Treze grevistas foram detidos pela Polícia Militar nesta segunda-feira (9) após confusão ocorrida por volta das 6h30 dento da estação Ana Rosa do Metrô. De acordo com a PM, o grupo foi encaminhado ao 36º Distrito Policial para prestar esclarecimentos. O major da PM Robson Cabanas, responsável pela operação, explicou que nenhum deles foi preso.
— Foram levados par a delegacia para apurar a conduta de cada um, verificar quem descumpriu a ordem judicial.
Ainda segundo o major, a polícia foi acionada para garantir o funcionamento da estação e do Metrô, seguindo determinação da Justiça, e não houve uso de força física.
— Não tivemos ação violenta de maneira nenhuma.
Nesta manhã, de 80 a 100 grevistas entraram na estação para conversar com outros trabalhadores que não aderiram à greve. O objetivo era convencê-los a não trabalhar. No entanto, com a chegada da Tropa de Choque, as entradas das estações foram bloqueada e a polícia começou a identificar os funcionários que tentavam realizar o piquete, como conta uma grevista de 26 anos que estava no local, mas não quis se identificar.
— Nos encurralaram no mezanino e queriam cadastrar para colocaram na lista de demitidos.
Segundo a grevista, pessoas que estavam do lado de fora conseguiram liberar um dos portões da estação, que estava fechado com cadeado, e diversos funcionários do Metrô saíram da estação. O major da PM confirmou que um dos portões foi arrombado. Com isso, apenas 13 continuam no local e foram levados para a delegacia.
O advogado do Sindicato dos Metroviários, Ricardo Gebrim, confirmou as detenções desta manhã.
— Treze estão detidos acusados de piquete. Estavam exercendo o direito de greve, não consta que tenham praticado nenhuma ilegalidade. Quem sabe serão usados como bode expiatório do governo Alckmin para impedir a greve.
A SSP (Secretaria de Segurança Pública) confirma que 13 pessoas foram levadas para o 36° Distrito Policial após tentarem impedir o funcionamento da estação Ana Rosa do Metrô. Segundo a delegada Roberta Guerra, plantonista do 36° DP, essas pessoas assinarão um termo circunstanciado, que está sendo registrado, e responderão judicialmente pelo artigo 201 do Código Penal — "Participar de suspensão ou abandono coletivo de trabalho, provocando a interrupção de obra pública ou serviço de interesse coletivo". Após a elaboração do documento, elas serão liberadas.
R7