A região central de São Paulo vai ganhar uma nova estação de trem. Até 2015, a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) planeja inaugurar uma parada no terreno hoje ocupado pela Favela do Moinho, em Campos Elísios. Segundo o presidente da companhia, Mário Bandeira, três linhas atenderão o local: a 7-Rubi (Jundiaí-Luz), a 8-Diamante (Itapevi-Júlio Prestes) e o Expresso Leste (que atualmente vai de Guaianazes à Luz).
“Estamos com o projeto funcional em curso e esperamos, no segundo semestre, contratar o básico e o executivo”, disse o dirigente na semana passada. O nome da estação será Bom Retiro. Ela atenderá, conforme a estimativa da CPTM, cerca de 30 mil passageiros por dia. A elaboração do projeto funcional custará R$ 140 mil. De acordo com Bandeira, as obras devem começar no fim de 2013.
O problema é que boa parte das pessoas que vivem na favela ainda não têm opções de moradia fora dali. A Secretaria Municipal de Habitação, responsável pelo remanejamento, informou ontem que, desde janeiro, 815 famílias da comunidade cadastradas pela equipe social da pasta recebem ajuda para pagar aluguel. Além disso, todas receberão moradia definitiva em conjuntos que serão construídos em áreas vizinhas ao local. A Prefeitura, porém, não informou quais são elas.
As 407 famílias diretamente afetadas pelo incêndio que, em dezembro, consumiu o prédio abandonado do Moinho Central, matando duas pessoas, teriam optado pelas unidades habitacionais que já estão em construção na Vila dos Remédios, na zona oeste. Elas representam cerca de metade dos moradores cadastrados.
Entretanto, a aposentada Neide Aparecida Campos, de 61 anos, que mora na favela, reclama da falta de informações para quem ficou. “Estamos sem saber nada. De uns tempos para cá, a Prefeitura sumiu. Não sabemos quando, exatamente, teremos que sair.”
A Prefeitura informou quando os conjuntos habitacionais para as famílias serão entregues. O JT visitou o local ontem e viu muitas pessoas vivendo sob o Viaduto Engenheiro Orlando Murgel, ao lado da comunidade, em chão de terra batida. O carroceiro João Miguel da Silva, de 55 anos, era uma delas. “Dizem que vão dar apartamentos. Estamos esperando.”
Várias crianças e idosos arriscavam-se atravessando a linha férrea – com intenso fluxo de trens – que passa sob a estrutura. Segundo a Prefeitura, a área da favela é de 30,1 mil metros quadrados.
Nos projetos da gestão Gilberto Kassab (PSD), pela região da comunidade passarão uma avenida e um parque, e as linhas de trem serão enterradas. Trata-se da Operação Urbana Lapa-Brás, que não tem um prazo para sair do papel.
Apesar disso, o presidente da CPTM disse que a Estação Bom Retiro já será construída prevendo a mudança. Enquanto a estação for na superfície, o mezanino ficará embaixo da parada. Depois, atenderá as linhas subterrâneas.
Fonte: Jornal da Tarde
“Estamos com o projeto funcional em curso e esperamos, no segundo semestre, contratar o básico e o executivo”, disse o dirigente na semana passada. O nome da estação será Bom Retiro. Ela atenderá, conforme a estimativa da CPTM, cerca de 30 mil passageiros por dia. A elaboração do projeto funcional custará R$ 140 mil. De acordo com Bandeira, as obras devem começar no fim de 2013.
O problema é que boa parte das pessoas que vivem na favela ainda não têm opções de moradia fora dali. A Secretaria Municipal de Habitação, responsável pelo remanejamento, informou ontem que, desde janeiro, 815 famílias da comunidade cadastradas pela equipe social da pasta recebem ajuda para pagar aluguel. Além disso, todas receberão moradia definitiva em conjuntos que serão construídos em áreas vizinhas ao local. A Prefeitura, porém, não informou quais são elas.
As 407 famílias diretamente afetadas pelo incêndio que, em dezembro, consumiu o prédio abandonado do Moinho Central, matando duas pessoas, teriam optado pelas unidades habitacionais que já estão em construção na Vila dos Remédios, na zona oeste. Elas representam cerca de metade dos moradores cadastrados.
Entretanto, a aposentada Neide Aparecida Campos, de 61 anos, que mora na favela, reclama da falta de informações para quem ficou. “Estamos sem saber nada. De uns tempos para cá, a Prefeitura sumiu. Não sabemos quando, exatamente, teremos que sair.”
A Prefeitura informou quando os conjuntos habitacionais para as famílias serão entregues. O JT visitou o local ontem e viu muitas pessoas vivendo sob o Viaduto Engenheiro Orlando Murgel, ao lado da comunidade, em chão de terra batida. O carroceiro João Miguel da Silva, de 55 anos, era uma delas. “Dizem que vão dar apartamentos. Estamos esperando.”
Várias crianças e idosos arriscavam-se atravessando a linha férrea – com intenso fluxo de trens – que passa sob a estrutura. Segundo a Prefeitura, a área da favela é de 30,1 mil metros quadrados.
Nos projetos da gestão Gilberto Kassab (PSD), pela região da comunidade passarão uma avenida e um parque, e as linhas de trem serão enterradas. Trata-se da Operação Urbana Lapa-Brás, que não tem um prazo para sair do papel.
Apesar disso, o presidente da CPTM disse que a Estação Bom Retiro já será construída prevendo a mudança. Enquanto a estação for na superfície, o mezanino ficará embaixo da parada. Depois, atenderá as linhas subterrâneas.
Fonte: Jornal da Tarde