A concorrência internacional para a implantação das obras civis e sistemas, fornecimento do material rodante, operação, conservação manutenção e expansão da Linha 6-Laranja do Metrô de São Paulo não teve interessados. A sessão pública para recebimentos das propostas começou pontualmente às 14h desta terça-feira (30/07) e, apesar da sala cheia, foi encerrada trinta minutos depois sem a apresentação de nenhuma proposta.
Boa parte das pessoas que estava na sala de licitações eram funcionários do metrô e dos órgãos do governo ligados à licitação. Também comparecerem representantes da CAF, Alstom, Tejofran, Queiroz Galvão, OAS, Odebrecht, Elevadores Atlas, Banco Mundial, entre outros, mas somente como ouvintes da sessão.
Ao término da sessão, o secretário executivo do Conselho de PPPs, Pedro Benvenuto, declarou que iria se reunir com a comissão de licitações para definir as medidas que serão adotadas.
O edital da PPP da Linha 6 paulistana foi relançado em maio desse ano. O edital já tinha sido adiado depois de pedidos das empresas interessadas. Para ser tornar o projeto mais atrativo o edital foi alterado e entre as novidades estavam a garantia por desastres naturais, como terremoto e queda de meteoros, e a participação do governo nos custos de desapropriações mais caras do que o estimado. As empresas interessadas no projeto estavam preocupadas com a questão das desapropriações, que são consideradas um grande risco financeiro, pois moradores atingidos podem contestar valores na Justiça.
O orçamento da nova linha é de cerca de R$ 8 bilhões. O projeto é o primeiro do governo paulista feito integralmente por Parceria Público-Privada (PPP). A Linha 6-Laranja terá um total de 15 estações distribuídas por 15,3 quilômetros, ligando a Vila Brasilândia a São Joaquim.
Revista Ferroviária