Após assembleia sindical realizada nesta segunda (10), funcionários das linhas 7-Rubi e 10-Turquesa da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) decidiram entrar em greve a partir da 0h desta terça-feira (11). A mobilização se deve ao parcelamento do pagamento do PPR (Programa de Participação nos Resultados) de 2016.
A decisão foi anunciada por volta das 19h30 pela assessoria de imprensa do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias de São Paulo, que representa os funcionários das duas linhas citadas. A entidade vai fazer nova assembleia às 15h desta terça (11) para avaliar a continuidade da mobilização.
A linha 7-Rubi faz o trajeto Luz-Jundiaí, enquanto a 10-Turquesa percorre o trecho Brás-Rio Grande da Serra.
Por outro lado, os ferroviários do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona Central do Brasil (linhas 11-Coral e 12-Safira) e do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona Sorocabana (linha 8-Diamante e 9-Esmeralda) decidiram aceitar a proposta da CPTM após assembleias realizadas também esta noite.
Os engenheiros da CPTM, por sua vez, são representados pelo Seesp (Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo), que não aderiu ao movimento grevista.
Divulgação/Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias de São Paulo
Trabalhadores das linhas 7-Rubi e 10-Turquesa da CPTM votam pela greve
CPTM cita crise para defender parcelamento
A CPTM ainda não se pronunciou sobre a greve dos ferroviários das linhas 7-Rubi e 10-Turquesa. Em nota enviada ao UOL antes do início das assembleias, a companhia reconheceu que se comprometeu, por meio de acordo coletivo com os três sindicatos que representam os ferroviários, a pagar o PPR em parcela única no dia 31 de março.
"No entanto, diante da crise econômica pela qual passa o país, e não é diferente na CPTM, a Companhia buscou a melhor solução para honrar com o compromisso. Assim, como não havia condições financeiras suficientes para efetuar o pagamento em uma única parcela, a Companhia depositou 50% do valor apurado no dia 31 de março e o restante será depositado em junho, corrigido pelo índice IPC Fipe do período, sem prejuízo aos empregados", disse a companhia no comunicado.
Os ferroviários já haviam anunciado a paralisação na terça (4), e esperavam uma nova proposta da CPTM durante as assembleias desta segunda.