - Cotia, com 9,4 km entre os dois municípios.

 

Fonte: Estadão

22 de abril de 2014

Metrô de SP lança loja para comercializar produtos com sua marca

A estação Consolação vai ganhar amanhã (23) a primeira loja licenciada para exploração da marca do Metrô paulista. Serão comercializados produtos como capa de Ipad, bolsas, nécessaire, chaveiros, artigos de escritório, caneca, entre outros, com a logomarca da companhia.

O Metrô afirmou que criou um conjunto de regras estabelecendo critérios para o licenciamento e exploração de sua marca, assim como já foi feito nos metrôs de Londres, Nova York, Tóquio e Madri. A primeira loja ficará no mezanino da estação Consolação, na linha 2-verde do metrô.

O primeiro contrato, válido por um ano, foi fechado com a "Street Closet" e consiste no uso do logotipo, mapa da rede, imagens e ícones arquitetônicos do sistema metroviário. Artigos de vestuário, escritório, recreação, literários e impressos também poderão ser associados à marca do Metrô.

Fonte: Folha de SP

A verdadeira mobilidade

As grandes manifestações de meados do ano passado introduziram na pauta da sociedade um tema que até então estava praticamente restrito aos círculos especializados: mobilidade urbana. Inicialmente limitado à questão do aumento das tarifas do transporte público, logo o assunto ganhou amplitude e espaço nas mídias, tanto as tradicionais quanto as sociais. Ou seja, cada vez mais, passa a ser entendida como a existência de um conjunto de facilidades que assegure conforto e agilidade na locomoção para o trabalho, o lazer, a escola, o retorno ao lar, enfim, para qualquer local a que o cidadão tenha desejo ou necessidade de se deslocar, independentemente do tipo de veículo utilizado.

 

Por essa definição se nota que praticamente nenhuma das grandes cidades do mundo atende integralmente aos requisitos desejáveis e cidades de porte médio já se encaminham a passos largos para a instalação do caos em suas ruas e avenidas. Palco de explosivo crescimento demográfico no século passado e com um traçado urbano que guarda características da época de sua fundação, há 550 anos, São Paulo é exemplar para a análise dos efeitos da visão distorcida que tratou por longo tempo o transporte urbano como uma questão isolada. Hoje a realidade mostra, com cruel clareza, que não é possível dissociar a mobilidade urbana do planejamento das políticas de habitação, educação, saúde e desenvolvimento econômico, entre outras.

 

O sinal amarelo para o agravamento da situação já vem se acendendo há vários anos. Só para ficar nos cenários mais recentes, a Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios (Pnad 2012) registra aumento de 37% para 42,4% das famílias com pelo menos um carro, no período 2009-2012. Isso apesar de um indicador apontado por estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), do mesmo ano, segundo o qual o gasto com o transporte privado é cinco vezes maior do que as despesas com transporte público. Evidentemente, a opção pelo automóvel é consequência do inchaço das cidades, causado pelo crescimento demográfico, que foi empurrando as moradias para locais distantes dos núcleos de trabalho e outros serviços urbanos, e pela deterioração da qualidade do transporte público, tanto pela insuficiente capacidade de embarque de passageiros quanto pela lentidão e pelo desconforto das viagens. Mais recentemente a preferência pelo transporte individual foi estimulada pela concessão de incentivos fiscais à indústria automobilística e pela facilidade de financiamento para compra de carros.

 

A edição recém-divulgada da Pesquisa de Mobilidade, atualizada a cada cinco anos pelo Metrô de São Paulo, já traz os primeiros reflexos de tais decisões: houve uma redução no uso de transporte coletivo pelas pessoas de menor renda (queda de 2% na faixa até R$ 2.448, e de 4% na faixa R$ 1.248-R$ 4.976) ante um aumento no uso de transporte público em segmentos de maior renda (1% na faixa de R$ 4.976-R$ 9.330 e de 6% na faixa acima de R$ 9.330). O secretário estadual de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, no artigo A São Paulo dos trilhos (Folha de S.Paulo, 10/3), credita o resultado a uma tendência mundial de libertação do transporte individual nos grandes centros, em busca de melhor qualidade de vida. "Além do congestionamento, as consequências diretas do uso do automóvel são a poluição ambiental e sonora, os acidentes e mortes no trânsito e a perda de tempo", observa ele.

 

Outro ponto positivo revelado pela pesquisa é o aumento do número de viagens pelos trens do Metrô e da CPTM: entre 2007 e 2012 o salto foi de 45% (de 2,2 milhões para 3,2 milhões de passageiros/dia) no primeiro modo e de 62% no segundo (de 1,3 milhão para 2,1 milhões de passageiros/dia). Ótima notícia para quem defende o transporte sobre trilhos. Já as viagens por ônibus aumentaram 13%, totalizando 12,5 milhões de viagens/dia, praticamente empatando com o automóvel, com 12,6 milhões de viagens, mas crescimento de 19%. Um detalhe curioso: embora com pequena participação no quadro geral, os deslocamentos de bicicleta e a pé também cresceram no período, respectivamente, 7% e 9%. Essa uma boa notícia para os adeptos da vida saudável. Um indicativo de que a escolha do tipo de transporte se vincula a outras questões é o comparativo da evolução dos deslocamentos de estudantes. Pela primeira vez desde 1967, há mais alunos utilizando o modo motorizado do que a pé, numa divisão meio a meio. O que indica uma ligação entre segurança e transporte urbano.

 

Para a maioria dos cidadãos a mobilidade urbana significa contar - além de transporte público de qualidade - com calçadas bem cuidadas, ruas iluminadas e sem buracos, policiamento adequado, vias bem sinalizadas, sistema semafórico inteligente e resistente às chuvas. E até mesmo significa poder utilizar o veículo individual, quando lhes for conveniente, sem terem de enfrentar congestionamentos e enormes dificuldades para estacionar.

 

Assim, a mobilidade vai além das conclusões, embora corretas, dos pesquisadores do Metrô. Segundo eles, "os resultados sugerem que há correlação entre dados e políticas públicas do período: novos investimentos na rede metroferroviária, favorecendo maior integração, e mais opções de transporte; ampliação da integração tarifária, abrangendo transporte intermunicipal de ônibus; ampliação do transporte escolar; restrição a fretamentos; incentivos à compra de automóveis, ampliando a demanda até classes de menor renda".

 

No melhor sentido, a mobilidade é também a garantia, para todos os cidadãos, do acesso aos serviços, essenciais ou não, oferecidos pela cidade onde escolheram viver, gerar renda com seu trabalho e pagar parte dos seus impostos.

 

*Ruy Martins Altenfelder Silva é presidente da Academia Paulista de Letras Jurídicas e do Conselho Superior de Estudos Avançados (CONSEA) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP). 

 

 

Ruy Martins Altenfelder Silva* - O Estado de S.Paulo

Linhas 10-Turquesa e 11-Coral, da CPTM, têm lentidão nesta terça

Falha prejudica tráfego entre Mauá e Rio Grande da Serra, na Linha 10. Na linha 11, circulação é lenta entre Corinthians-Itaquera e Guaianazes.

Os trens da Linha 10-Turquesa e Linha 11- Coral, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), circulam com lentidão na manhã desta terça-feira (22), como informou o Bom Dia São Paulo.

Na Linha 10-Turquesa, que liga Rio Grande da Serra, na Grande São Paulo, e no Brás, no Centro, as composições tinham dificuldade para circular entre as estações Mauá e Rio Grande da Serra, por causa de falha técnica. 

Na Linha 11-Coral, os trens também estão mais lentos entre as estações Corinthians-Itaquera e Guaianazes por causa de falha de equipamento de via. 

A linha liga as estações Estudantes e Luz, no Centro. Várias linhas da CPTM passaram por manutenção neste fim de semana.

G1

Linhas 10-Turquesa e 11-Coral, da CPTM, têm lentidão nesta terça

Falha prejudica tráfego entre Mauá e Rio Grande da Serra, na Linha 10. Na linha 11, circulação é lenta entre Corinthians-Itaquera e Guaianazes.

Os trens da Linha 10-Turquesa e Linha 11- Coral, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), circulam com lentidão na manhã desta terça-feira (22), como informou o Bom Dia São Paulo.

Na Linha 10-Turquesa, que liga Rio Grande da Serra, na Grande São Paulo, e no Brás, no Centro, as composições tinham dificuldade para circular entre as estações Mauá e Rio Grande da Serra, por causa de falha técnica. 

Na Linha 11-Coral, os trens também estão mais lentos entre as estações Corinthians-Itaquera e Guaianazes por causa de falha de equipamento de via. 

A linha liga as estações Estudantes e Luz, no Centro. Várias linhas da CPTM passaram por manutenção neste fim de semana.

G1

19 de abril de 2014

Obras alteram a circulação de trens da CPTM no feriadão

Neste feriadão, a CPTM intensificará as obras de modernização de suas linhas. Por isso, os trens circularão com maiores intervalos em trechos e horários específicos. Confira a programação e antecipe sua viagem:

Linha 7-Rubi [Luz - Francisco Morato - Jundiaí]

Segunda-feira: das 4h até o fim da operação comercial, a circulação de trens estará interrompida entre as estações Palmeiras-Barra Funda e Perus, devido às intervenções nos equipamentos de via permanente na região de Pirituba. Para atender aos usuários, serão disponibilizados ônibus de conexão. As senhas para a utilização dos ônibus devem ser retiradas nas estações. O intervalo médio será de 20 minutos entre as Luz e Palmeiras-Barra Funda e de 15 minutos entre Perus e Jundiaí.

Linha 8-Diamante [Júlio Prestes - Itapevi - Amador Bueno]

Sábado e Domingo: das 22h de sábado até o fim da operação comercial de domingo, haverá continuidade nos serviços nos equipamentos de rede aérea entre Barueri e Eng. Cardoso. O intervalo médio será de 10 minutos entre as estações Júlio Prestes e Barueri e de 20 minutos entre as estações Barueri e Itapevi.

Linha 9-Esmeralda [Osasco - Grajaú]

Sábado e Domingo: das 21h de sábado até às 20h de domingo, serão realizados serviços de infraestrutura na região da Estação Autódromo e no trecho entre as estações Morumbi e Granja Julieta. O intervalo médio será de 12 minutos entre as estações Osasco e Grajaú.

Segunda-feira: das 8h às 20h, haverá continuidade nas obras de infraestrutura na região da Estação Autódromo. Das 23h até o fim da operação comercial, haverá intervenções de infraestrutura no trecho entre Morumbi e Granja Julieta. O intervalo médio será de 12 minutos entre as estações Osasco e Grajaú.

Linha 11-Coral/Expresso Leste [Luz - Guaianazes]

Domingo e Segunda-feira: das 4h de domingo até o fim da operação comercial de segunda-feira, devido aos serviços que serão realizados na extensão da Linha 11-Coral, o intervalo médio será de 20 minutos entre as estações Luz e Guaianazes.

Linha 11-Coral/Extensão [Guaianazes - Estudantes]

Domingo e Segunda-feira: das 4h de domingo até o fim da operação comercial de segunda-feira, a circulação de trens estará interrompida entre as estações Guaianazes e Jundiapeba, em razão das intervenções no sistema de rede aérea e de infraestrutura. Para atender aos usuários, serão disponibilizados ônibus de conexão. As senhas para a utilização dos ônibus devem ser retiradas nas estações. O intervalo médio será de 15 minutos entre as estações Jundiapeba e Estudantes.

Desafio: a CPTM ressalta que executar as obras de modernização, mantendo simultaneamente o atendimento aos usuários, é um grande desafio. As ações exigem medidas como promover intervenções em horários de menor movimentação de passageiros aos finais de semana, feriados e madrugadas.

Em caso de dúvida ou informações complementares, a CPTM coloca à disposição a Central de Atendimento ao Usuário, no telefone 0800-0550121.

CPTM 

Metrô implanta operação diferenciada no feriado de Semana Santa

A partir da próxima sexta-feira, dia 18, o Metrô implantará estratégia especial de operação durante o feriado prolongado da Semana Santa.

O número de viagens dos trens nas Linhas 1 – Azul, 2 – Verde, 3 – Vermelha, Linha 4 – Amarela e 5 – Lilás no feriado dos dias 18 (sexta – feira) e 21 (segunda – feira) será o mesmo de um domingo típico. Nesses dias, a oferta de trens será dimensionada conforme a demanda de passageiros.

Na terça–feira (22), para atender aos que retornam do feriado prolongado, a circulação dos trens será antecipada para as 4 horas da manhã. A Linha 1 – Azul contará com 14 viagens a mais, a 2 – Verde oferecerá 12 viagens a mais, a 3 – Vermelha terá acréscimo de 22 viagens e a Linha 4 - Amarela terá 18 viagens adicionais. Não haverá mudança no horário de operação apenas na Linha 5-Lilás.

O Metrô recomenda a compra antecipada das passagens para evitar filas de última hora.
Serviço:

Outras informações podem ser obtidas na Central de Informações do Metrô (0800 770 7722), de segunda a sexta-feira, das 5h30 às 23h30.

Informações adicionais podem ser obtidas na Central de Atendimento da ViaQuatro pelo 0800 770 7100, de segunda a sexta-feira, das 6h30 às 22h, e aos sábados e domingos, das 8h às 18h.


Do Departamento de Imprensa

18 de abril de 2014

Justiça manda fechar ciclovia alternativa do Metrô

Após uma decisão judicial, a ciclovia alternativa da Marginal Pinheiros amanheceu fechada na manhã desta sexta-feira (18), como mostrou o Bom Dia São Paulo. O Metrô construiu essa ciclovia de 5 km, entre a estação Cidade Jardim e a Ponte João Dias, depois que a ciclovia da Marginal Pinheiros foi interditada para obras da Linha 17-Ouro, do Metrô.

As obras da Linha 17-Ouro interromperam a ciclovia original parcialmente entre as estações Granja Viana e Vila Olímpia da Linha 9-Esmeralda, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).
O Metrô entregou a obra em fevereiro, mas a ciclovia só começou a funcionar há pouco mais de um mês. O Bom Dia São Paulo mostrou que a Eletropaulo pediu à Justiça o fechamento do acesso à ciclovia alegando questões de segurança.

De acordo com a empresa, a estrutura de metal, que é condutor de eletricidade, foi montada perto de um poste de alta tensão, por onde passa uma carga de 35 mil volts. O acesso também fica perto de torres de transmissão, onde a carga é de 88 mil volts.

O Metrô considerou “absurda” a iniciativa da Eletropaulo, segundo o Bom Dia São Paulo. Segundo a companhia, a construção da ciclovia alternativa foi feita de acordo com as orientações da Eletropaulo. O Metrô deve reposicionar o acesso e espera reabrir a ciclovia na próxima semana.

Fonte: Rádio CBN

17 de abril de 2014

Expresso Turístico Luz-Mogi atenderá visitantes da Festa do Divino

Trem realizará viagem no dia da Entrada dos Palmitos.

Passagens custam R$ 34 com descontos na compra de três.

 

A Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) vai realizar no dia 7 de junho uma viagem do Expresso Turístico Luz-Mogi para atender aos visitantes da Festa do Divino de Mogi das Cruzes. Geralmente o passeio ocorre no segundo sábado do mês, mas por causa do evento a data de junho foi alterada.

 

O passeio no trem é feito em dois carros de aço inoxidável fabricados no Brasil na década de 60. Os vagões foram restaurados e têm 174 poltronas cada um para acomodar os passageiros. Há também espaço para cadeiras de rodas com cinto de segurança e ancoragem.

 

O percurso dura uma hora e meia com monitores dando informações históricas sobre a ferrovia. A viagem para Mogi também conta com um vagão-bicicletário.

O preço da passagem é de R$ 34,00. O bilhete é vendido das 6h às 18h30, todos os dias na bilheteria da Estação da Luz, na Capital. Em compras de até três passagem para acompanhantes há descontos de 50%.

O trem parte da plataforma 4 da Estação da Luz, às 8h30 e o retorno à São Paulo ocorre às 16h30, com chegada às 18h.

 

Festa do Divino

 

A festa é o maior evento folclórico e religioso do Alto Tietê e recebeu 380 mil visitantes em 2013, contando com 2,5 mil voluntários. Foram cerca de 60 apresentações folclóricas e 130 variedades de pratos culinários. Em 2014 a Festa do Divino deve começar no dia 29 de maio e termina no dia 8 de junho.

 

A Entrada dos Palmitos, cortejo formado por milhares de pessoas, relembra a chegada da população da zona rural para os festejos do Divino Espírito Santo. Como oferta, eles traziam os primeiros frutos da colheita percorrendo a cidade em carros de bois.

CPTM faz remanejo de árvores em obra da estação

A Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) fez uma doação de 105 mudas de árvores à Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Naturais de Poá. Trata-se de uma compensação ambiental que foi realizada em 2012 pela empresa, devido às obras de modernização da estação no centro da cidade, que foram iniciadas há 17 meses, no qual algumas árvores estão sendo retiradas de dentro da estação, inclusive da calçada, para o andamento dos serviços de reforma e adequação.

A reportagem do Dat esteve no local e constatou que a CPTM também retirou árvores do calçamento da avenida Brasil e fixou uma placa em frente a uma das entradas da estação de Poá, que está fechada anunciando a iniciativa. O acesso à entrada da estação naquele trecho está fechado desde o dia 20 de janeiro. No local também havia máquinas e um caminhão que carregava as árvores que foram retiradas daquela área.

Segundo a Secretaria de Meio Ambiente, foram doadas pela companhia 105 mudas de quatro espécies para a cidade, sendo que 25 são de aroeira salsa, 26 de guapuruvu, 26 de guatambu e 27 mudas de manacá da serra. A administração não informou onde essas mudas foram plantadas. As obras de modernização iniciadas em novembro de 2012 vão beneficiar 300 mil usuários. (F.F.)

Fonte: Mogi News

16 de abril de 2014

Jovem leva chute de condutor de trem em movimento ao fazer 'selfie'

Jared Michael foi atingido por chute na cabeça ao tentar fazer autorretrato.
Rapaz alega que estava em distância segura da composição.

Ao tentar tirar uma foto "selfie" perto de um trem em movimento, o jovem Jared Michael acabou levando um susto e um chute na cabeça do condutor da composição, que pareceu não gostar nada do registro que estava sendo feito no local (assista ao vídeo).

Mesmo alegando estar a uma distância segura do trem na hora do autorretrato, Jared foi surpreendido pelo golpe do homem, que o atingiu em cheio.

"Levei um chute na cabeça, e acho que filmei isso!", exclamou o rapaz na sequência.

O vídeo foi assistido mais de 21 mil vezes em menos de um dia, e vários usuários chegaram a dizer que o chute seria uma "lição" para que o jovem não fizesse esse tipo de imagem em áreas perigosas.

G1

Empresa acusada de fraude trava licitação da Linha 18-Bronze

Empresa com sede em Barueri e acusada de participação em escândalos envolvendo contratações feitas pelo poder público emperrou a licitação da Linha 18-Bronze do Metrô (Tamanduateí/Djalma Dutra). O TCE (Tribunal de Contas do Estado) acolheu na tarde de ontem representação feita pelo grupo PL Consultoria Financeira e RH Ltda que denunciava “conluio estratégico na fase de definição das diretrizes fundamentais do projeto”, entre outras supostas irregularidades.
 
Segundo a Jucesp (Junta Comercial do Estado de São Paulo), a empresa tem como objeto social serviços de escritório, lojas de departamentos, reparação de equipamentos de comunicação, comércio atacadista e “outras atividades de ensino não especificadas”. O sócio majoritário é Anselmo Joaquim Vieira, empresário citado em 31 processos no TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo).
 
Reportagem publicada pela TV Bandeirantes em 2012 revelou que o grupo empresarial comandado por Vieira já venceu diversas licitações na prefeitura de Barueri – durante a gestão de Rubens Furlan (PMDB) – sem que o serviço contratado fosse, de fato, prestado. Em uma delas, um menino, à época com 13 anos de idade, teria sido utilizado como laranja em um dos certames. Em 2011, uma construtora também ligada ao grupo foi vencedora de pregão que tinha como objeto a contratação de serviço de bufê.
 
À Jucesp, o grupo declarou ter capital de R$ 50 mil, mesmo valor que foi doado na eleição de 2010 ao candidato a deputado federal Jânio Gonçalves de Oliveira (PMDB), que é vereador em Barueri e integra a base de sustentação ao prefeito Gil Arantes (DEM).
 
A Secretaria dos Transportes Metropolitanos afirma que “é de se estranhar que o pedido de suspensão tenha sido feito por empresa sem qualquer relevância no setor metroviário, com alegações sem qualquer embasamento”. O Metrô garante que apresentará esclarecimentos para que o cronograma da obra não seja prejudicado.
 
Questionado ontem pela equipe do Diário, o advogado do grupo, Flávio Pereira dos Santos, afirma que qualquer pessoa física ou jurídica tem poder de pleitear suspensão de licitação. Ele não explicou, entretanto, qual é o interesse da empresa no certame, que não tem qualquer ligação com seu ramo de atuação.
 
A Linha 18-Bronze ligará a Capital a São Bernardo por meio de monotrilho. O trajeto também passará por São Caetano e Santo André e terá 15,7 quilômetros de extensão e 13 estações. O investimento previsto é de aproximadamente R$ 4,2 bilhões.
 
Fábio Munhoz
Do Diário do Grande ABC

Governo de SP suspende licitação de PPP da linha 18

A licitação da parceria Público-Privada (PPP) da linha 18 - Bronze do metrô de São Paulo foi suspensa. A informação é da Secretaria dos Transportes Metropolitanos, que explicou que a suspensão decorre da decisão do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, por conta de uma representação interposta contra termos do edital. A sessão pública de recebimento das propostas da licitação deveria ocorrer na tarde desta quarta-feira, 16, após já ter sido adiada por cerca de dez dias.

Mais cedo, o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, informou que o Tribunal de Contas do Estado havia determinado, nesta terça-feira, a imediata paralisação da concorrência. Em despacho de nove páginas, o TCE acolheu preliminarmente representação da empresa PL Consultoria Financeira e RH que apontou "indícios de conluio estratégico na fase de definição das diretrizes fundamentais do projeto". A empresa alega existir no mundo apenas duas fabricantes de material rodante, a canadense Bombardier Transportation e a japonesa Hitachi.

 

A licitação tem por objeto a concessão patrocinada para prestação dos serviços públicos com tecnologia de monotrilho, contemplando implantação, operação, conservação e manutenção de uma linha que interligará a região do ABC Paulista à capital, com cerca de 15 quilômetros de extensão e 13 estações. O empreendimento tem custo estimado de R$ 4,2 bilhões, sendo R$ 3,8 bilhões custeados 50% pelo governo do Estado e 50% pela iniciativa privada. Os outros R$ 406 milhões são referentes às desapropriações que serão executadas pelo Estado. Deste valor, R$ 400 milhões vêm do governo federal a fundo perdido, por meio do PAC 2.

 

O conselheiro relator Antonio Roque Citadini, do TCE paulista, destacou em sua manifestação: "A matéria, além de sua complexidade é também, ainda que indiretamente, objeto de investigação noticiada nos autos, no âmbito do Conselho Administrativo e Defesa Econômica (Cade) e do Ministério Público Estadual, envolvendo apurar suposto cartel no mercado de licitações públicas relativas a projetos de Metrô e/ou trens de sistemas auxiliares."

 

O conselheiro levou em conta alegação da empresa que representou ao TCE sobre "existência de cláusulas que impõem outras condicionantes que inviabilizam a competição e, em consequência disso, comprometem a eficiência do sistema". Na representação são apontados 17 itens que poderiam provocar restrições à competitividade, como exigências relativas ao programa de nacionalização progressiva para fins de obtenção de financiamento junto ao BNDES.

 

O TCE abriu oportunidade à Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos para se manifestar sobre a representação. A secretaria destacou que a escolha pelo modelo do monotrilho já foi alvo de análise pelo próprio Tribunal de Contas, sob relatoria de Citadini. Mas o conselheiro observou que tal avaliação decorreu de circunstâncias tida como inovadoras, tendo os órgãos técnicos sugerido à época que a adoção da tecnologia seria aceitável pelos estudos apresentados e por estar demonstrada à competitividade.

 

Estadão

Página: Oficial Diário da CPTM

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