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6 de junho de 2014

Governo convoca metroviários e ameaça começar demissões em SP

O governo do Estado de São Paulo tentará, na Justiça, antecipar a decretação de ilegalidade da greve dos metroviários. O secretário de Estado dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, disse que o Estado enviará uma petição ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT) ainda na tarde desta sexta-feira (6) solicitando que o Judiciário decrete a greve ilegal.

"O que a Justiça vai definir, não temos certeza. Mas o que vier, é para cumprir. Imediatamente, terão de cumprir. Se não vierem, pode começar a emitir demissões", disse.

Paralelamente, o governo enviou nesta manhã 220 telegramas para pressionar condutores de trens a comparecerem no turno das 14h. Outras 220 cartas serão enviadas para os funcionários que trabalham à noite.

"Isso serve como documento comprobatório para depois não alegarem ignorância", informou Fernandes.

O secretário comentou a ação da PM na manhã desta sexta na estação Ana Rosa, quando policiais agrediram os grevistas com bombas de gás e balas de borracha.

Ele disse que manteve contato com o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o secretário de Estado da Segurança Pública, Fernando Grella Vieira, para pedir reforço policial.

"Eu tinha exposto ao governador que havia risco hoje de situação de radicalização. Nas primeiras horas, recebi as informações de que eles ocupavam duas estações. O governador foi muito tranquilo e pediu de energia, dentro da lei".

A estação Ana Rosa é estratégica, uma vez que é de lá que os funcionários partem para as demais estações. Se os piquetes impedissem o acesso dos funcionários, a operação ficaria ainda mais prejudicada do que já está.

Fernandes afirmou ainda que espera transportar 3 milhões de passageiros nesta sexta. Nesta quinta-feira (5), com metade das estações abertas, o Metrô transportou 1,8 milhão de pessoas, segundo Fernandes. Em dias comuns, são 4,5 milhões de usuários.