Os funcionários da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) não aceitaram a proposta de reajuste salarial oferecida pela empresa durante uma nova reunião de conciliação no TRT (Tribunal Regional do Trabalho) nesta segunda-feira (23).
Representantes da CPTM recuaram e fizeram uma nova proposta de reajuste de 7,5% sobre os salários e benefícios, retroativos a março de 2016. A nova proposta é inferior à oferta do encontro anterior, que previa reajuste de 10,44%, em duas parcelas, realizado no dia 23 de maio, e não equipara os benefícios aos valores pagos aos metroviários.
Os quatro sindicatos que representam os trabalhadores da CPTM vão realizar assembleias, em suas respectivas sedes, por volta das 18h desta segunda, para decidir se entram em greve nesta terça. A CPTM tem até o início das assembleias para se posicionar se volta a ofertar o reajuste de 10,44%.
O desembargador Wilson Fernandes, que mediou o encontro no TRT (Tribunal Regional do Trabalho), determinou que, caso haja greve da categoria, 80% do efetivo de maquinistas deverá ser mantido.
O juiz também determinou que 60% dos funcionários trabalhem nos horários de pico (entre 4h e 10h e entre 16h e 21h) e de 50% nos demais horários e proibiu a liberação de catracas. Em caso de descumprimento, haverá pagamento de multa diária no valor de R$100 mil.
Fernandes concedeu prazo de 24 horas para apresentação de defesa e documentos. Na sequência, o processo segue para análise do Ministério Público do Trabalho e, depois, para a relatoria, quando será marcado o julgamento.
Folha