O secretário dos Transportes do Estado de São Paulo, Jurandir Fernandes, afirmou na manhã desta segunda-feira (9) que já foram emitidas as primeiras 60 demissões por justa causa de funcionários do metrô, segundo ele, envolvidos em atos de vandalismo e por utilizarem o sistema de som das estações para incentivar a população a apoiar o movimento grevista.
"A partir dessas primeiras demissões, os [funcionários] que não vierem trabalhar, como já estão com direito de greve suspenso, também serão notificados da demissão por justa causa", disse, em entrevista à Rádio Estadão.
De acordo com o secretário, dos 1.534 funcionários da empresa que deveriam se apresentar pela manhã desta segunda-feira, 24,6% foram ao trabalho.
Fernandes destacou que o metrô tem reserva técnica para repor os funcionários que trabalham nas estações e que pode realizar contratações emergenciais de empregados terceirizados para reposição de maneira mais rápida, até a realização de um novo concurso em um prazo de 60 a 90 dias.
Segundo ele, a maior parte dos trabalhadores que mantêm o movimento de greve são de trabalhadores que atuam nas estações, todos engenheiros já teriam voltado a trabalhar normalmente e "boa parte dos seguranças" também.
Confronto
Segundo o portal Estadão.com, cerca de 13 grevistas dos metroviários foram detidos na estação Ana Rosa no início da manhã. Houve confronto em frente à estação, na Rua Vergueiro, e a Tropa de choque jogou bombas de efeito moral para dispersar manifestantes. Integrantes de diferentes grupos marchavam em direção à Praça da Sé para, posteriormente, seguir até a Secretaria Estadual de Transporte.
O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) considerou a greve dos metroviários abusiva e ilegal e estipulou em R$ 500 mil a multa diária ao sindicato da categoria caso a determinação de voltar ao trabalho não fosse cumprida.
As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".