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| Foto: Rodrigo Rodrigues/g1 |
O Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo, inaugurou na última quarta-feira (6) a ampliação de sua sala de embarque remoto, um passo importante na modernização do segundo maior aeroporto do Brasil. A área, que antes contava com 1.400 m², foi expandida para cerca de 3.300 m², oferecendo mais conforto aos passageiros que utilizam ônibus para acessar as aeronaves.
A reforma, conduzida pela concessionária Aena, responsável pela administração do aeroporto desde outubro de 2023, custou R$ 30 milhões e faz parte de um investimento total de R$ 2,4 bilhões previsto até 2028. A nova sala de embarque remoto agora conta com 339 assentos (antes eram 213), 11 lojas e opções gastronômicas (contra apenas duas anteriormente), além de maior espaçamento entre os 10 portões de embarque. Apesar da ampliação, a estrutura é provisória e será substituída por uma sala definitiva no hangar tombado da antiga Varig, que será reformado e integrado ao terminal principal com pontes de embarque (fingers) até a conclusão das obras.
Voos internacionais em 2028
A Aena também anunciou planos para retomar voos internacionais em Congonhas a partir de 2028, quando as obras de modernização estiverem concluídas. As negociações com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e o Ministério de Portos e Aeroportos já estão em andamento. A ideia é atender principalmente destinos na América do Sul, como Argentina, Chile e Uruguai, devido às limitações do tamanho da pista, que não suporta aviões de grande porte usados em voos transoceânicos.
Segundo Kleber Meira, diretor-executivo de Congonhas, há grande demanda por voos internacionais, especialmente para uma ponte aérea com o Aeroparque, em Buenos Aires, que funciona como hub para conexões internacionais. Companhias como Sky Airline, JetSmart, Flybondi, Azul, Gol e Latam já demonstraram interesse. A operação começará com aviação executiva e geral, evoluindo para voos comerciais após a homologação alfandegária do terminal.
Modernização e capacidade
As obras de modernização, iniciadas em março de 2024, preveem um novo terminal de passageiros com 105 mil m², 19 pontes de embarque (atualmente são 12) e até 108 posições de check-in. A capacidade do aeroporto deve aumentar de 22 milhões para 29,5 milhões de passageiros por ano, sem alterar o número de pousos e decolagens (44 por hora). Isso será possível com a operação de aeronaves maiores, como o Airbus A321neo e o Boeing 737 Max 10, que comportam mais de 220 passageiros.
Outras melhorias incluem a ampliação das pistas de taxiamento para atender normas internacionais, retrofit do sistema de ar-condicionado, revitalização da fachada, reforma de banheiros e a criação de um bolsão para carros de aplicativo. A área de desembarque também será expandida, e o terminal atual poderá ser adaptado para receber voos internacionais.
Desafios e críticas
Desde que a Aena assumiu a gestão, Congonhas enfrentou problemas como quedas de energia, falhas nos painéis informativos e no ar-condicionado, além de cancelamentos de voos devido a condições climáticas, como o temporal de novembro de 2024, que resultou em 115 voos cancelados. Apesar disso, a concessionária promete melhorias graduais, com foco em conforto e eficiência para os cerca de 15 mil passageiros diários que utilizam a sala de embarque remoto, equivalente a 45% dos embarques totais do aeroporto.
Futuro promissor
Com as obras em andamento, Congonhas se prepara para se tornar um hub mais moderno e conectado, integrando-se à futura estação da Linha 17-Ouro do monotrilho e reforçando sua posição estratégica em São Paulo. A retomada de voos internacionais é vista como um marco para tornar o aeroporto ainda mais relevante no cenário da aviação latino-americana.
Fonte: G1 São Paulo (https://www.metropoles.com/sao-paulo/aeroporto-de-congonhas-preve-retorno-de-voos-internacionais-para-2028)
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