As informações a seguir foram extraídas do site Pipeline.
O futuro do Metrô de São Paulo pode envolver uma maior participação da iniciativa privada, mas a Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) continuará sendo uma empresa pública, com 99,5% de suas ações detidas pelo governo do estado e o restante pelo município.
De acordo com o presidente do Metrô de São Paulo, Julio Castiglioni, a estatal manteria suas funções de engenharia e consultoria em mobilidade urbana, incluindo o planejamento de novas linhas, definição de traçados, compensações ambientais e desapropriações. A operação dos trens, no entanto, passaria para a iniciativa privada, seguindo o modelo de concessão já adotado na Linha 4-Amarela, operada pela CCR.
Um estudo realizado pelo Banco Mundial e seu braço de investimentos, o IFC, está avaliando a viabilidade da concessão das linhas públicas ainda sob operação: 1 – Azul, 2 – Verde, 3 – Vermelha e 15 – Prata. O governo paulista planeja colocar essas linhas em pacotes de concessão a serem definidos após os resultados desse estudo.
Além disso, a empresa tem adotado medidas para aumentar sua eficiência operacional, incluindo uma redução de 29% no número de empregados, passando de 10,2 mil para 7,24 mil funcionários, além de revisão de contratos e investimentos em energia solar para reduzir custos com eletricidade.
Em termos de satisfação, uma pesquisa recente revelou que 76% dos passageiros consideram o serviço bom ou ótimo, o melhor índice em 22 anos, embora ainda existam reclamações sobre lotação, qualidade e pontualidade, especialmente nas linhas mais antigas e na Linha 15 – Prata, que enfrentou incidentes como quedas de placas de concreto e colisões durante a manutenção.
A Linha 17 – Ouro, que deveria ter sido concluída para a Copa de 2014, está prevista para entrar em operação comercial no segundo semestre de 2026. O Metrô também está implementando portas de plataforma para aumentar a segurança dos usuários.
Apesar das críticas e desafios, Castiglioni destaca que o Metrô de São Paulo continua sendo um símbolo de identificação para os paulistanos, que podem reclamar do serviço, mas defendem sua importância e a qualidade do transporte.