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22 de maio de 2012

Trabalhadores do Metrô SP e da CPTM decidem entrar em greve a partir da 0h de amanhã

Os trabalhadores do Metrô de São Paulo e das linhas 11-coral (Luz/Estudantes) e 12-safira (Brás/Calmon Viana) da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metroplitanos) decidiram em assembleias realizadas nesta terça-feira (22) entrar em greve a partir da 0h desta quarta-feira (23).

Segundo o sindicato dos metroviários de São Paulo, trabalhadores do turno da noite já estão paralisados --para atender até a meia-noite, funcionários da tarde vão estender o expediente.

A decisão da categoria aconteceu horas depois de uma audiência entre representantes do sindicato e da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô), à tarde, no TRT (Tribunal Regional do Trabalho), e que terminou sem acordo.

No caso do Metrô, param as linhas um-azul, dois-verde, três-vermelha e cinco-lilás. A linha quatro-amarela, por pertencer a um consórcio, não deverá ser afetada pela paralisação.

Os metroviários exigiam 5,13% de reposição e 14,99% de ganho real e criticavam o fato de as contratações não terem sido suficientes para atender o número maior de passageiros transportados. Com a operação da linha 4-amarela, o movimento de passageiros aumentou para 4,4 milhões de pessoas por dia.

O estado de greve foi decretado pelos trabalhadores em assembleia realizada no próximo dia 16 –mesmo dia em que um acidente envolvendo dois trens na linha 3-vermelha deixou 49 pessoas feridas.

A categoria também exige equiparação salarial, jornada de 36 horas semanais e adicional de risco de vida de 30%.

O Metrô propôs reposição de 4,67% e 0,50% de aumento real a partir da data-base de 1º de maio, além de reajuste no vale-alimentação e no auxílio-creche também no índice de 4,67%. A companhia informou ainda que mantém a PLR (Participação nos Lucros e Resultados) para os metroviários.

Já os ferroviários querem aumento de 7,05%, além de tíquete refeição no valor de R$ 21,50. A proposta da CPTM é de reajuste de 6,17% e tíquete refeição de R$ 19,50.

As negociações da categoria com a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos começaram em março e as tratativas passaram a ser intermediadas pela justiça trabalhista em maio, sem previsão de data de realização.

O Sindicato dos Ferroviários de São Paulo convocou uma assembleia para a tarde desta quarta-feira (23) para definir sua posição.

UOL



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