Após 'Estado' revelar que José Kalil Neto já foi condenado em 1ª instância por improbidade, governador diz que ele será substituído
Depois de anunciar oficialmente José Kalil Neto como novo presidente do Metrô de São Paulo anteontem, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse ontem que a nomeação do economista não é definitiva. "Ele vai responder pelo Metrô até a nomeação do novo presidente. Anunciaremos um novo nome depois da Páscoa", disse. "Mas nós vamos verificar com muito cuidado antes de qualquer nomeação."
A mudança de posição do governo ocorreu depois de o Estado revelar na edição de ontem que Kalil Neto tem problemas com a Justiça: ele foi condenado em primeira instância por improbidade administrativa quando era diretor da estatal Desenvolvimento Rodoviário S.A. (Dersa), em 2007.
O documento apresentado pelo Ministério Público Estadual (MPE) contra Kalil e outros quatro diretores da companhia denunciava a contratação sem licitação de um escritório de advocacia que daria suporte jurídico à Dersa durante a execução das obras do Rodoanel Mário Covas.
O processo, da 9.ª Vara da Fazenda Pública, começou em 1993 e a condenação não foi cumprida por causa de um recurso apresentado pelos condenados. O recurso ainda não foi julgado.
Além da Dersa e do Metrô, Kalil Neto trabalhou na Secretaria de Estado dos Transportes e no Departamento de Estradas de Rodagem (DER). É funcionário do Estado desde 1977.
Sobre a condenação por improbidade de um funcionário do governo, Alckmin disse que vai "verificar com cuidado".
"As jurisprudências vão mudando. Naquela época você podia contratar escritório de advocacia por notória especialidade, com dispensa de licitação. A jurisprudência mudou, agora tudo tem de ser licitado. Por isso, nós temos sempre colocado reiteradamente: 'olha, contratação por dispensa de licitação só muito bem justificada e com parecer da Procuradoria-Geral do Estado, para não ter nenhuma dúvida", afirmou ontem governador, durante um evento.
Fraude. Sérgio Avelleda, ex-presidente do Metrô, deixou o cargo anteontem em um ambiente de tensão - e também envolvido em questões judiciais. Em novembro, ele chegou a ser afastado por dez dias da presidência por suspeita de fraude na licitação da Linha 5-Lilás.
Avelleda vai para a Estação da Luz Participações (EDLP), empresa do setor de logística e transporte de cargas sobre trilhos, que tem dois projetos que dependem de parcerias e autorizações do poder público.
Folha.com
Depois de anunciar oficialmente José Kalil Neto como novo presidente do Metrô de São Paulo anteontem, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse ontem que a nomeação do economista não é definitiva. "Ele vai responder pelo Metrô até a nomeação do novo presidente. Anunciaremos um novo nome depois da Páscoa", disse. "Mas nós vamos verificar com muito cuidado antes de qualquer nomeação."
A mudança de posição do governo ocorreu depois de o Estado revelar na edição de ontem que Kalil Neto tem problemas com a Justiça: ele foi condenado em primeira instância por improbidade administrativa quando era diretor da estatal Desenvolvimento Rodoviário S.A. (Dersa), em 2007.
O documento apresentado pelo Ministério Público Estadual (MPE) contra Kalil e outros quatro diretores da companhia denunciava a contratação sem licitação de um escritório de advocacia que daria suporte jurídico à Dersa durante a execução das obras do Rodoanel Mário Covas.
O processo, da 9.ª Vara da Fazenda Pública, começou em 1993 e a condenação não foi cumprida por causa de um recurso apresentado pelos condenados. O recurso ainda não foi julgado.
Além da Dersa e do Metrô, Kalil Neto trabalhou na Secretaria de Estado dos Transportes e no Departamento de Estradas de Rodagem (DER). É funcionário do Estado desde 1977.
Sobre a condenação por improbidade de um funcionário do governo, Alckmin disse que vai "verificar com cuidado".
"As jurisprudências vão mudando. Naquela época você podia contratar escritório de advocacia por notória especialidade, com dispensa de licitação. A jurisprudência mudou, agora tudo tem de ser licitado. Por isso, nós temos sempre colocado reiteradamente: 'olha, contratação por dispensa de licitação só muito bem justificada e com parecer da Procuradoria-Geral do Estado, para não ter nenhuma dúvida", afirmou ontem governador, durante um evento.
Fraude. Sérgio Avelleda, ex-presidente do Metrô, deixou o cargo anteontem em um ambiente de tensão - e também envolvido em questões judiciais. Em novembro, ele chegou a ser afastado por dez dias da presidência por suspeita de fraude na licitação da Linha 5-Lilás.
Avelleda vai para a Estação da Luz Participações (EDLP), empresa do setor de logística e transporte de cargas sobre trilhos, que tem dois projetos que dependem de parcerias e autorizações do poder público.
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