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22 de março de 2012

CPTM admite "exagero" em falhas na linha 9 e diz que intervenções aos domingos não agilizarão viagem


As intervenções que fecharão a linha 9-esmeralda da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) aos domingos, a partir do próximo dia 25, foram aceleradas em 40 dias graças à falha que afetou cerca de 30 mil usuários no último dia 14. O próprio presidente da companhia, Mario Bandeira, admitiu nesta quinta-feira (22) que “é um exagero” o total de cinco falhas relevantes constatadas na linha 9 apenas este ano, em um total de 13 no sistema –mais que as três registradas em todo o ano de 2011, quando a CPTM teve 42 falhas.
As interrupções não servirão, no entanto, para reduzir de imediato os intervalos entre uma composição e outra --hoje, de 3 a 4 minutos--, nem para diminuir o intervalo entre uma ponta e outra da via, ou seja, a viagem de 45 minutos entre Osasco (Grande SP) e Grajaú (zona sul).
As informações foram divulgadas em entrevista coletiva hoje à tarde no Centro de Controle Operacional da companhia, no Brás, com Bandeira e a diretoria da CPTM. Segundo ele, a linha 9 --a mais nova e moderna da CPTM, e também a única do sistema onde não é feito transporte de cargas– servirá de modelo às demais que também terão intervenções. Não foram definidas datas, porém, tampouco se elas terão interrupções.
Conforme o presidente da companhia, há um contrato em vigência para instalação de 1.000 postes que permitem a operação da linha, dos quais um terço ainda não foi instalado. Até então, nas cerca de duas horas e meia que vinham sendo destinadas à manutenção, apenas quatro postes eram instalados por vez. Para os quatro domingos, com interrupção maior da circulação, a previsão é que todos os 300 restantes sejam instalados.
“Não temos problemas de investimento, o problema é a execução disso e [manutenção de] energia demora”, disse. “E hoje no mundo não existe um sistema de trens metropolitanos com intervalos com que trabalhamos –nem em Nova York, Paris ou Londres. Mas há uma utopia em dizer que não tem falhas, não podemos prometer isso. Só que estamos muito bem."

Interrupções na linha 9 e na ciclofaixa

As interrupções no funcionamento da linha 9 serão feitas nos quatro primeiros domingos, já a partir do próximo, da 0h às 4h de segunda-feira. Para os cinco domingos subsequentes ainda não foi definida a programação da intervenção.  Por lá, só aos domingos, passam cerca de 100 mil passageiros/dia, um quinto da demanda em dias úteis.
Além da linha 9, afirmou Bandeira, a ciclofaixa que passa pela marginal Pinheiros também terá de ser suspensa no mínimo nos quatro primeiros domingos, integralmente, e parcialmente nos demais. Passam por ela nos fins de semana cerca de 6.000 ciclistas/dia. “Sabemos que os cicloativistas ficarão chateados, mas isso é necessário”, resumiu, referindo-se à via como apoio à logística das obras de modernização.
Usuários da linha aos domingos terão implementado pela SPTrans o Paese (Plano de Atendimento entre Empresas em Situação de Emergência) de Grajaú a Osasco, com 15 ônibus biarticulados; de Santo Amaro à linha 4 do metrô, em Pinheiros (zona oeste), com 17 biarticulados; e da estação Pinheiros à estação Leopoldina da CPTM, com sete a oito ônibus.

Linha "mais confiável"

De acordo com a CPTM, atualmente o plano de investimentos da companhia é de R$ 5 bilhões em contratos vigentes –parte, já executada– desde 2008. Para este ano, estão previstos cerca de R$ 1,2 bilhão. Além disso, mais R$ 1 bilhão deve ser investido em três novas estações e R$ 670 milhões em subestações e cabines seccionadoras (nas estações Socorro e Cidade Jardim).
Indagado sobre quando o usuário vai sentir, na prática, o efeito dos investimentos, o presidente da CPTM resumiu: “Ele vai sentir um sistema mais confiável, com mais regularidade, sem sentir tanto, por exemplo, quando houver reduções de velocidade”, finalizou.


Fonte: UOL