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13 de abril de 2014

Linha 1-Azul do metrô ainda atrai moradores

Pioneira, a Linha 1-Azul ainda desperta interesse do mercado, 40 anos após sua inauguração. Bairros atendidos pelo ramal, como Saúde e Vila Mariana, concentraram boa parte dos empreendimentos dos últimos três anos na capital, segundo o estudo da Lopes com base em dados de inteligência de mercado, que incluem registros na Prefeitura e projeções das construtoras. Foram lançados ao menos 39 empreendimentos nos dois bairros, de um total de 634 projetos na cidade.

A explicação, de acordo com o diretor de Atendimento da imobiliária, João Henrique, está no traçado da linha, que atravessa um grande número de bairros consolidados. Todos dotados de boa infraestrutura, entre Tucuruvi, na zona norte, e Jabaquara, na zona sul.

A possibilidade de integração com outros dois ramais também atrai moradores ao longo da Linha 1. Nas Estações Ana Rosa e Paraíso, por exemplo, é possível fazer baldeação com a Linha 2-Verde e, na Sé, com a Linha 3- Vermelha. "Morar perto do metrô é um grande benefício, chega quase a ser um sonho de consumo", diz Henrique. Segundo ele, as estações mais afastadas, porém, ainda não despertam muito interesse. Tanto compradores quanto construtores dão preferência a trechos de linhas do centro expandido.

A escolha, porém, pesa no bolso. Imóveis perto de estações são mais caros - para compra ou aluguel. A regra vale especialmente para os bairros mais valorizados, como Paraíso e Vila Mariana. O preço vale a pena, segundo a assistente administrativa Vanessa Walendowsky, de 25 anos. "A Vila Mariana é um bairro mais seguro e residencial", afirma.

Ainda em obras e sem prazo de inauguração, a Linha 17-Ouro, monotrilho que ligará o Aeroporto de Congonhas ao Morumbi, leva milhares de novos moradores a bairros da zona sul, como Chácara Santo Antonio, Campo Belo e Brooklin.

Na zona oeste, a mesma lógica fez de Perdizes o bairro campeão de lançamentos da região nos últimos três anos. Localizado nas proximidades da Estação Barra Funda, da Linha 3-Vermelha, e Sumaré, da Linha 2-Verde, possibilita fácil acesso a vários bairros que vão do centro à periferia. Por causa da Linha 4-Amarela, Pinheiros também intensificará as construções.

No setor de flats e hotéis, encontrar um ponto nas redondezas de uma estação de metrô não é opção, mas regra. A tendência faz com que 100% dos lançamentos hoje se concentrem nesses eixos. O fenômeno ocorre por uma exigência dos hóspedes. Com o trânsito congestionado de São Paulo e o alto preço pago por uma corrida de táxi, ficar hospedado em um ponto de referência da cidade, com boa mobilidade, é mais vantajoso para quem é de fora. "Para você ter um hotel, é preciso uma localização muito conhecida e estratégica", diz Henrique.

Investimentos em torres corporativas seguem o mesmo conceito. Em três anos, 81% dos prédios comerciais foram erguidos perto do metrô. 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Página: Oficial Diário da CPTM

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