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6 de junho de 2014

Greve dos metroviários volta a causar transtornos

A cidade de São Paulo vive um verdadeiro caos nesta sexta (6) em razão da greve dos metroviários

A cidade de São Paulo vive um verdadeiro caos hoje (6) em razão da greve dos metroviários que entrou em seu segundo dia. Apenas uma das cinco linhas do Metrô funcionava normalmente no começo do dia: a via amarela operada pelo setor privado na ligação entre a Estação da Luz e a zona sul. Por volta das 5h30, começaram a circular os trens da Linha 5 Lilás, entre o Capão Redondo e o Largo Treze, na zona sul.
Só duas horas mais tarde é que os usuários puderam acessar, parcialmente, esse meio de transporte nas demais linhas: a 1 Azul, entre as estações Paraíso e Luz; a Linha 2 Verde, entre as estações Paraíso e Clínicas e a Linha 3 Vermelha entre as estações Bresser e Santa Cecília.

Segundo a companhia do Metrô, houve piquetes nas estações Ana Rosa, na zona sul e Bresser, na zona leste, para impedir a entrada de funcionários que não estavam aderindo ao movimento. A Polícia Militar foi acionada para dispersar os manifestantes.

Mais uma vez a prefeitura decidiu suspender o rodízio de veículos. Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) às 8h havia 133 quilômetros de vias congestionadas.

Em algumas regiões, a alternativa foi recorrer aos trens da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) que opera com intervalo reduzido. Há, porém, um bloqueio na Estação Corinthians-Itaquera, Linha 11 Coral, onde os acessos são compartilhados com o Metrô da Linha 3 Vermelha. Segundo a CPTM, na integração com a Linha 4 Amarela, nas estações Pinheiros e Luz, foi adotado um controle do fluxo de pessoas nos pontos mais movimentados.

A empresa informou ainda que solicitou a mudança de itinerário dos ônibus com destino à Corinthians-Itaquera, para redistribuir os coletivos nas demais estações e evitar aglomerações.

A São Paulo Transporte (SPTrans) informou que a exemplo de ontem (5) foi reforçada a frota de ônibus do Plano de Atendimento entre Empresas de Transporte em Situação de Emergência (Paese).

Os metroviários reivindicam aumento salarial de 16,5%. Ontem, em nova tentativa de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), eles rejeitaram a oferta de 8,7%.


Usuários do metrô que moram na zona lesta da capital paulista, uma das mais populosas da cidade, enfrentam dificuldades para ir ao trabalho na manhã de hoje (6). Com a greve dos metroviários iniciada ontem (5), a Linha 3 Vermelha, que atende a região, está a operando apenas entre as estações Bresser e Santa Cecília, o que representa menos de um terço do trajeto total.

No início da manhã, a Estação Corinthians-Itaquera, que também atende à Linha 11Coral da Companhia Paulsita de Trens Metropolitanos (CPTM), que não está em greve, amanheceu fechada por questão de segurança. Segundo a CPTM, as plataformas daquela estação não comportam a demanda de usuários da companhia e do Metrô ao mesmo tempo. Por volta das 7h30, porém, as catracas foram liberadas e os passageiros puderam utilizar os trens da companhia.

Ontem, o fechamento dessa estação na zona leste provocou confusão. Usuários ficaram revoltados, derrubaram e quebraram grades para entrar na área de embarque. A Polícia Militar precisou ser chamada. A CPTM informou que a SPTrans deve alterar hoje o itinerário dos ônibus com destino à Corinthians-Itaquera, de forma a redistribuir os coletivos nas demais estações para equalizar o fluxo de usuários.
A estagiária Viviane Dias, de 25 anos, contou que não foi trabalhar ontem justamente por medo da confusão ocorrida. "Minha chefe pediu para eu ficar em casa para não correr risco. Como hoje está um pouco mais tranquilo, ela pediu para eu entrar às 10h". Viviane trabalha na região do Morumbi, zona sul, e entra às 8h. Normalmente, ela demora 2 horas para chegar no trabalho.

O professor de educação física Ítalo de Oliveira, 32 anos, estava entre os passageiros que optaram por utilizar o ônibus. "Eu já vim preparado, vou calmo. Sei que vai ser complicado, mas tem que ir", disse. Ele trabalha na Avenida Paulista e, normalmente, pega quatro ônibus para ir ao trabalho.

A situação nos pontos de ônibus próximos às estações da Linha Vermelha nesta manhã era de lotação. "Todos estão saindo lotados. Tem até um fiscal ajudando a fechar a porta, senão o ônibus não anda", contou Ítalo.

Elisangela Vaz, 30 anos, auxiliar de escritório, disse que ontem desistiu de ir trabalhar por conta do tumulto na estação em Itaquera. "A gente liga para o patrão e ele acha que a gente não quer ir trabalhar. Ontem estava muita muvuca e eu tive que voltar", desabafou.

Por: Agência Brasil