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24 de junho de 2011

MRS admite compartilhar linha


A direção da MRS Logística informou, nesta semana, que concorda com o compartilhamento da linha férrea para que os trens de passageiros sejam levados até César de Souza, passando pelo trecho de concessão federal operado exclusivamente pela empresa para transporte de cargas. O posicionamento da empresa pode ser considerado um passo importante para viabilização do projeto, já que o direito de passagem das composições da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), nos cinco quilômetros que ligam a Estação Estudantes ao Distrito, vinha sendo apontado como um empecilho técnico para ampliação do transporte público ferroviário em Mogi das Cruzes.

A direção da MRS Logística informou, nesta semana, que concorda com o compartilhamento da linha férrea para que os trens de passageiros sejam levados até César de Souza, passando pelo trecho de concessão federal operado exclusivamente pela empresa para transporte de cargas. O posicionamento da empresa pode ser considerado um passo importante para viabilização do projeto, já que o direito de passagem das composições da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), nos cinco quilômetros que ligam a Estação Estudantes ao Distrito, vinha sendo apontado como um empecilho técnico para ampliação do transporte público ferroviário em Mogi das Cruzes.

Em entrevista exclusiva a O Diário, o gerente geral de Concessão e Arrendamento da MRS, Sérgio Carrato, colocou fim a qualquer dúvida sobre o assunto e garantiu que a empresa não oferecerá resistência à ampliação da Linha 11 – Coral, hoje com ponto final na Estação Estudantes.

Na última semana, durante entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) admitiu que existe vontade política por parte do Estado para levar os trens de passageiros até César de Souza. As declarações foram amplamente comemoradas pelas lideranças do movimento "Trem até César, Já!", mas ainda restavam empecilhos técnicos. Isso porque, de acordo com Alckmin, o principal desafio de viabilização do projeto seria a necessidade de entendimento entre a União e o Estado para compartilhamento da linha férrea. Nesta semana, o gerente Sérgio Carrato esclareceu que a MRS não fará objeções ao plano, desde que haja garantias de que o transporte de cargas não será prejudicado e de que seja garantida a segurança aos passageiros transportados pela CPTM no trecho de concessão da empresa.

Carrato informou que, até o momento, a MRS não recebeu nenhum tipo de consulta formal do Governo do Estado sobre o eventual transporte de passageiros na linha operada pela concessionária. Porém, ele destacou que já há casos em que a CPTM compartilha as linhas destinadas ao transporte de cargas, como no caso dos trens de passageiros que passam por Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. "Não vejo nenhum grande óbice para que a gente possa buscar um entendimento para compartilhamento dessa linha. A MRS não é contra porque já temos esse tipo de regime de transporte em prática. Mas, devo enfatizar que é preciso haver um entendimento para que não haja prejuízos para o transporte de cargas. Tudo é uma questão de entendimento, mas, de maneira alguma nós não iríamos nos recusar a dialogar", destacou.

O gerente procurou enfatizar que a MRS Logística utiliza a linha especialmente para transporte de celulose para exportação e que o compartilhamento da linha precisa ser feito de modo a não prejudicar a passagem dos trens de carga, para que não haja atrasos no carregamento e na entrega dos produtos, já que a concessionária possui contratos rígidos com seus clientes. "Como é uma linha única, precisamos compartilhar com os trens de passageiros sem causar prejuízos ao transporte de cargas. Será necessário haver adequações e fixar os horários para que haja garantia de circulação para todos, sem problemas de atraso de trens. Então, volto a ressaltar, teremos de ter um entendimento bem especifico".

O empreendedor também lembrou que serão necessários estudos técnicos que indiquem a demanda de transporte de passageiros na linha e garantias, por parte da CPTM, de segurança aos usuários. "A partir do momento em que a CPTM fizer essa pesquisa e o Governo do Estado indicar a quantidade de passageiros que vão circular, nós vamos fazer uma análise da capacidade da linha existente. "Concluído o estudo, feito entre as duas áreas técnicas, da MRS e da CPTM, vamos verificar quais serão os pré-requisitos técnicos necessários para que o trem possa levar os passageiros em segurança. A MRS sempre esteve em permanente diálogo com a CPTM e sabe do clamor público em torno desse projeto, mas preciso enfatizar que os estudos são necessários para que possamos dar uma resposta técnica e responsável", encerrou.