Após dois anos e meio, a EFCJ (Estrada de Ferro Campos do Jordão) voltou a oferecer o passeio turístico entre Campos e Pindamonhangaba, em São Paulo.
Retomada em 2 de junho, com operação às terças-feiras, a rota percorre um trecho da serra da Mantiqueira e construções históricas como a estação Eugênio Lefèvre, em Santo Antônio do Pinhal. Ali, há uma parada de meia hora para visita ao mirante da Santa Expedicionária, de onde se avistam três cidades. Outro ponto alto do passeio, literalmente, é o Alto do Lajeado, a 1.743 m de altitude.
O trajeto havia sido suspenso após um acidente que matou três pessoas em novembro de 2012. Agora, a segurança foi reforçada: um registrador de eventos, espécie de caixa-preta, e um limitador de velocidade estão entre as novidades tecnológicas. Além disso, foram trocados 14.800 dormentes e 20 km de trilhos e implantadas quase 5.000 canaletas de drenagem.
O trem parte às 9h da estação de Pindamonhangaba e deixa a estação Emílio Ribas, em Campos do Jordão, às 15h. A tarifa é de R$ 59. São Paulo tem outros quatro trens turísticos em atividade e mais dois em implantação, de acordo com Hélio Gazetta Filho, diretor da ABPF (Associação Brasileira de Preservação Ferroviária). ‘Há muita vontade de prefeituras e empresas de retomar linhas turísticas, até porque há muitos trilhos parados. Mas, para se sustentarem, é preciso que haja um fluxo turístico e atrativos além da ferrovia‘, diz.
Uma das rotas em operação é a maria-fumaça Campinas-Jaguariúna, que oferece passeios aos fins de semana. No trajeto, há seis estações ferroviárias, quatro já restauradas. Outra é a Moita Bonita, em Paraguaçu Paulista. Na capital, há ainda dois trens culturais dos Imigrantes e dos Ingleses.
Os dois em implantação são o de Guararema, que será operado pela ABPF e deve iniciar operações no segundo semestre, e o Caipira, em São José do Rio Preto.
MARCELO TOLEDO RIBEIRÃO PRETO, SP (FOLHAPRESS)