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4 de outubro de 2011

Trem envolvido em acidente recebe cuidados, e deverá retornar em breve

 Trem série 1700, unidade 1717, no pátio da Luz minutos depois do acidente
Por Diego Silva http://cptmemfoco.blogspot.com/ 

A CPTM teve um momento inusitado em 12 de julho: um choque entre dois trens (1717 e 7007), causando ferimentos leves em 42 usuários e a demissão de um dos maquinistas. A máscara facial de um dos trens ficou completamente destruída (unidade 7007, com pouco mais de um ano de uso), e a unidade 1717 sofreu amassos na máscara, além de ter estragado os pára-brisas. Em uma semana, ambos os trens permaneceram frente a frente, no pátio da Lapa, para realização de inspeção e perícia. Após isso, a unidade 1717 seguiu para Presidente Altino (em Osasco), onde realizou serviços de calderaria na máscara, ganhando uma nova chapa de aço inox. A recuperação dessa unidade mostra a importância de um equipamento instalado na cabeceira dos trens, chamado anti-climber, que é responsável por 'jogar' o trem para o lado em caso de colisão, evitando o encavalamento. No caso da frota 1700, de construção Mafersa, o anti-climber está posicionado bem no meio da máscara, entre os faróis. Porém, na outra unidade da frota 7000, de construção CAF, os anti-climbers estão posicionados nas laterais, o que fez com que houvesse uma imcompatibilidade, e feito o estrago que fez.
Trem série 1700, unidade 1717 no pátio da Lapa: em breve, de volta aos trilhos 
Trem série 1700, unidade 1717. Detalhe do afundamento do farol esquerdo
Trem série 1700, unidade 1717: detalhe do mesmo local que estava afundado
 A unidade 7007, que faz parte da frota de novos trens da CPTM, teve menos sorte no acidente. Com a batida, sua máscara ficou completamente destruída, além do deslocamento dos engates. As cabines intermediárias também se chocaram, causando mais estragos. A unidade inteira foi dada como condenada, mas pessoas ligadas à manutenção da CPTM disseram que a batida não afetou a estrutura do trem (chamada de longarina), e que ainda é possível recuperar o trem. Depois da perícia, a unidade foi movida para o abrigo menor da Lapa, que fica de frente para este que está em evidência na imagem, onde permanece imóvel até os dias de hoje. Existe uma licitação em aberto, para concorrência da manutenção das novas frotas da CPTM, e segundo os bastidores, quem vencer essa licitação poderá ficar responsável pela remobilização tanto desse trem, quanto do Q01 (7001-7002, que descarrilou em São Miguel Paulista e está imobilizado em Roosevelt), e do Q07 (7025, que foi atingido por um trem série 1100, 'rasgando' sua máscara na lateral).

Unidade 7007: destruição completa da máscara

Texto: Diego Silva  Blog CPTM em Foco http://cptmemfoco.blogspot.com/