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8 de junho de 2014

Sindicato ameaça parar totalmente o metrô de SP no dia da abertura da Copa

Segundo Fernandes, algumas linhas do metrô operam no momento em função de um plano de contingência, implementado pela companhia, no qual os trens estariam sendo operados por supervisores e coordenadores.

"Mas nós já estamos nos organizando para fazer piquetes em trens, estações e pontos de manutenção", diz ele.

"Ninguém vai trabalhar. Se não chegarmos a um acordo, na quinta-feira (dia da partida de abertura da Copa do Mundo) não vai ter metrô nem para Itaquera (onde fica o estádio de abertura) nem para lugar nenhum."
Uma nova assembleia está marcada para as 13 horas desta segunda-feira. Os metroviários também prometem participar de uma manifestação às 7h na estação Ana Rosa, juntamente com o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST).

Segundo Katy Watson, da BBC, presente na assembleia deste domingo, o clima na reunião foi tenso e favorável à manutenção da greve desde o início.

Houve protestos contra a Fifa e os gastos com a Copa. Vários dos participantes pareciam frustrados e o debate foi marcado por gritos.

Hoje mais cedo, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) declarou como "abusiva" a greve dos trabalhadores do metrô paulista.

A greve começou na quinta-feira passada e tem gerado grande apreensão, além de complicar a situação do trânsito da cidade a poucos dias da abertura da Copa do Mundo.

Os grevistas iniciaram a paralisação reivindicando um aumento de 35,5%, mas agora exigem 12,2%.
O metrô oferecia um aumento de 7,8% e elevou sua proposta para 8,7%, que foi rejeitada pelos metroviários, mas ratificada pelo TRT.

Multa

Na quarta-feira, um tribunal determinou que os sindicatos ligados à greve devem pagar uma multa de R$ 100 mil caso não mantenham 70% dos serviços do metrô funcionando - e 100% no horário de pico.
O TRT estabeleceu outra multa de R$ 500 mil a ser aplicada se os grevistas resolverem manter a paralisação, mas não ficou claro se a nova penalidade substitui ou será adicionada à primeira.
"Não houve atendimento mínimo à população, gerando grande transtorno, inclusive, no âmbito da segurança pública”, justificou o desembargador Rafael Pugliese, presidente da Seção de Dissídios Coletivos (SDC) do TRT e relator do caso.

Negociação

Para o cientista político Carlos Melo, do Insper, a proximidade do Mundial faz com que a margem do governo para agir sobre a greve seja estreita.

"Essa é uma situação muito complicada para o governo", disse Melo a Watson.

"Reprimir greves e manifestações com violência além de ser pouco democrático e produzir mais violência tem um custo em termos de imagem. O que vai se dizer sobre um país que não negocia com seus trabalhadores e acaba reprimindo manifestações? O governo é obrigado a ceder pelo menos no curtíssimo prazo."