A população de São Paulo foi surpreendida com a aliança do Governo Alckmin e do prefeito Haddad que anunciaram juntos o aumento da passagem do metrô, ônibus e CPTM. Com o aumento das tarifas, os trabalhadores de São Paulo terão que pagar mais caro (R$3,20) pelo mesmo serviço de péssima qualidade. O sufoco dos trens lotados e a longa espera nos pontos de ônibus continuam, e o preço da passagem só aumenta ao longo dos anos.
Em várias capitais brasileiras onde o aumento também foi imposto, a juventude e a população saíram às ruas indignados contra o aumento abusivo. Em Porto Alegre, a força da mobilização de milhares de estudantes e trabalhadores conquistou a revogação do aumento. Em Natal, no ano passado, os estudantes também conseguiram barrar o aumento. Neste ano, houve novas mobilizações na capital do Rio Grande do Norte que fizeram a prefeitura recuar na sua proposta inicial de aumento. Em Teresina (PI), após 5 dias de protestos, o reajuste da passagem foi suspenso por 30 dias.
Aqui, em São Paulo, a população também não está disposta a aceitar mais um aumento. No final da tarde desta quinta-feira, 6 de junho, cerca de 4 mil estudantes e trabalhadores protestaram nas ruas da cidade. A manifestação recebeu o apoio da população por onde a passeata passava.
Quando a manifestação chegou à Avenida Paulista, após quase três horas de caminhada pelas ruas da cidade, a Tropa de Choque do governo Alckmin reprimiu brutalmente os estudantes e trabalhadores. O ato que já se encerrava foi recebido covardemente com bombas de gás lacrimogêneo, balas de borracha e spray de pimenta. Alguns manifestantes conseguiram se refugiar em um shopping da região. A polícia, no entanto, cercou o estabelecimento e impediu a saída dos manifestantes, bem como dos funcionários e clientes que estavam no shopping. Encurralados e sob a ameaça e o terror tocado pela Tropa de Choque, permaneceram por horas dentro do local.
Quando a situação se acalmou, Altino Prazeres, presidente do Sindicato dos Metroviários, que acompanhava o protesto, tentou negociar com a Polícia Militar a saída das pessoas que estavam no shopping. De forma arbitrária e abusiva, Altino foi detido pela PM. Horas depois foi liberado, sem nenhuma acusação formal, comprovando a arbitrariedade da ação.
O governo, com o apoio da mídia, quer justificar a brutal repressão contra estudantes e trabalhadores. Para isso, argumentam que o protesto foi um ato de “vandalismo” organizado por “baderneiros”. Utilizam ações isoladas para justificar o que não se justifica. Ali, nas ruas da cidade, eram estudantes e trabalhadores que se manifestavam pelo direito de ir e vir, dificultado com os sucessivos aumentos da tarifa do transporte público. Só pra se ter uma ideia do preço exorbitante da passagem do transporte público em São Paulo, de acordo com estudo do Sindicato dos Metroviários de SP, em 1995, a passagem do metrô em São Paulo custava R$ 0,80. Se fosse corrigida pela inflação do período, teria de ser hoje de R$ 1,97. O mesmo ocorre com as tarifas de ônibus que, em 1994, eram de R$ 0,50 e deveriam custar R$ 1,71 hoje.
Haddad e Alckmin, que se enfrentaram nas últimas eleições e prometeram não aumentar a tarifa do transporte público, agora, no governo, estão do mesmo lado, contra a população e a mobilização dos estudantes e trabalhadores.
PSTU - SP
Em várias capitais brasileiras onde o aumento também foi imposto, a juventude e a população saíram às ruas indignados contra o aumento abusivo. Em Porto Alegre, a força da mobilização de milhares de estudantes e trabalhadores conquistou a revogação do aumento. Em Natal, no ano passado, os estudantes também conseguiram barrar o aumento. Neste ano, houve novas mobilizações na capital do Rio Grande do Norte que fizeram a prefeitura recuar na sua proposta inicial de aumento. Em Teresina (PI), após 5 dias de protestos, o reajuste da passagem foi suspenso por 30 dias.
Aqui, em São Paulo, a população também não está disposta a aceitar mais um aumento. No final da tarde desta quinta-feira, 6 de junho, cerca de 4 mil estudantes e trabalhadores protestaram nas ruas da cidade. A manifestação recebeu o apoio da população por onde a passeata passava.
Quando a manifestação chegou à Avenida Paulista, após quase três horas de caminhada pelas ruas da cidade, a Tropa de Choque do governo Alckmin reprimiu brutalmente os estudantes e trabalhadores. O ato que já se encerrava foi recebido covardemente com bombas de gás lacrimogêneo, balas de borracha e spray de pimenta. Alguns manifestantes conseguiram se refugiar em um shopping da região. A polícia, no entanto, cercou o estabelecimento e impediu a saída dos manifestantes, bem como dos funcionários e clientes que estavam no shopping. Encurralados e sob a ameaça e o terror tocado pela Tropa de Choque, permaneceram por horas dentro do local.
Quando a situação se acalmou, Altino Prazeres, presidente do Sindicato dos Metroviários, que acompanhava o protesto, tentou negociar com a Polícia Militar a saída das pessoas que estavam no shopping. De forma arbitrária e abusiva, Altino foi detido pela PM. Horas depois foi liberado, sem nenhuma acusação formal, comprovando a arbitrariedade da ação.
O governo, com o apoio da mídia, quer justificar a brutal repressão contra estudantes e trabalhadores. Para isso, argumentam que o protesto foi um ato de “vandalismo” organizado por “baderneiros”. Utilizam ações isoladas para justificar o que não se justifica. Ali, nas ruas da cidade, eram estudantes e trabalhadores que se manifestavam pelo direito de ir e vir, dificultado com os sucessivos aumentos da tarifa do transporte público. Só pra se ter uma ideia do preço exorbitante da passagem do transporte público em São Paulo, de acordo com estudo do Sindicato dos Metroviários de SP, em 1995, a passagem do metrô em São Paulo custava R$ 0,80. Se fosse corrigida pela inflação do período, teria de ser hoje de R$ 1,97. O mesmo ocorre com as tarifas de ônibus que, em 1994, eram de R$ 0,50 e deveriam custar R$ 1,71 hoje.
Haddad e Alckmin, que se enfrentaram nas últimas eleições e prometeram não aumentar a tarifa do transporte público, agora, no governo, estão do mesmo lado, contra a população e a mobilização dos estudantes e trabalhadores.
PSTU - SP