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26 de julho de 2011

Máquina operada por joystick substituirá 70 toneladas de britas na Linha 3-Vermelha do Metrô

A troca das pedras deve acontecer a cada 25 anos. A Companhia iniciou os trabalhos neste primeiro semestre e espera concluir as atividades até o final de 2014.

O Metrô de São Paulo inicia uma megaoperação para a substituição de 70 mil toneladas de britas das vias, do trecho entre as estações Belém e Corinthians-Itaquera, na Linha 3-Vermelha (Corinthians-Itaquera/Palmeiras-Barra Funda). As atividades tiveram início no primeiro semestre deste ano e tem previsão de avançar até o final de 2014.


Para dar conta da “pedreira”, uma máquina diferente, extravagante, operada por dois joysticks e uma série de botões e alavancas está sendo usada durante as madrugadas para a troca das britas. É a primeira vez na história do Metrô que este tipo de equipamento é utilizado.


No caso da construção dos túneis, o trabalho pesado fica por conta do shield, o famoso “megatatuzão”. Agora, para trocar as britas, a atividade fica por conta da “desguarnecedora e escarificadora”, já chamada de “SuperLampreia”, em analogia ao peixe que suga pedras. O novo equipamento é de origem austríaca e foi adquirida pela empresa contratada, a SPA Engenharia, pelo valor de 4,5 milhões de euros. Seu uso já é comum na Europa, mas é a primeira vez que está sendo usado na América do Sul.


Como funciona
Atualmente, os trabalhos acontecem no trecho entre Artur Alvim e Corinthians-Itaquera. Uma equipe de 11 empregados está envolvida na atividade, que acontece das 1h às 4h30. Dois técnicos especializados operam a máquina, enquanto dois mecânicos, seis ajudantes e um encarregado se revezam em outras tarefas.


A “SuperLampreia” é composta por uma máquina sugadora e um trator rebocador, que trabalham em comboio. A escarificadora puxa dois vagões para retirada de britas usadas e o trator rebocador, com banca de socaria frontal, puxa mais dois vagões para reposição de britas novas.


O equipamento, primeiro retira, por vácuo, as pedras (britas) instaladas entre os dormentes da via permanente, nos trechos fora dos túneis. O comboio, depois que "suga" as britas velhas e as remove para um dos vagões, repõe novas britas na via, soca essas pedras para compactá-las e, assim, dá mais estabilidade aos dormentes para passagem do trem, amortecendo a rolagem do trem sobre os trilhos e tornando a viagem silenciosa e agradável. Por último ele transporta as britas velhas, que são descartadas em aterros específicos.


Troca das britas
E por que as britas são trocadas? Com a passagem contínua dos trens e dos veículos de auxílio aos trabalhos de manutenção, como caminhões sobre trilhos, que circulam pelas vias, as britas se fragmentam e o pó da fragmentação vai para a parte de baixo do lastro de brita, ocupando os espaços vazios entre pedras, onde se solidificam com as águas das chuvas e perdem o papel de elementos amortecedores.


Antes da chegada desta máquina, o trabalho de retirada das pedras era feito manualmente. Só para fazer um paralelo, a máquina realiza, por noite trabalhada, 18 a 20 metros de via, podendo chegar a 30 metros lineares de substituição de britas velhas por novas. Se a troca fosse feita manualmente, seria possível fazer entre 8 e 12 metros lineares. Outro aspecto importante é que as britas repostas são graníticas, mais resistentes que as basálticas anteriormente utilizadas, o que garante maior vida útil da camada de lastro (o lastro vai demorar mais tempo para ser novamente substituído).  Fonte: Metrô 




Fotos da Máquina

Página: Oficial Diário da CPTM

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