O ferroviário contribui para o funcionamento do complexo sistema de transportes que é a rede de trens. O mais famoso cargo, e o que mais rapidamente nos vem à cabeça, é o de maquinista - o "motorista", que comanda o trem. Mas ainda há muitas pessoas importantes envolvidas, e todas elas merecem nossa comemoração no dia de hoje.
Para começar, é preciso lembrar que o ferroviário pode atuar em vários tipos de trens: urbanos, turísticos, de carga. Como sistema de transporte de pessoas ou carga, os trens representam uma opção mais barata, porém insuficientemente explorada no nosso país.
Seu custo é bem menor do que o rodoviário, pois os trens são movidos a diesel ou a eletricidade. Segundo a Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF), em apenas cinco anos houve um investimento de mais de 1 bilhão de reais no aumento da produção.
Além disto, foi reduzido em 50% o índice de acidentes e foram gerados 15 mil novos empregos na indústria ferroviária.
Histórias do trem no Brasil
A primeira estrada de ferro do Brasil foi a Estrada de Ferro Petrópolis, inaugurada em 30 de abril de 1854.
Era conhecida também como Estrada de Ferro Mauá, já que foi construída graças ao patrocínio do Barão de Mauá na empreitada: ligar a Praia da Estrela, na Baía da Guanabara, à raiz da Serra de Petrópolis. Já a locomotiva, trazida da Inglaterra, era homenagem à esposa do Barão de Mauá. Chamava-se "Baroneza" (com 'z' mesmo, por causa da grafia antiga).
Foi criada ainda no mesmo século outra estrada de ferro, no Rio de Janeiro, tendo em vista o desenvolvimento da região. Chamava-se Estrada de Ferro D. Pedro II, mas mudou o nome para Estrada de Ferro Central do Brasil após a Proclamação da República, em 1889.
Sua principal função era integrar as áreas urbanas que não paravam de crescer, devido à chegada de imigrantes, libertação dos escravos e crise da lavoura canavieira.
Sua principal função era integrar as áreas urbanas que não paravam de crescer, devido à chegada de imigrantes, libertação dos escravos e crise da lavoura canavieira.
A Central do Brasil foi se estendendo e, com o tempo, serviu também para ligar o subúrbio ao centro da cidade do Rio de Janeiro.
A Estrada de Ferro do Corcovado, inaugurada em 1884, é mais um exemplo de investimento no transporte da moda do século XIX. Esta via tão antiga tem história: durante quatro anos consecutivos, transportou as peças do Cristo Redentor; recebeu passageiros ilustres como Dom Pedro II (que inaugurou a Estrada de Ferro), o secretário de Estado do Vaticano, Eugênio Pacelli (que veio a ser o Papa Pio XVII), os ex-presidentes Getúlio Vargas e Epitácio Pessoa, o Papa João Paulo II, o cientista Albert Einstein e a princesa Diana.
Foi conduzido até por Santos Dumont, freqüentador assíduo que sempre dava generosas gorjetas. TURISMOS SOBRE TRILHOS Além de um meio de transporte que facilita muito a vida de quem precisa ir para o trabalho ou viajar, os trens também servem para algo muito divertido: passeios turísticos! As opções geralmente estão associadas a lugares históricos, já que os trens têm um quê de nostalgia que dão ao passeio um gostinho de saudade.
É dentro desta visão que existem os passeios que transpõem antigas rotas de mineração, ou os trilhos que atravessam antigas fazendas de café ou engenhos já extintos. O turismo ferroviário também inclui passeios ecológicos - as pessoas contemplam a natureza de dentro do vagão, e o ponto de chegada pode ser, por exemplo, um mirante com uma vista espetacular. Se você é preguiçoso, ou tem algum outro motivo para evitar uma caminhada, os trenzinhos podem ajudar.
Alguns exemplos de onde você encontra estes passeios são: Tiradentes ou São João del Rei (existe um circuito que interliga estas cidades), em Minas Gerais; Serra da Graciosa, no Paraná; São João da Barra, no norte do estado do Rio de Janeiro; e o trem do Corcovado, imperdível para quem quer conhecer a Cidade Maravilhosa.
CURIOSIDADES
A primeira locomotiva foi apresentada em público em 1814, graças a George Stephenson (1781-1848) As tentativas anteriores foram algo parecido, mas nada práticas. Richard Trevithick, por exemplo, construiu um veículo em 1803, pesando 5 toneladas e que podia desenvolver a velocidade de... 5 quilômetros por hora!
Um pouco mais de velocidade foi alcançado por Stephenson, com a locomotiva "Rocket": 47 quilômetros por hora! Ganhou até prêmio. Mas a novidade da "Rocket" foi mesmo a utilização, pela primeira vez, da caldeira tubular e do escapamento do vapor pela chaminé. Bom, o que importa entender disto tudo é que o resultado foi o equilíbrio entre o consumo e a produção de vapor. Muito melhor!
Nos Estados Unidos, o primeiro trem para passageiros circulou no dia 25 de dezembro de 1839, na Carolina do Sul.
A primeira vez que uma locomotiva elétrica circulou foi na Exposição Industrial de Berlim, em 1879.
A primeira ferrovia da América do Sul foi construída no Peru, em 1849. É também no Peru que fica a linha Lima-Oroya, a mais alta do mundo: está a 4.816 metros de altitude!
E uma ferrovia transcontinental? Nos Estados Unidos, em 1869, a cidade de Nova York, no Atlântico, foi conectada a São Francisco, no Pacífico. O percurso totalizava 5.300 km.
No Brasil, a primeira ponte ferroviária foi construída em 1858, na região de Afogados, cidade do Recife.
A combustão interna conhecida como diesel foi patenteada pelo engenheiro Rudolf Diesel. A invenção contribuiu em grande parte para a evolução das estradas de ferro, que passaram a utilizar a tração diesel. O motor diesel também foi aproveitado nas indústrias nascentes como gerador de energia e, mais tarde, nos barcos, navios, locomotivas e caminhões.
A ligação por trem das cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo foi um grande acontecimento. As duas mais importantes cidades do País foram unidas no dia 8 de julho de 1877. Fonte: Portal São Francisco
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