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14 de novembro de 2016

Linha 3-Vermelha do Metrô de São Paulo é a campeã de problemas

Na semana passada, os passageiros da linha 3-Vermelha se depararam com problemas na operação que duraram 26 horas.

A falha se somou a outras que tornaram a linha que liga as regiões leste e oeste da cidade a campeã de falhas neste ano, com 26 problemas notáveis entre janeiro e agosto, uma a cada nove dias em média – e um aumento de 85% sobre o ano passado.

Os dados, obtidos pelo Metro Jornal via Lei de Acesso à Informação, mostram que neste ano, o total de falhas notáveis das quatro linhas em operação sob administração da estatal cresceu 22,6%. Foram 65 ocorrências entre janeiro e agosto deste ano, ante 53 nos oito primeiros meses de 2015.

Segundo o próprio Metrô, ocorrência notável é aquela que afeta a circulação dos trens em algum trecho ou linha por mais de cinco minutos além do intervalo programado.

Os passageiros também sentem a alta de falhas e até se programam para isso. “Tem muita parada, demora para chegar [ao destino]. Eu saio de casa meia hora antes do que deveria para garantir que não vou atrasar”, disse a auxiliar de farmácia Camile Costa, 24 anos.

A comerciante Vera Oliveira, 52 anos, é outra que se programa para sair mais cedo do que precisaria devido aos problemas. Mas ela guarda elogios ao sistema: Mesmo assim, eu ainda acho que o metrô é o meio de transporte mais rápido.”

Para o mestre em transportes Creso de Franco Peixoto, os problemas tendem a acontecer em razão da probabilidade de falha de qualquer componente eletrônico. Ele avalia que elas tendem a estar aliadas a segurança operacional, para evitar riscos maiores, de  colisões ou acidentes.

O Metrô atribui a alta nas linhas Vermelha e Verde a falhas em trens  porque as composições são novas ou modernizadas.

Trem novo falha mais, diz companhia
O Metrô atribuiu a alta nas linhas Vermelha e Verde, que puxou as falhas para cima, a problemas em trens e que “todo trem novo ou modernizado requer acompanhamento técnico em seu período inicial de operação. Quanto mais novo for um trem, maior será o número de ocorrências apresentadas justamente porque equipamentos novos passam por uma fase controlada de estabilização de desempenho”.


Por Fabíola Salani - Metro Jornal SP

Página: Oficial Diário da CPTM

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