TRT considerou paralisação ilegal e aplicou multa de R$ 100 mil por dia
Uma nova assembleia para decidir o rumo da greve dos metroviários foi marcada para esta segunda-feira (9), às 13h. Mesmo com multa de R$ 100 mil por dia de paralização, aplicada pelo TRT (Tribunal Regional do Trabalho), os metroviários de São Paulo decidiram manter a greve em assembleia na tarde do último domingo (8). O presidente do Sindicato, Altino Melo dos Prazeres, disse ontem que a categoria não vai ceder.
O Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, em São Paulo, considerou a paralização abusiva. Por conta disso, os grevistas foram punidos com multa diária de R$ 100 mil por dia em razão do descumprimento da liminar concedida pela desembargadora Rilma Aparecida Hemetério que obrigada os funcionários a manter 100% do quadro durante o horário de pico e 70% nos demais.
O tribunal determinou um aumento de 8,7%, valor proposto pelo Metrô e que havia sido recusado pelos funcionários que querem que o rejuste chegue na casa do dois dígitos.
A Justiça determinou o valor do vale-refeição em R$ 669,16 e o vale-alimentação em R$ 290 tanto para metroviários quanto engenheiros. O salário normativo do engenheiro também foi determinado em R$ 6.154.
Greve
A paralisação começou na última quinta-feira (5) e a estimativa é que tenha afetado 4,5 milhões de passageiros — número total de usuários mencionado pelo Metrô, em nota, após o anúncio da paralisação. Por causa da greve, o rodízio foi suspenso na capital paulista na quinta-feira (5) e sexta-feira (6). Com isso, a cidade registrou sucessivos recordes de congestionamento no período da manhã.
Grevistas fizeram piquetes em estações como Ana Rosa, Paraíso e Bresser-Mooca para impedir a entrada de funcionários. Na quinta-feira (5), um desses piquetes terminou em confronto com a PM (Polícia Militar). Ao menos duas pessoas ficaram feridas e outra pessoa foi presa.
Desde o início da grave, o funcionamento do metrô é parcial. As linhas 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha são as mais afetadas. Na linha 5-Lilás, a operação tem começado com atraso, mas todas as estações são abertas. A linha 4-Amarela não está em greve, pois é privada e o quadro de funcionários é diferente das outras linhas do metrô. No último domingo (8), esta linha fechou duas estações, mas para obras.
R7