Aumentos de tarifas do transporte coletivo nos meses de dezembro ou janeiro não são novidade. Reajustes nos mais diversos modais são tradição nessa época de ano – além dos protestos que são realizados na sequência.
Em 2017, no entanto, novos fatores estão presentes, trazendo um cenário de imprevisibilidade para os usuários. Decisões judiciais e revogações de decreto tem provocado idas e vindas nas tarifas, num jogo que ainda não tem um ponto final previsto.
Por que, afinal, este ano está sendo diferente de anos anteriores? A origem desse cenário instável tem nome e sobrenome: João Doria (PSDB), novo prefeito de São Paulo, que decidiu congelar a tarifa de ônibus em R$ 3,80.
A decisão do tucano (até certo ponto louvável por estar sendo cumprida uma promessa de campanha) gerou uma reação em cadeia e acabou provocando desequilíbrios, já que São Paulo sempre foi o carro-chefe que acabava influenciando as definições de tarifas em toda a região metropolitana.
O governo de São Paulo, comandado pelo inventor de Doria, Geraldo Alckmin (PSDB), foi na onda do prefeito e não reajustou as tarifas da CPTM e no Metrô. No entanto, providenciou uma forma de “compensar” esse congelamento, passando a cobrar tarifa de integração em terminais como Diadema e Piraporinha e reajustar em mais que o dobro da inflação a integração entre ônibus municipais de São Paulo e o sistema metro-ferroviário.
Esta evidente estratégia de “fazer cortesia com o chapéu dos outros” (para não dizer populismo barato) foi um dos motivos que levou a Justiça a suspender os reajustes determinados pela Secretaria de Transportes Metropolitanos. Não adianta beneficiar alguns usuários e prejudicar outros.
O desequilíbrio também chegou às prefeituras. Uma vez congelada a tarifa na capital, os municípios do ABC deixaram de lado a discussão regional sobre o assunto e cada prefeito tomou a decisão por conta própria. Gestores que estavam prestes a sair elevaram tarifas e sucessores acabaram revogando os aumentos (como em São Caetano e Mauá) ou mantiveram o reajuste (como em Santo André).
Decisões de congelamento ou de reajuste precisam ser tomadas de maneira equilibrada, com embasamento técnico e de forma justa. Colocar o componente político nesta conta só prejudica o usuário.
Fonte: http://www.reporterdiario.com.br/noticia/2295127/reacao-em-cadeia/
Em 2017, no entanto, novos fatores estão presentes, trazendo um cenário de imprevisibilidade para os usuários. Decisões judiciais e revogações de decreto tem provocado idas e vindas nas tarifas, num jogo que ainda não tem um ponto final previsto.
Por que, afinal, este ano está sendo diferente de anos anteriores? A origem desse cenário instável tem nome e sobrenome: João Doria (PSDB), novo prefeito de São Paulo, que decidiu congelar a tarifa de ônibus em R$ 3,80.
A decisão do tucano (até certo ponto louvável por estar sendo cumprida uma promessa de campanha) gerou uma reação em cadeia e acabou provocando desequilíbrios, já que São Paulo sempre foi o carro-chefe que acabava influenciando as definições de tarifas em toda a região metropolitana.
O governo de São Paulo, comandado pelo inventor de Doria, Geraldo Alckmin (PSDB), foi na onda do prefeito e não reajustou as tarifas da CPTM e no Metrô. No entanto, providenciou uma forma de “compensar” esse congelamento, passando a cobrar tarifa de integração em terminais como Diadema e Piraporinha e reajustar em mais que o dobro da inflação a integração entre ônibus municipais de São Paulo e o sistema metro-ferroviário.
Esta evidente estratégia de “fazer cortesia com o chapéu dos outros” (para não dizer populismo barato) foi um dos motivos que levou a Justiça a suspender os reajustes determinados pela Secretaria de Transportes Metropolitanos. Não adianta beneficiar alguns usuários e prejudicar outros.
O desequilíbrio também chegou às prefeituras. Uma vez congelada a tarifa na capital, os municípios do ABC deixaram de lado a discussão regional sobre o assunto e cada prefeito tomou a decisão por conta própria. Gestores que estavam prestes a sair elevaram tarifas e sucessores acabaram revogando os aumentos (como em São Caetano e Mauá) ou mantiveram o reajuste (como em Santo André).
Decisões de congelamento ou de reajuste precisam ser tomadas de maneira equilibrada, com embasamento técnico e de forma justa. Colocar o componente político nesta conta só prejudica o usuário.
Fonte: http://www.reporterdiario.com.br/noticia/2295127/reacao-em-cadeia/