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7 de junho de 2014

‘PM agiu corretamente’, diz coronel sobre retirada de grevistas do Metrô

Para coronel Benedito Meira, não ocorreu exagero em SP.
Foi empregada força necessária para desbloquear estação, disse.

O comandante da Polícia Militar do estado de São Paulo, coronel Benedito Roberto Meira, declarou na tarde de ontem sexta-feira (6) que policiais militares agiram “corretamente” pela manhã ao usar escudos e bomba explosiva de efeito moral em direção a grevistas para dispersá-los e desbloquear a entrada da Estação Ana Rosa do Metrô.

A ação policial resultou em confronto com os manifestantes ligados ao sindicato dos metroviários, conforme gravação do vídeo (ASSISTA O VÍDEO)  Não há registros de feridos, mas um sindicalista foi detido por desacato.

“A PM agiu corretamente”, disse Meira ao G1. “Não vejo exagero por parte dos policiais, que usaram emprego da força necessária: primeiro com o diálogo, sem sucesso, depois com o contato corporal para retirar o grupo de manifestantes que impediam a entrada de outros funcionários que queriam trabalhar”.
De acordo com o comandante da PM, para dispersar os sindicalistas foi necessário o uso de munição química. “Uma bomba de feito moral foi disparada. Ela gera barulho. Não foi bomba de gás até porque dentro do Metrô esse tipo de munição não deve ser usada”, afirmou Meira.

O coronel informou que foi a diretoria do Metrô que pediu ajuda a PM para garantir a decisão judicial que determinava que 100% da frota funcionasse nos horários de pico. “Nosso efetivo policial foi deslocado então para as estações Ana Rosa e Bresser, onde os funcionários chegam para trabalhar”, contou Meira. “As duas estavam bloqueadas, mas na Bresser não houve resistência dos grevistas, que aceitaram o diálogo com os PMs e liberaram as entradas”.

Policiais da Força Tática da Polícia Militar entraram em confronto com manifestantes por volta das 7h desta sexta-feira (6), na estação Ana Rosa da linha 2-Verde do Metrô. Segundo a assessoria de imprensa da PM, os grevistas tentavam impedir o funcionamento da estação e a entrada de usuários.

Um vídeo mostra o momento em que a polícia começa a investir contra um grupo de manifestantes que dava os braços. A confusão começa, e os policiais usam cassetetes e bombas.

Uma pessoa foi detida pela Polícia Civil na confusão, segundo a PM. O homem foi levado ao 36º Distrito Policial, na Vila Mariana, Zona Sul. A Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que ele foi detido por desacato e já foi liberado.

O leitor Eduardo Gorio gravou o momento em que os policiais entraram na estação, e enviou as imagens ao VC no G1. (ASSISTA O VÍDEO)

Outro grupo de policiais militares foi até a estação Bresser-Mooca, na Zona Leste, onde grevistas impediam a entrada de funcionários. A PM também liberou a entrada dessa estação, mas não houve confronto.

Greve

A greve organizada pelo Sindicato dos Metroviários chegou ao segundo dia nesta sexta (6) e afetou quatro linhas do Metrô da cidade. Apenas a linha 4-Amarela não foi afetada em nenhum horário. Ela é privatizada e administrada pelo consórcio Via Quatro. Neste sábado (7), terceiro dia de paralisação, três linhas funcionavam parcialmente pela manhã.

O principal motivo para o impasse entre sindicalistas e o governo está no valor do reajuste salarial da categoria. Os grevistas pedem um reajuste de 12,2%. A proposta foi recusada pelo Metrô, que afirma só poder oferecer 8,7% e benefícios sociais que, segundo a empresa, fariam com que o salário do metroviário fosse reajustado acima dos 10%.

G1