Áreas da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) usadas há pelo menos dez anos como cemitérios de trens velhos em São Paulo têm até vagões sem dono.
A estatal diz que não guarda trens fora de uso --faz leilões-- e que as carcaças são de responsabilidade federal.
Das 85 carcaças em áreas da CPTM, 44 estão em Presidente Altino, Osasco (Grande São Paulo), 35 na Lapa, zona oeste, e seis na estação Luz, no centro.
Segundo a CPTM, os vagões são do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte) e ocupam espaço que poderia acomodar novos trens.
Em nota, o Dnit afirmou que fez inspeção em Osasco e constatou que nem todos os vagões são seus. "Assim que o levantamento for concluído, o Dnit providenciará a remoção dos vagões de sua responsabilidade". Segundo o órgão, as carcaças serão transportadas em caminhões.
O sindicato dos trabalhadores das linhas 8-diamante e 9-esmeralda da CPTM diz que as peças antigas são reutilizadas em trens mais novos e que há até um trem de 2009 no meio do ferro-velho.
"Funcionários das oficinas arrancam peças e colocam nos trens que continuam rodando", disse Rogério Centofanti, consultor do sindicato.
A CPTM diz que não faz canibalismo e que o trem de 2009 que está na Lapa passa por avaliação técnica.
Para o professor da Universidade Federal de São Carlos Archimedes Azevedo Raia Júnior, doutor em engenharia de transportes, o canibalismo --utilização de peças usadas-- nas ferrovias é comum.
"Pode ser utilizado pela necessidade de reposição rápida de uma peça. Mas, em geral, isso aponta falta de planejamento para a reposição das peças", afirma.
Fonte: Folha.com
A estatal diz que não guarda trens fora de uso --faz leilões-- e que as carcaças são de responsabilidade federal.
Das 85 carcaças em áreas da CPTM, 44 estão em Presidente Altino, Osasco (Grande São Paulo), 35 na Lapa, zona oeste, e seis na estação Luz, no centro.
Segundo a CPTM, os vagões são do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte) e ocupam espaço que poderia acomodar novos trens.
Em nota, o Dnit afirmou que fez inspeção em Osasco e constatou que nem todos os vagões são seus. "Assim que o levantamento for concluído, o Dnit providenciará a remoção dos vagões de sua responsabilidade". Segundo o órgão, as carcaças serão transportadas em caminhões.
O sindicato dos trabalhadores das linhas 8-diamante e 9-esmeralda da CPTM diz que as peças antigas são reutilizadas em trens mais novos e que há até um trem de 2009 no meio do ferro-velho.
"Funcionários das oficinas arrancam peças e colocam nos trens que continuam rodando", disse Rogério Centofanti, consultor do sindicato.
A CPTM diz que não faz canibalismo e que o trem de 2009 que está na Lapa passa por avaliação técnica.
Para o professor da Universidade Federal de São Carlos Archimedes Azevedo Raia Júnior, doutor em engenharia de transportes, o canibalismo --utilização de peças usadas-- nas ferrovias é comum.
"Pode ser utilizado pela necessidade de reposição rápida de uma peça. Mas, em geral, isso aponta falta de planejamento para a reposição das peças", afirma.
Fonte: Folha.com