Considerado um meio de transporte limpo, por exigir menos emissão de gás carbônico em seu consumo energético, o metrô pode tornar-se ainda mais "verde", com a instalação de painéis solares. A Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) vem estudando a adoção dessas placas nas estações e nos pátios de manutenção. Elas captam a radiação do sol e a transformam em eletricidade, reduzindo o consumo de energia convencional.
Um projeto apresentado anteontem na 19.ª Semana Metroferroviária, evento na região central da capital que reuniu empresas públicas e privadas do setor, mostra que o Metrô planeja colocar os painéis fotovoltaicos em ao menos três estações. Uma delas, a Água Rasa, ainda será construída - na extensão da Linha 2-Verde, na zona leste. Não há, porém, estimativa de custos.
O terminal de ônibus anexo a essa parada poderá receber painéis em uma área de 5,8 mil metros quadrados, no teto. Essa central deve gerar, na média anual, 236 megawatts por hora, de acordo com as estimativas preliminares.
Dois futuros pátios de manobra e estacionamento de trens também vêm sendo cogitados para ter as placas. Um deles, o Pátio Oratório, na Vila Prudente, zona leste, já está em construção e passará a abrigar os trens do monotrilho da Linha 15-Prata no fim deste ano. O outro é o Paulo Freire, na região do Parque Novo Mundo, zona norte, da extensão da Linha 2-Verde, que deve começar a ser construída em 2014.
Na mesma região, a Estação Vila Prudente, aberta em 2010, pode ganhar placas fotovoltaicas no telhado. Com um teto bem maior, a Estação Palmeiras-Barra Funda, na Linha 3-Vermelha, na zona oeste, também é pleiteada para ganhar os painéis. Esses equipamentos, no Metrô de São Paulo, não serão usados para a tração dos trens, que precisa de muita eletricidade, mas para a iluminação e para outros sistemas auxiliares das estações e dos pátios de manutenção.
Longo prazo. O estudo, assinado pelos engenheiros Fabio Bernardes e Laércio Monteiro e pelos arquitetos Ivan Piccoli e Massaru Saito, todos do Metrô, indica que, considerando "a comparação direta da tarifa de energia" que a empresa "paga no mercado livre, no momento", parece não ser vantajoso o uso de energia solar - o Metrô desembolsa cerca de 25% a menos por sua energia do que outros consumidores.
Entretanto, o levantamento conclui que "deve ser fortemente considerado o atual cenário dos projetos da expansão da rede para viabilizar um projeto-piloto que auxilie na eficaz definição da aplicabilidade do sistema de aproveitamento de energia solar no Metrô". A ideia de usar energia fotovoltaica em estações de metrô surgiu em Nova York, onde a tecnologia é empregada desde 2005. / C.V.
Estadão
Um projeto apresentado anteontem na 19.ª Semana Metroferroviária, evento na região central da capital que reuniu empresas públicas e privadas do setor, mostra que o Metrô planeja colocar os painéis fotovoltaicos em ao menos três estações. Uma delas, a Água Rasa, ainda será construída - na extensão da Linha 2-Verde, na zona leste. Não há, porém, estimativa de custos.
O terminal de ônibus anexo a essa parada poderá receber painéis em uma área de 5,8 mil metros quadrados, no teto. Essa central deve gerar, na média anual, 236 megawatts por hora, de acordo com as estimativas preliminares.
Dois futuros pátios de manobra e estacionamento de trens também vêm sendo cogitados para ter as placas. Um deles, o Pátio Oratório, na Vila Prudente, zona leste, já está em construção e passará a abrigar os trens do monotrilho da Linha 15-Prata no fim deste ano. O outro é o Paulo Freire, na região do Parque Novo Mundo, zona norte, da extensão da Linha 2-Verde, que deve começar a ser construída em 2014.
Na mesma região, a Estação Vila Prudente, aberta em 2010, pode ganhar placas fotovoltaicas no telhado. Com um teto bem maior, a Estação Palmeiras-Barra Funda, na Linha 3-Vermelha, na zona oeste, também é pleiteada para ganhar os painéis. Esses equipamentos, no Metrô de São Paulo, não serão usados para a tração dos trens, que precisa de muita eletricidade, mas para a iluminação e para outros sistemas auxiliares das estações e dos pátios de manutenção.
Longo prazo. O estudo, assinado pelos engenheiros Fabio Bernardes e Laércio Monteiro e pelos arquitetos Ivan Piccoli e Massaru Saito, todos do Metrô, indica que, considerando "a comparação direta da tarifa de energia" que a empresa "paga no mercado livre, no momento", parece não ser vantajoso o uso de energia solar - o Metrô desembolsa cerca de 25% a menos por sua energia do que outros consumidores.
Entretanto, o levantamento conclui que "deve ser fortemente considerado o atual cenário dos projetos da expansão da rede para viabilizar um projeto-piloto que auxilie na eficaz definição da aplicabilidade do sistema de aproveitamento de energia solar no Metrô". A ideia de usar energia fotovoltaica em estações de metrô surgiu em Nova York, onde a tecnologia é empregada desde 2005. / C.V.
Estadão