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8 de junho de 2014

Desejo de Lula se cumpre: sem metrô e com trânsito caótico, paulistano pode usar jumento para ver a seleção

O desejo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se cumpriu na última sexta-feira, a menos de uma semana da abertura da Copa do Mundo na cidade de São Paulo. No último dia 16 de maio, o petista afirmou ser "babaquice" a preocupação de oferecer metrô para o torcedor chegar aos estádios. "Nós nunca tivemos problemas em andar a pé. Vai a pé, vai descalço, vai de bicicleta, vai de jumento, vai de qualquer coisa", disse Lula, em palestra para blogueiros. Nesta sexta, o paulistano que comprou ingresso para assistir ao último amistoso da seleção brasileira antes da estreia no Mundial, no Morumbi, não pode usar o metrô, parado pelo segundo dia de greve. E o carro também não será um bom negócio: com chuva e o rodízio de veículos liberado pela prefeitura, as ruas e avenidas da maior cidade do país estão travadas.

Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), foram registrados 251 quilômetros de vias engarrafadas às 10h30, recorde  histórico para o horário. As principais artérias que cortam a cidade estão congestionadas. Por volta das 11h, um protesto de metalúrgicos ajudou a piorar o cenário caótico ao bloquear duas faixas da Avenida Paulista. Outras manifestações, de funcionários da construção civil e as marchas diárias dos sem-teto (MTST), estão programadas para sexta.

A greve dos metroviários paralisa parcialmente três linhas do metrô – 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha. Nas primeiras horas da manhã de sexta, grevistas decidiram realizar piquetes em estações e impedir funcionários que não aderiram à paralisação de trabalhar normalmente. A Polícia Militar utilizou bombas de gás lacrimogêneo para dispersar o grupo e impedir depredações. O Metrô informou em sua conta no Twitter que havia "impedimento da entrada de funcionários nos postos de trabalho por grevistas".

Em reunião na sede do sindicato na sexta-feira, os metroviários rejeitaram a proposta de reajuste de 8,7% feita pelo governo paulista e decidiu manter a paralisação. O governo de São Paulo acionou o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) por considerar a greve abusiva. O Tribunal de Justiça de São Paulo marcou para sábado o julgamento da liminar que obriga os funcionários a manter 100% da frota funcionando em horário de pico, e 70% no restante do dia.

Fonte: Veja/Abril