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6 de junho de 2014

Segundo dia de greve do metrô provoca transtornos e revolta passageiros em SP

Muitos trabalhadores não conseguem chegar ao trabalho pelo 2º dia seguido e temem punições

A greve dos funcionários do Metrô causa transtornos aos passageiros pelo segundo dia seguido em São Paulo. Muitos trabalhadores não sabem como ou não conseguem chegar ao serviço e estão precupados com as possíveis punições. As pessoas afirmam que a situação piorou nesta sexta-feira (6) em relação ao primeiro dia da greve, nesta quinta-feira (5).

O R7 pegou um dos trens da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) na estação Barra Funda sentido Luz e constatou a revolta dos usuários com a paralisação. "Tem que botar a Dilma em um trem desses!", desabafou uma usuária. "Tem que parar o Brasil!", gritou outro passageiro.

A diarista Joselma Lima, de 26 anos, mora no Campo Limpo e trabalha no Alto do Ipiranga, ambos bairros da zona sul de São Paulo. Normalmente ela leva duas horas para ir de casa ao serviço. Nesta sexta-feira, ela levou esse tempo só para chegar até a estação Ana Rosa e ainda não sabia que horas ia chegar ao destino.

— O caos, horrível. Vontade de chutar, de chorar, de xingar todo mundo, mas o que adianta? Eu estou aqui ainda. Já era para estar no trabalho.

Em segundo dia de paralisação, linhas 1, 2 e 3 do Metrô operam parcialmente em SP

Greve dos metroviários chega ao segundo dia e funcionários entram em confronto com a polícia

A bancária Edilene Araújo, de 34 anos, estava no terminal Jabaquara. Ela mora em Diadema, no ABC paulista, e trabalha no Tatuapé, na zona leste de São Paulo. Ela desistiu de ir para o trabalho e ia voltar para casa. No entanto, como ontem ela também não conseguiu chegar ao trabalho, a bancária está preocupada.

— Estou tentando não ser punida porque hoje é o segundo dia. Ontem eu conversei, não tinha como chegar, ainda consegui ficar em casa. Mas hoje a situação está pior então seria o segundo dia e eu posso ser descontada disso.

"Estão radicalizando", diz secretário de transportes sobre greve de metroviários

Na mesma situação estava o office boy Francisco Gonçalves Cardoso Júnio, que mora em São Bernardo do Campo, também no ABC paulista, e trabalha na Sé, no centro de São Paulo. Ele costuma levar uma hora e meia para chegar e está preocupado em ficar com falta nesta sexta.

— Eu já não fui ontem, já não vou hoje. Eu vou perder dois dias? O governo vai abonar esses dois dias que eu não fui trabalhar? É revoltante.

A grave prejudicou também o trânsito na cidade, que bateu mais um recorde de lentidão, e impediu a técnica em enfermagem Juvanina Silva, de 51 anos, de chegar ao trabalho no primeiro dia de greve. Ela mora em Osasco, na Grande São Paulo, e trabalha na estação São Joaquim, na zona sul. Normalmente, ela leva duas horas para chegar ao serviço. Nesta sexta-feira, ela saiu quase duas horas mais cedo e quatro horas depois ainda estava na estação Barra Funda.

— Ontem eu não fui ao trabalho porque não consegui, por causa do trânsito. Hoje tenho que ir de qualquer jeito. Eu saí de casa às 8h30, o trânsito está infernal.

Fonte:  R7