Segundo ONG, entrega da estação Adolfo Pinheiro tem atraso de 992 dias.
Até as 19h30, o Metrô não havia se posicionado sobre o prazo da obra.
Ativistas da organização não-governamental (ONG) Greenpeace instalaram na manhã desta quinta-feira (19) um relógio digital para contabilizar os dias de atraso na inauguração da estação Adolfo Pinheiro, da Linha 5-Lilás do Metrô, na Zona Sul de São Paulo. A licitação da linha 5 é alvo de denúncias por suposta formação de cartel entre empresas.
O relógio marca 992 dias de atraso e cerca de 20 milhões de viagens que não foram feitas por passageiros.
Segundo Barbara Rubim, coordenadora da campanha Clima e Energia do Greenpeace, o cálculo dos dias de atraso foi feito a partir da primeira previsão de entrega da estação, de acordo reportagens da imprensa, que era em 2010. “Então, consideramos o atraso desde 1º de janeiro de 2011”, disse Rubim.
“A intenção do relógio é mostrar o descaso dos governantes com as obras de mobilidade. Eles trabalham com uma jogada eleitoral e a inauguração deve coincidir com as eleições do próximo ano. O relógio mostra à população o tempo que a obra está atrasada. Parece que se cria uma ideia comum de que ela não esta atrasada”, disse Rubim.
O Metrô informou, em nota, que durante o processo de construção da estação, “alguns fatores imprevistos foram responsáveis pelo prolongamento da obra”. Um deles foi a necessidade de preservar peças de interesse histórico encontrados durante a escavação. “Foi necessária a contratação de uma empresa para o resgate arqueológico, em conformidade com a legislação ambiental vigente”, disse o Metrô.
Também houve a necessidade de substituir e fazer o suporte de uma adutora da Sabesp localizada na área de escavação. Isso levou à modificação do projeto executivo da estação, “com a alteração da localização de seus acessos e da passagem de emergência no túnel”, segundo a companhia. O Metrô diz ainda que outras questões influenciaram no cumprimento dos prazos, como, por exemplo, o remanejamento de cabos de telefonia.
Inauguração
Em 1º de julho, o governador de São Paulo , Geraldo Alckmin (PSDB), disse que a estação Adolfo Pinheiro será inaugurada em janeiro de 2014. Com 11,5 km de extensão, a expansão da Linha 5-Lilás contará com 11 estações entre o Largo Treze e a Chácara Klabin. Atualmente, a linha tem seis estações distribuídas entre 8,5 km, do Capão Redondo ao Largo Treze.
A inauguração do relógio, de dois metros e meia de altura e abastecido por energia solar, teve festa, laço de cetim vermelho e fanfarra na intersecção da avenida Adolfo Pinheiro e rua Isabel Schmidt. Ativistas vestidos com as máscaras de Alckmin e do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, inauguraram o relógio.
A ação faz parte da Semana da Mobilidade, do dia 16 a 22, quando é comemorado o Dia Mundial Sem Carro. O Greenpeace diz que realizará novos eventos em parceria com outras organizações.
Fonte: G1
Até as 19h30, o Metrô não havia se posicionado sobre o prazo da obra.
Ativistas da organização não-governamental (ONG) Greenpeace instalaram na manhã desta quinta-feira (19) um relógio digital para contabilizar os dias de atraso na inauguração da estação Adolfo Pinheiro, da Linha 5-Lilás do Metrô, na Zona Sul de São Paulo. A licitação da linha 5 é alvo de denúncias por suposta formação de cartel entre empresas.
O relógio marca 992 dias de atraso e cerca de 20 milhões de viagens que não foram feitas por passageiros.
Segundo Barbara Rubim, coordenadora da campanha Clima e Energia do Greenpeace, o cálculo dos dias de atraso foi feito a partir da primeira previsão de entrega da estação, de acordo reportagens da imprensa, que era em 2010. “Então, consideramos o atraso desde 1º de janeiro de 2011”, disse Rubim.
“A intenção do relógio é mostrar o descaso dos governantes com as obras de mobilidade. Eles trabalham com uma jogada eleitoral e a inauguração deve coincidir com as eleições do próximo ano. O relógio mostra à população o tempo que a obra está atrasada. Parece que se cria uma ideia comum de que ela não esta atrasada”, disse Rubim.
O Metrô informou, em nota, que durante o processo de construção da estação, “alguns fatores imprevistos foram responsáveis pelo prolongamento da obra”. Um deles foi a necessidade de preservar peças de interesse histórico encontrados durante a escavação. “Foi necessária a contratação de uma empresa para o resgate arqueológico, em conformidade com a legislação ambiental vigente”, disse o Metrô.
Também houve a necessidade de substituir e fazer o suporte de uma adutora da Sabesp localizada na área de escavação. Isso levou à modificação do projeto executivo da estação, “com a alteração da localização de seus acessos e da passagem de emergência no túnel”, segundo a companhia. O Metrô diz ainda que outras questões influenciaram no cumprimento dos prazos, como, por exemplo, o remanejamento de cabos de telefonia.
Inauguração
Em 1º de julho, o governador de São Paulo , Geraldo Alckmin (PSDB), disse que a estação Adolfo Pinheiro será inaugurada em janeiro de 2014. Com 11,5 km de extensão, a expansão da Linha 5-Lilás contará com 11 estações entre o Largo Treze e a Chácara Klabin. Atualmente, a linha tem seis estações distribuídas entre 8,5 km, do Capão Redondo ao Largo Treze.
A inauguração do relógio, de dois metros e meia de altura e abastecido por energia solar, teve festa, laço de cetim vermelho e fanfarra na intersecção da avenida Adolfo Pinheiro e rua Isabel Schmidt. Ativistas vestidos com as máscaras de Alckmin e do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, inauguraram o relógio.
A ação faz parte da Semana da Mobilidade, do dia 16 a 22, quando é comemorado o Dia Mundial Sem Carro. O Greenpeace diz que realizará novos eventos em parceria com outras organizações.
Fonte: G1