Pesquisa mostra que 59% estão insatisfeitos com a qualidade dos serviços.
Número de passageiros nos trens cresceu 120% nos últimos sete anos.
Uma pesquisa feita pela Associação Nacional de Transportes Públicos com passageiros de trens e metrôs de São Paulo mostra que 59% estão insatisfeitos ou totalmente insatisfeitos com a qualidade dos serviços. Para a maioria (57%), o pior problema é a lotação.
O metrô de São Paulo leva mais de 4,6 milhões de passageiros todos os dias e os trens metropolitanos mais de 2,6 milhões de pessoas. É como se seis em cada dez habitantes da capital paulista passassem pelos trilhos todos os dias.
O que também atormenta os passageiros é não conseguir lugar pra sentar. Metade dos entrevistados não consegue um assento na ida. Na volta, seis em cada dez viajam em pé e apertados.
A grande dificuldade de quem usa esse tipo de transporte em São Paulo é que, por causa do horário de trabalho, muita gente é obrigada a enfrentar as estações no horário de pico. Só entre as sete e as nove horas da manhã, 7.600 pessoas embarcam no metrô a cada minuto. Nos trens, a média nesse horário é de 4.500 passageiros por minuto. No fim da tarde, depois de um dia inteiro de trabalho, tudo se repete.
O número de passageiros nos trens cresceu 120% nos últimos sete anos. “Nesse mesmo período praticamente duplicamos nossa frota. A CPTM está resolvendo essa situação, ampliando o número de trens e diminuindo o intervalo entre as viagens”, explica Sérgio de Carvalho, gerente de relacionamento da CPTM.
No metrô, a procura aumentou 50% nos últimos dois anos. “O metrô se destaca como meio de transporte rápido e confiável, e isso acaba atraindo cada vez mais pessoas. Nós temos hoje quatro linhas em expansão, isso é muito, é bastante, e possivelmente em um futuro próximo teremos duas ou três linhas”, avalia Wilmar Fratini, gerente de operações do Metrô.
Enquanto os recursos não acompanham o aumento da procura, a volta pra casa continua sendo o pior momento do dia pra muita gente.
G1