Manifestantes se reuniram na noite do último dia (7/05) em frente à estação ferroviária do Centro de Santo André para protestar contra as agressões cometidas por seguranças da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) contra passageiros que teriam pulado as catracas para não pagar a tarifa, de R$ 3. O episódio ocorreu no dia 27 de abril e as imagens da violência tiveram grande repercussão na internet, por meio de redes sociais.
O protesto teve início por volta das 17h30 na Rua Itambé e atraiu cerca de 100 pessoas, entre manifestantes e curiosos. Com instrumentos musicais, o grupo gritava palavras de ordem contra a cobrança de tarifas no transporte público e o uso de violência policial. Com um projetor, os vídeos eram exibidos em uma parede da estação. O ato foi organizado por pessoas ligadas a movimentos populares, como o MPL (Movimento Passe Livre) e o MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra).
Forte aparato policial foi montado para evitar invasões à estação. Cinco viaturas da PM (Polícia Militar) ficaram estacionadas em frente à entrada, no lado oposto da rua. Cordão de policiais ferroviários federais foi posicionado junto à vidraça. A farda dos agentes tinha estampado o logotipo da CPTM, mas a identificação dos profissionais havia sido retirada. Depois que o Diário entrou em contato com a assessoria de imprensa da companhia, os nomes foram colocados no uniforme. Apesar do policiamento ostensivo, não houve conflito.
A CPTM informa que ainda não foi concluído o procedimento interno para apuração da conduta dos agentes envolvidos no tumulto. Na semana da confusão, a PM prometeu que também iria analisar a atuação dos policiais. A corporação admitiu que houve ‘conduta indesejada’, mas que o fato não representava ‘transgressão grave’ aos padrões adotados.
Fábio Munhoz
Do Diário do Grande ABC