Pesquisa divulgada pelo Instituto Locomotiva indica que sete em cada dez usuários avaliam que o Metrô precisa de mais funcionários, e 63% dizem que eles deveriam ser mais valorizados
Enquanto 70% dos usuários da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) avaliam que é necessário o aumento do número de trabalhadores no sistema, dados do Programa de Demissão Voluntária (PDV), aberto este ano pela empresa, indicam um desfalque maior de funcionários para o próximo ano. Hoje, para os 9.914 cargos ativos, a companhia tem 9.282 empregados contratados. Além disso, 632 profissionais aderiram ao PDV. “É um processo de desmonte que piora o atendimento à população e vai ser usado para justificar a privatização”, afirma o diretor do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, Alex Santana.
Pesquisa divulgada na última quarta-feira (23), encomendada pelo sindicato ao Instituto Locomotiva, indica que sete em cada dez usuários avaliam que o Metrô precisa de mais funcionários, e 63% dizem que eles deveriam ser mais valorizados. O trabalho também indica a rejeição à privatização: 98% dos usuários defendem que é dever dos governos oferecer transporte público adequado para a população e 92% acreditam que o Metrô deveria receber mais investimento público.
Com a adesão dos trabalhadores ao PDV, o Metrô deve passar a atuar com 8.650 funcionários no próximo ano. Um déficit de 12,5% no número de trabalhadores que a empresa deveria ter, considerando os cargos em aberto. Para Santana, porém, o déficit é ainda maior, se ponderado que o Metrô abriu novas estações, no caso da Linha 5-Lilás (Capão Redondo-Largo Treze) e iniciou a operação de novas linhas, como a 15-Prata (Vila Prudente-Oratório).
“Também aumentou muito a quantidade de terceirizados. E na década de 1990 já havia cerca de dez mil metroviários. É impossível manter o mesmo número de funcionários quase 30 anos depois”, afirmou o dirigente.
As áreas que apresentam maior déficit são justamente as operacionais, em que 617 cargos estão vagos, segundo dados do Portal da Transparência do governo de São Paulo. Dentre as funções, há déficit de 129 trabalhadores na operação de trens e de 62 na engenharia. Faltam 106 servidores nas áreas administrativas. E outros 127 analistas de desenvolvimento. “Isso resulta em muitas horas extras e péssimas condições de trabalho. Mas mesmo assim não se consegue suprir a necessidade da demanda de passageiros”, destacou Santana.
Quando lançou o Programa de Demissão Voluntária, o Metrô informou que as vagas seriam preenchidas por novos servidores contratados. No entanto, a companhia tem apenas dois concursos ativos. Um para agentes de segurança, aguardando chamamento, e outro cujas provas ainda serão realizadas, para preenchimento total de 40 vagas, sendo 20 para a operação de trens.
Neste ano, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), iniciou o processo de concessão das linhas 5-Lilás e 17-Ouro (Aeroporto de Congonhas-Morumbi), do Metrô, e das linha 9-Esmeralda (Osasco-Grajaú) e 8-Diamante (Júlio Prestes-Itapevi), da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Os editais devem ser publicados ainda este ano.
Enquanto 70% dos usuários da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) avaliam que é necessário o aumento do número de trabalhadores no sistema, dados do Programa de Demissão Voluntária (PDV), aberto este ano pela empresa, indicam um desfalque maior de funcionários para o próximo ano. Hoje, para os 9.914 cargos ativos, a companhia tem 9.282 empregados contratados. Além disso, 632 profissionais aderiram ao PDV. “É um processo de desmonte que piora o atendimento à população e vai ser usado para justificar a privatização”, afirma o diretor do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, Alex Santana.
Pesquisa divulgada na última quarta-feira (23), encomendada pelo sindicato ao Instituto Locomotiva, indica que sete em cada dez usuários avaliam que o Metrô precisa de mais funcionários, e 63% dizem que eles deveriam ser mais valorizados. O trabalho também indica a rejeição à privatização: 98% dos usuários defendem que é dever dos governos oferecer transporte público adequado para a população e 92% acreditam que o Metrô deveria receber mais investimento público.
Com a adesão dos trabalhadores ao PDV, o Metrô deve passar a atuar com 8.650 funcionários no próximo ano. Um déficit de 12,5% no número de trabalhadores que a empresa deveria ter, considerando os cargos em aberto. Para Santana, porém, o déficit é ainda maior, se ponderado que o Metrô abriu novas estações, no caso da Linha 5-Lilás (Capão Redondo-Largo Treze) e iniciou a operação de novas linhas, como a 15-Prata (Vila Prudente-Oratório).
“Também aumentou muito a quantidade de terceirizados. E na década de 1990 já havia cerca de dez mil metroviários. É impossível manter o mesmo número de funcionários quase 30 anos depois”, afirmou o dirigente.
As áreas que apresentam maior déficit são justamente as operacionais, em que 617 cargos estão vagos, segundo dados do Portal da Transparência do governo de São Paulo. Dentre as funções, há déficit de 129 trabalhadores na operação de trens e de 62 na engenharia. Faltam 106 servidores nas áreas administrativas. E outros 127 analistas de desenvolvimento. “Isso resulta em muitas horas extras e péssimas condições de trabalho. Mas mesmo assim não se consegue suprir a necessidade da demanda de passageiros”, destacou Santana.
Quando lançou o Programa de Demissão Voluntária, o Metrô informou que as vagas seriam preenchidas por novos servidores contratados. No entanto, a companhia tem apenas dois concursos ativos. Um para agentes de segurança, aguardando chamamento, e outro cujas provas ainda serão realizadas, para preenchimento total de 40 vagas, sendo 20 para a operação de trens.
Neste ano, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), iniciou o processo de concessão das linhas 5-Lilás e 17-Ouro (Aeroporto de Congonhas-Morumbi), do Metrô, e das linha 9-Esmeralda (Osasco-Grajaú) e 8-Diamante (Júlio Prestes-Itapevi), da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Os editais devem ser publicados ainda este ano.