Em entrevista coletiva nesta quarta-feira, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), reafirmou que a prefeitura não tem condições de reduzir a tarifa do transporte público na capital paulista por iniciativa própria. Segundo o prefeito, isso só será possível caso políticas de desoneração do transporte avancem no Congresso. Caso a tarifa seja mantida em R$ 3,00, o subsídio da prefeitura passaria dos atuais R$ 1,25 bilhão para R$ 2,7 bilhões em 2016.
De acordo com o prefeito, a não ser que haja um avanço nas políticas de desoneração do setor de transporte público, a redução da tarifa só seria possível com o corte em outras áreas, o que não é cogitado pela prefeitura. "São Paulo tem duas alternativas: ou corta de outras áreas, ou parte para a desoneração (de impostos sobre o transporte público). (...) A coisa mais fácil do mundo é agradar no curto prazo e tomar uma decisão de caráter populista", disse Haddad.
O prefeito afirma que existe uma série de projetos de lei tramitando no Congresso que tratam da redução de impostos sobre insumos do transporte público. O mais avançado deles é o PLC-310/09. Segundo Haddad, a Frente Nacional dos Prefeitos tem pressionado o Senado para agilizar a tramitação do projeto, que prevê a desoneração do imposto estadual ICMS cobrado sobre insumos como pneus e óleo diesel. A expectativa é de que o texto seja votado na próxima terça-feira pela Comissão de Assuntos Econômicos do Senado. Se aprovado sem emendas, a previsão da prefeitura é de que a lei de desoneração possa ser sancionada pela presidente Dilma Rousseff de 15 a 20 dias depois.
Uma vez sancionada a lei, o prefeito garante que teria condições de reduzir a tarifa do transporte público. "Aí, sim, a tarifa baixaria", disse Haddad, que afirmou ter cancelado, por ocasião dos protestos, um compromisso que teria em Brasília nesta semana para discutir justamente a tramitação do projeto de lei.
Haddad também criticou fortemente as cenas de vandalismo ocorridas na região central de São Paulo na noite de ontem. "O que aconteceu aqui é uma atrocidade contra a cidade, o Theatro Municipal, o prédio da prefeitura", criticou. "Gestos como o de ontem não contribuem para o funcionamento da cidade. A cidade quer funcionar", disse o prefeito, que viu a depredação como uma ação de uma minoria. "Inocentes não devem pagar por atos que não são próprios da democracia", salientou.
Terra
Curta nossa página no facebook
As notícias veiculadas acima, na forma de clipping, são acompanhadas dos respectivos créditos quanto ao veículo e ao autor, não sendo de responsabilidade do Blog Diário da CPTM
Curta nossa página no facebook
As notícias veiculadas acima, na forma de clipping, são acompanhadas dos respectivos créditos quanto ao veículo e ao autor, não sendo de responsabilidade do Blog Diário da CPTM