Exposição reúne 25 maquetes de ferromodelistas de cinco cidades da região (Foto: Fabio Rodrigues/G1) |
Veja fotos de modelos de locomotivas
Entre as diversas atrações, a exposição de aproximadamente 25 maquetes ferroviárias é o que atrai a admiração dos visitantes. “A gente fica encantada porque mimetiza muito do que gostaríamos de ver de novo na ferrovia”, diz a enfermeira Daniela Sanches Alcade dos Santos. Ela que mora em Araraquara há quatro meses, conta que o filho caçula é apaixonado por trens. “Quem sabe ele começa a gostar e faz disso um hobby, a gente incentiva. O meu marido, por exemplo, é aeromodelista”, conta.
O araraquarense Everton Luis exibe uma das locomotivas da coleção (Foto: Fabio Rodrigues/G1) |
Morador em Bauru, o técnico em segurança do trabalho Jorge Luis da Costa, de 47 anos, também carrega a paixão pelos trilhos. “Eu cresci dentro da ferrovia, visitava com o meu pai, acabei tomando gosto. Meu sonho era ser maquinista, mas infelizmente não consegui”, relata Costa.
Filho de ferroviário, Costa tornou-se ferromodelista há cerca de 20 anos e sempre que pode acompanha as exposições no estado. “O evento aqui está bem interessante, principalmente por ser livre. As associações estão demonstrando bem o seu trabalho com qualidade excelente no nível das maquetes”, avalia.
Paixão e investimento
O encontro reúne ferromodelistas de cinco cidades da região. O operador de prensa Everton Luis, de 29 anos, é um deles. Araraquarense, ele conta que desde pequeno o pai o levava à estação para ver os trens passar. Isto fez com ele despertasse a admiração pela ferrovia. Tornou-se sócio do museu e há um ano e meio montou sua primeira maquete. A intenção agora é ampliá-la, aos poucos, porque o culto é elevado.
Luis já investiu cerca de R$ 3 mil no seu ‘brinquedinho’, sem contar as locomotivas. Segundo ele, cada uma chega a custar até R$ 500, enquanto o valor dos vagões varia entre R$ 50 e R$ 60. Alguns modelos de máquinas são importados dos Estados Unidos e as cores são diversificadas. Para deixá-las iguais às do Brasil, é necessária uma nova pintura, que pode chegar a R$ 250.
“A minha mãe fala brincando ‘você está gastando muito dinheiro com essas coisas’. Mas a gente vai fazer o que, é gosto. Melhor do que gastar com bebida e cigarro. Mil vezes melhor. A gente monta, brinca, isso mexe com a nossa criatividade”, diz. De acordo com ele, é preciso balancear o orçamento e saber dividir os gastos. “Às vezes, arrumo algo no carro e deixo de comprar um vagão. No mês seguinte faço o contrário”, revela.
O estudante Pedro Henrique Petavieiro, de 16 anos, também economiza o que pode para investir no gosto. Morador em São Carlos (SP), ele é ferromodelista desde os dez anos. Diz que começou a se interessar porque o pai dele também aprecia a ferrovia. Tirando as locomotivas, Petavieiro já investiu algo em torno de R$ 5,5 mil em duas maquetes.
“Eu ainda não terminei, pretendo comprar mais peças e modificá-las porque senão fica muito ultrapassado”, conta. O estudante revela que mantém contato com ferromodelistas de outras cidades e estados para se manter interado sobre o assunto e assim poder participar de eventos como o que ocorre em Araraquara.
Evento é realizado em museu e atrai público de várias idades (Foto: Fabio Rodrigues/G1) |
Atrações
Com o apoio da AFA (Associação de Ferreomodelismo de Araraquara) e da ABPF (Associação Brasileira de Preservação Ferroviária), a programação do evento conta ainda com brinquedos, plastimodelismo, e carros antigos. Duas lojas especializadas no hobby e o artista plástico Antonio Lima (Anjoli) - com suas peças exclusivas e artesanais para maquetes – complementam as exposições.
No encontro é possível conferir a exibição de alguns documentários, que destacam a história dos trens elétricos e casos do universo da ferrovia.
O museu está localizado na Estação Ferroviária, na Rua Antônio Prado, s/nº, no Centro. A entrada é gratuita e a exposição está aberta das 9h às 17h.
Fonte: EPTV
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