CATIA SEABRA
DE BRASÍLIA
Em reunião com promotores de Justiça na semana passada, a multinacional Siemens admitiu devolver aos cofres públicos parte do valor que teria sido superfaturado no fornecimento de equipamentos de trens e metrô ao governo de São Paulo.
Há duas semanas a Folha revelou que a Siemens delatara às autoridades antitruste a existência de um cartel -do qual fazia parte- em licitações para compra de equipamento ferroviário, construção e manutenção de linhas de trens e metrô em São Paulo e no Distrito Federal.
O esquema envolve subsidiárias das empresas Alstom, Bombardier, CAF e Mitsui, e as empresas TTrans, Tejofran, MGE, TCBR, Temoinsa, Iesa e Serveng-Civilsan.
As combinações podem ter aumentado em 20% os preços. Mas o cálculo dependerá ainda de um levantamento de contratos assinados pela CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e pelo Metrô de São Paulo.
Na semana passada, a Promotoria pediu à CPTM e ao Metrô a lista de contratos com as empresas apontadas como integrantes do cartel.
A Siemens fez um acordo que pode garantir à empresa e a seus executivos imunidade administrativa e criminal e diz que "coopera integralmente com as autoridades". A empresa afirma que enfatiza a importância de uma concorrência leal e "obriga todos os funcionários a cumprir regulamentos antitruste".
As demais empresas também dizem estar colaborando com as investigações.
Se for confirmado e condenado o cartel, as empresas ficam sujeitas à multa que pode chegar a 20% do faturamento bruto no ano anterior à abertura de processo -o que poderia chegar a R$ 1 bilhão no caso da Siemens, segundo cálculos oficiais.
Estadão
DE BRASÍLIA
Em reunião com promotores de Justiça na semana passada, a multinacional Siemens admitiu devolver aos cofres públicos parte do valor que teria sido superfaturado no fornecimento de equipamentos de trens e metrô ao governo de São Paulo.
Há duas semanas a Folha revelou que a Siemens delatara às autoridades antitruste a existência de um cartel -do qual fazia parte- em licitações para compra de equipamento ferroviário, construção e manutenção de linhas de trens e metrô em São Paulo e no Distrito Federal.
O esquema envolve subsidiárias das empresas Alstom, Bombardier, CAF e Mitsui, e as empresas TTrans, Tejofran, MGE, TCBR, Temoinsa, Iesa e Serveng-Civilsan.
As combinações podem ter aumentado em 20% os preços. Mas o cálculo dependerá ainda de um levantamento de contratos assinados pela CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e pelo Metrô de São Paulo.
Na semana passada, a Promotoria pediu à CPTM e ao Metrô a lista de contratos com as empresas apontadas como integrantes do cartel.
A Siemens fez um acordo que pode garantir à empresa e a seus executivos imunidade administrativa e criminal e diz que "coopera integralmente com as autoridades". A empresa afirma que enfatiza a importância de uma concorrência leal e "obriga todos os funcionários a cumprir regulamentos antitruste".
As demais empresas também dizem estar colaborando com as investigações.
Se for confirmado e condenado o cartel, as empresas ficam sujeitas à multa que pode chegar a 20% do faturamento bruto no ano anterior à abertura de processo -o que poderia chegar a R$ 1 bilhão no caso da Siemens, segundo cálculos oficiais.
Estadão