Dentro de 5 dias entram em circulação dez ônibus K9 da fabricante chinesa BYD; veículos serão apresentados na próxima terça-feira (14), no aniversário da cidade
Campinas terá a maior frota de ônibus elétricos no transporte coletivo do País dentro de quinze dias, quando dez ônibus K9, modelo urbano desenhado pela chinesa BYD para atender o mercado local, começarão a circular na cidade, informou a fabricante.
Os veículos serão apresentados na próxima terça-feira, no aniversário da cidade, e entrarão em operação na semana seguinte, disse o diretor de marketing da empresa, Adalberto Maluf. Os veículos, segundo ele, foram trazidos da China e estão sendo montados em garagens terceirizadas — a estrutura veio pronta e a parte interna está sendo finalizada no Brasil.
A circulação desses ônibus em duas semanas, no entanto, ainda depende da finalização de negociações com a Itajaí Transportes Coletivos Ltda, que opera o transporte coletivo na região do Campo Grande e Corredor John Boyd Dunlop.
O empresário da Itajaí, Joubert Beluomini, informou que negocia um contrato de arrendamento dos veículos e que ainda há muitos pontos a serem definidos, como por exemplo, como será a remuneração do serviço e a infraestrutura que precisará ter na garagem em energia elétrica para abastecimento dos veículos.
Segundo ele, a concessionária de energia informou que precisará de 90 dias para montar essa estrutura. A tarifa cobrada do passageiro será a mesma dos ônibus convencionais.
A Itajaí, por contrato de concessão, precisa fazer a renovação da frota na metade do ano e já pediu a anuência da Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) para substituir os ônibus diesel por elétricos. “Por enquanto, estamos em negociação com a BYD”, disse. A opção pelo arrendamento, informou, é pelo alto custo de um ônibus como esse.
“O veículo tem quase o mesmo preço do ônibus convencional, em torno de R$ 400 mil, mas a bateria chega a quase R$ 1 milhão”, informou.
No longo prazo, no entanto, a economia com manutenção e combustível compensa o investimento.
Os ônibus elétrico têm 12 metros de comprimento e piso baixo. Além de não poluir, eles têm autonomia de 250 quilômetros, é mais confortável para o usuário e silencioso, segundo o fabricante.
O veículo, equipado com baterias de fosfato de ferro, leva 80 passageiros, sendo 22 sentados e 58 em pé e, segundo a BYD, gera uma economia de até 78% por quilômetro rodado, em relação a um veículo movido a diesel. Esse ônibus já foi testado em Campinas, Sorocaba e Salvador.
Em Sorocaba, o ônibus rodou em quatro linhas e conferiu economia de 78% por quilômetro rodado, com um custo de R$ 0,22 por quilômetro contra R$ 1,03 para ônibus convencional a diesel, economia de R$ 0,80 por quilômetro rodado.
Em Campinas, a empresa realizou testes por meio da linha urbana 502, onde também conferiu a mesma economia de 78% e também no Aeroporto Internacional de Viracopos, no sistema de transporte interno de passageiros.
Operação
Nesta operação, os resultados chegaram a uma redução de custo mensal de R$ 19.868,02 com combustível nos cinco ônibus que operam na linha. Por ano, esta economia pode chegar a R$ 238.416,27.
Já em Salvador, o desempenho de 1,07 km/kWh significou economia de 83%, com custo de R$ 0,12 contra R$ 0,70 por quilômetro rodado, na comparação com ônibus a diesel e motor dianteiro.
Segundo dados da empresa, este resultado pode representar economia de combustível estimada em R$ 590 mil para cada veículo por um período de 10 anos.
O modelo K9 da BYD é o primeiro ônibus 100% elétrico à bateria produzido em escala comercial e o mais vendido em todo o mundo.
É também o único movido pelas baterias de fosfato de ferro, a mais limpa e segura tecnologia de baterias existentes no mundo.
Isso se traduz em alta eficiência energética e autonomia de 250 km por carga (o tempo para recarga pode durar de 4 a 5 horas).
Os motores embutidos nas rodas proporcionam alto desempenho, acessibilidade (piso baixo), manutenção simplificada e emissão zero de poluentes.
Grupo investe R$ 250 mi em fábrica
Os primeiros ônibus elétricos da BYD no Brasil começarão a ser produzidos em Campinas a partir do próximo mês, informou o diretor de marketing da empresa, Adalberto Maluf. A fábrica de ônibus está sendo finalizada em área do Terminal Intermodal de Carga, com investimentos de R$ 250 milhões.
A previsão é gerar, a partir de agosto, 450 empregos diretos. A planta industrial terá capacidade de produção de 500 a mil unidades de ônibus e baterias por ano, quando alcançar sua plena operação.
Nessa mesma área, a BYD vai instalar sua unidade de produção de painéis solares fotovoltaicos, um investimento de R$ 150 milhões. A BYD será a terceira fabricante de painéis solares fotovoltaicos a se instalar na região.
Campinas já possui uma fabricante de painéis, a Tecnometal, que está instalada no Polo de Alta Tecnologia de Campinas, o Ciatec 1.
A empresa pertence a um grupo mineiro que, em 2011, investiu US$ 20 milhões na linha de produção, comprada da norte-americana Spire.
Além disso, começou a funcionar, em fevereiro, em Valinhos, a Globo Brasil Indústria de Painéis Solares, com capacidade de produção inicial de 580 mil painéis por ano, e um investimento inicial de R$ 50 milhões.
Antes de Campinas, a BYD havia sondado a possibilidade de instalar a fábrica de painéis no Polo Industrial de Manaus (PIM).
O início da produção, prevista para julho, ocorrerá na mesma área onde está sendo instalada a fábrica de ônibus elétricos, no Terminal Intermodal de Cargas (TIC), para poder atender uma encomenda imediata de 400 megawatts (mW) de sistemas fotovoltaicos — quantidade suficiente para abastecer 80 mil residências.
Saiba Mais
A BYD emprega cerca de 180 mil funcionários na China. BYD Auto é a maior fabricante de baterias recarregáveis e de ônibus 100% elétricos no mundo e a maior fabricante de carros elétricos na China.
Na área de novas energias, a empresa desenvolve painéis fotovoltaicos, sistemas de armazenagem de energia, veículos híbridos e elétricos, lâmpadas e componentes de LED, entre outros produtos associados à economia verde.
Considerada uma das 10 empresas mais inovadoras do mundo, a BYD também tem plantas industriais e escritórios nos Estados Unidos, Europa, Japão, Coreia do Sul, Índia, Taiwan, Hong Kong.
Campinas terá a maior frota de ônibus elétricos no transporte coletivo do País dentro de quinze dias, quando dez ônibus K9, modelo urbano desenhado pela chinesa BYD para atender o mercado local, começarão a circular na cidade, informou a fabricante.
Os veículos serão apresentados na próxima terça-feira, no aniversário da cidade, e entrarão em operação na semana seguinte, disse o diretor de marketing da empresa, Adalberto Maluf. Os veículos, segundo ele, foram trazidos da China e estão sendo montados em garagens terceirizadas — a estrutura veio pronta e a parte interna está sendo finalizada no Brasil.
A circulação desses ônibus em duas semanas, no entanto, ainda depende da finalização de negociações com a Itajaí Transportes Coletivos Ltda, que opera o transporte coletivo na região do Campo Grande e Corredor John Boyd Dunlop.
O empresário da Itajaí, Joubert Beluomini, informou que negocia um contrato de arrendamento dos veículos e que ainda há muitos pontos a serem definidos, como por exemplo, como será a remuneração do serviço e a infraestrutura que precisará ter na garagem em energia elétrica para abastecimento dos veículos.
Segundo ele, a concessionária de energia informou que precisará de 90 dias para montar essa estrutura. A tarifa cobrada do passageiro será a mesma dos ônibus convencionais.
A Itajaí, por contrato de concessão, precisa fazer a renovação da frota na metade do ano e já pediu a anuência da Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) para substituir os ônibus diesel por elétricos. “Por enquanto, estamos em negociação com a BYD”, disse. A opção pelo arrendamento, informou, é pelo alto custo de um ônibus como esse.
“O veículo tem quase o mesmo preço do ônibus convencional, em torno de R$ 400 mil, mas a bateria chega a quase R$ 1 milhão”, informou.
No longo prazo, no entanto, a economia com manutenção e combustível compensa o investimento.
Os ônibus elétrico têm 12 metros de comprimento e piso baixo. Além de não poluir, eles têm autonomia de 250 quilômetros, é mais confortável para o usuário e silencioso, segundo o fabricante.
O veículo, equipado com baterias de fosfato de ferro, leva 80 passageiros, sendo 22 sentados e 58 em pé e, segundo a BYD, gera uma economia de até 78% por quilômetro rodado, em relação a um veículo movido a diesel. Esse ônibus já foi testado em Campinas, Sorocaba e Salvador.
Em Sorocaba, o ônibus rodou em quatro linhas e conferiu economia de 78% por quilômetro rodado, com um custo de R$ 0,22 por quilômetro contra R$ 1,03 para ônibus convencional a diesel, economia de R$ 0,80 por quilômetro rodado.
Em Campinas, a empresa realizou testes por meio da linha urbana 502, onde também conferiu a mesma economia de 78% e também no Aeroporto Internacional de Viracopos, no sistema de transporte interno de passageiros.
Operação
Nesta operação, os resultados chegaram a uma redução de custo mensal de R$ 19.868,02 com combustível nos cinco ônibus que operam na linha. Por ano, esta economia pode chegar a R$ 238.416,27.
Já em Salvador, o desempenho de 1,07 km/kWh significou economia de 83%, com custo de R$ 0,12 contra R$ 0,70 por quilômetro rodado, na comparação com ônibus a diesel e motor dianteiro.
Segundo dados da empresa, este resultado pode representar economia de combustível estimada em R$ 590 mil para cada veículo por um período de 10 anos.
O modelo K9 da BYD é o primeiro ônibus 100% elétrico à bateria produzido em escala comercial e o mais vendido em todo o mundo.
É também o único movido pelas baterias de fosfato de ferro, a mais limpa e segura tecnologia de baterias existentes no mundo.
Isso se traduz em alta eficiência energética e autonomia de 250 km por carga (o tempo para recarga pode durar de 4 a 5 horas).
Os motores embutidos nas rodas proporcionam alto desempenho, acessibilidade (piso baixo), manutenção simplificada e emissão zero de poluentes.
Grupo investe R$ 250 mi em fábrica
Os primeiros ônibus elétricos da BYD no Brasil começarão a ser produzidos em Campinas a partir do próximo mês, informou o diretor de marketing da empresa, Adalberto Maluf. A fábrica de ônibus está sendo finalizada em área do Terminal Intermodal de Carga, com investimentos de R$ 250 milhões.
A previsão é gerar, a partir de agosto, 450 empregos diretos. A planta industrial terá capacidade de produção de 500 a mil unidades de ônibus e baterias por ano, quando alcançar sua plena operação.
Nessa mesma área, a BYD vai instalar sua unidade de produção de painéis solares fotovoltaicos, um investimento de R$ 150 milhões. A BYD será a terceira fabricante de painéis solares fotovoltaicos a se instalar na região.
Campinas já possui uma fabricante de painéis, a Tecnometal, que está instalada no Polo de Alta Tecnologia de Campinas, o Ciatec 1.
A empresa pertence a um grupo mineiro que, em 2011, investiu US$ 20 milhões na linha de produção, comprada da norte-americana Spire.
Além disso, começou a funcionar, em fevereiro, em Valinhos, a Globo Brasil Indústria de Painéis Solares, com capacidade de produção inicial de 580 mil painéis por ano, e um investimento inicial de R$ 50 milhões.
Antes de Campinas, a BYD havia sondado a possibilidade de instalar a fábrica de painéis no Polo Industrial de Manaus (PIM).
O início da produção, prevista para julho, ocorrerá na mesma área onde está sendo instalada a fábrica de ônibus elétricos, no Terminal Intermodal de Cargas (TIC), para poder atender uma encomenda imediata de 400 megawatts (mW) de sistemas fotovoltaicos — quantidade suficiente para abastecer 80 mil residências.
Saiba Mais
A BYD emprega cerca de 180 mil funcionários na China. BYD Auto é a maior fabricante de baterias recarregáveis e de ônibus 100% elétricos no mundo e a maior fabricante de carros elétricos na China.
Na área de novas energias, a empresa desenvolve painéis fotovoltaicos, sistemas de armazenagem de energia, veículos híbridos e elétricos, lâmpadas e componentes de LED, entre outros produtos associados à economia verde.
Considerada uma das 10 empresas mais inovadoras do mundo, a BYD também tem plantas industriais e escritórios nos Estados Unidos, Europa, Japão, Coreia do Sul, Índia, Taiwan, Hong Kong.