Estação Sacomã |
Inaugurada há apenas três anos, a Estação Sacomã, da Linha 2-Verde da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô), tem tantas goteiras que até uma das escadas rolantes teve de ser desligada para não quebrar, por causa da água. Diariamente, as 32 mil pessoas que embarcam no metrô nessa estação precisam desviar de quatro grandes conjuntos de poças, isoladas com fitas.
Os avisos de "chão molhado" se multiplicam pelo caminho de quem entra na estação pela Rua Bom Pastor. Há também baldes d'água - uma ferramenta inútil, dada a quantidade de água que cai pelo teto das estação.
"Não dá para falar muito mal dessa estação. Se você lembrar como era esse pedaço do bairro antes dela e ver agora, vai notar a diferença. O comércio está mais agitado, tem prédios novos, ficou mais bonito. Mas, quando a gente entra aqui e vê esse monte de goteira pingando, dá uma impressão de desleixo", diz o mecânico Samuel Moreira Conde, de 54 anos.
A reportagem contou sete goteiras pingando mesmo em dias sem chuva. As poças d'água (uma com até três metros de largura) fazem praticamente toda a entrada da estação ficar com o piso molhado. Na escada rolante que liga o nível das catracas com o da saída, as placas não informam que uma das três escadas rolantes está desligada por causa da água.
"A presença de goteiras na Estação Sacomã é decorrente de infiltração nas juntas de dilatação da cobertura, agravada pelas fortes chuvas de verão. O problema já está sendo tratado pela equipe de manutenção da companhia. A referida escada rolante está temporariamente inoperante pelo mesmo motivo e a sua normalização está prevista para o mês de abril", diz o Metrô, em nota.
O texto não esclarece exatamente quando os consertos estarão prontos. Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo publicada em março de 2012 já contava o problema na estação - e em mais oito endereços da companhia. "Quando são detectadas goteiras em estações, é aberto um pedido de manutenção que em média é atendido entre 24h e 72h, dependendo do tipo de intervenção requerido. No entanto, goteiras podem exigir mais de uma intervenção da equipe de manutenção para serem solucionadas.
O Metrô está atento a estas condições e atua permanentemente na contenção e na solução destas ocorrências", continua a nota.
A companhia ainda alega que sempre que é detectado que o piso está molhado, "as equipes de limpeza são acionadas de imediato para secá-lo". Entretanto, nos cerca de 30 minutos que a reportagem esteve na estação há oito dias, não viu nenhuma equipe - e qualquer tentativa de secar o chão teria efeito duvidoso, uma vez que os pingos de água continuavam a cair. "Durante o processo de secagem, é colocada uma placa indicativa até a completa solução do problema, para garantir a segurança dos usuários", finaliza a nota da companhia.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.