O reajuste da tarifa do transporte público foi revogado em São Paulo. A redução começa a valer a partir de segunda-feira (24). As passagens de trens, Metrô e ônibus voltam a custar R$ 3.
A decisão foi anunciada após reunião entre o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o prefeito Fernando Haddad (PT) no Palácio dos Bandeirantes na tarde desta quarta-feira (19).
Os responsáveis pela administração do estado e do município sofriam pressão de movimentos populares contra a alta da tarifa de trens, Metrô e ônibus. Eles fizeram o anúncio da decisão em conjunto.
Em seu pronunciamento, antes de anunciar a redução, o governador Geraldo Alckmin reforçou ter compromisso com a melhoria do transporte público e com a tranquilidade da cidade.
Por sua vez, Haddad reafirmou que a redução vai trazer consequências para a cidade, o que vai exigir que o Orçamento municipal seja repensado.
Também participaram da reunião o secretário do governo municipal, Antonio Donato Madormo, o secretário estadual de Transporte Metropolitanos, Jurandir Fernandes, e o secretário chefe da Casa Civil do governo estadual, Edson Aparecido.
Nesta manhã, o prefeito Fernando Haddad (PT) disse em entrevista ao SPTV que daria uma resposta até sexta-feira (21) sobre a possibilidade de redução na tarifa de ônibus.
"Nós estamos com nosso cronograma no máximo até sexta-feira para dar resposta para o movimento. Nós não somos irresponsáveis de ir concordando com tudo sem saber o impacto para a socidade, mas nós estamos na mesa de negociação, discutindo", afirmou.
O prefeito voltou a dizer que existiam apenas duas alternativas para revogar o aumento da tarifa de ônibus: cortar gastos de outras áreas ou avançar na política de desoneração. “Nós estamos colocando R$ 600 milhões a mais na conta do subsídio para manter a tarifa nesse patamar. Qualquer mudança disso significará prejuízo para outras áreas do governo. Nós trabalhamos no sentido de aprovar a política de desoneração”, afirmou.
Pela manhã, o governador Geraldo Alckmin não comentou as reivindicações, mas falou sobre saques e atos de vandalismo registrados no sexto dia de protestos. Ele afirmou que a Polícia Militar deverá agir com rigor para proteger o patrimônio público e privado durante as manifestações.
"A polícia agirá com rigor no sentido de que não permitirá a ação de vândalos, seja colocando a vida das pessoas em risco, seja promovendo destruição do patrimônio”, disse o governador.
Ele reiterou, no entanto, o apoio às manifestações pacíficas. “Eu queria dizer todo nosso apoio para manifestação. Manifestação legítima, uma manifestação pacífica, uma manifestação ordeira. De outro lado, não é possível tolerar a ação de vândalos, de uma minoria que depreda patrimônio público e privado, que fez saques, que põe em risco a vida da população”, disse o governador.
Alckmin cobrou que o movimento se manifeste contra os atos de vandalismo. “Aos jovens líderes do movimento, liderança impõe responsabilidade, devem claramente condenar essas ações de vandalismo e de baderna que prejudicam a população”, disse.
Movimento critica estratégias
O Movimento Passe Livre declarou, em nota divulgada nesta quarta, que o poder público de São Paulo tem escolhido duas estratégias para enfrentar os recentes protestos que pedem a revogação do aumento das tarifas do transporte público na cidade: o governo do estado "se cala" e a Prefeitura, "tenta de toda forma iludir o povo".
A nota foi divulgada durante mais um dia de protestos contra o aumento da tarifa do transporte público de R$ 3 para R$ 3,20. Vias da capital paulista foram bloqueadas pela manhã por grupos que dão apoio ao MPL. Na terça-feira (18), durante o 6º protesto sobre a redução das tarifas, houve atos de vandalismo contra a sede da Prefeitura e outros prédios públicos. Na Avenida Paulista e na Praça da Sé, a manifestação foi pacífica.
Os organizadores das manifestações dizem que o governo estadual se nega a dialogar. "O governo do Estado se cala e desaparece do debate público, se negando a dialogar e criando uma ideia que essa é uma questão única de segurança pública, colocando sempre o comando da PM à frente de todas as situações", diz o documento.
Em relação à Prefeitura, o movimento critica as declarações sobre as mudanças no Orçamento, caso seja reduzida a tarifa. "Já a Prefeitura tenta de toda forma iludir o povo nas ruas, criando a falsa ideia de que, para revogar o aumento, a Prefeitura terá que retirar dinheiro da educação, saúde e outras áreas sociais", afirma a nota.
Segundo o MPL, o discurso da Prefeitura é falso e justifica que as verbas para setores como educação e saúde estão vinculadas e não podem ser transferidas. Também segundo a nota, o governador Geraldo Alckmin deixou claro que prefere mandar a Polícia Militar para tratar de uma demanda da população, o que comprova que São Paulo "não lida bem com manifestações".
G1
A decisão foi anunciada após reunião entre o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o prefeito Fernando Haddad (PT) no Palácio dos Bandeirantes na tarde desta quarta-feira (19).
Os responsáveis pela administração do estado e do município sofriam pressão de movimentos populares contra a alta da tarifa de trens, Metrô e ônibus. Eles fizeram o anúncio da decisão em conjunto.
Em seu pronunciamento, antes de anunciar a redução, o governador Geraldo Alckmin reforçou ter compromisso com a melhoria do transporte público e com a tranquilidade da cidade.
Por sua vez, Haddad reafirmou que a redução vai trazer consequências para a cidade, o que vai exigir que o Orçamento municipal seja repensado.
Também participaram da reunião o secretário do governo municipal, Antonio Donato Madormo, o secretário estadual de Transporte Metropolitanos, Jurandir Fernandes, e o secretário chefe da Casa Civil do governo estadual, Edson Aparecido.
Nesta manhã, o prefeito Fernando Haddad (PT) disse em entrevista ao SPTV que daria uma resposta até sexta-feira (21) sobre a possibilidade de redução na tarifa de ônibus.
"Nós estamos com nosso cronograma no máximo até sexta-feira para dar resposta para o movimento. Nós não somos irresponsáveis de ir concordando com tudo sem saber o impacto para a socidade, mas nós estamos na mesa de negociação, discutindo", afirmou.
O prefeito voltou a dizer que existiam apenas duas alternativas para revogar o aumento da tarifa de ônibus: cortar gastos de outras áreas ou avançar na política de desoneração. “Nós estamos colocando R$ 600 milhões a mais na conta do subsídio para manter a tarifa nesse patamar. Qualquer mudança disso significará prejuízo para outras áreas do governo. Nós trabalhamos no sentido de aprovar a política de desoneração”, afirmou.
Pela manhã, o governador Geraldo Alckmin não comentou as reivindicações, mas falou sobre saques e atos de vandalismo registrados no sexto dia de protestos. Ele afirmou que a Polícia Militar deverá agir com rigor para proteger o patrimônio público e privado durante as manifestações.
"A polícia agirá com rigor no sentido de que não permitirá a ação de vândalos, seja colocando a vida das pessoas em risco, seja promovendo destruição do patrimônio”, disse o governador.
Ele reiterou, no entanto, o apoio às manifestações pacíficas. “Eu queria dizer todo nosso apoio para manifestação. Manifestação legítima, uma manifestação pacífica, uma manifestação ordeira. De outro lado, não é possível tolerar a ação de vândalos, de uma minoria que depreda patrimônio público e privado, que fez saques, que põe em risco a vida da população”, disse o governador.
Alckmin cobrou que o movimento se manifeste contra os atos de vandalismo. “Aos jovens líderes do movimento, liderança impõe responsabilidade, devem claramente condenar essas ações de vandalismo e de baderna que prejudicam a população”, disse.
Movimento critica estratégias
O Movimento Passe Livre declarou, em nota divulgada nesta quarta, que o poder público de São Paulo tem escolhido duas estratégias para enfrentar os recentes protestos que pedem a revogação do aumento das tarifas do transporte público na cidade: o governo do estado "se cala" e a Prefeitura, "tenta de toda forma iludir o povo".
A nota foi divulgada durante mais um dia de protestos contra o aumento da tarifa do transporte público de R$ 3 para R$ 3,20. Vias da capital paulista foram bloqueadas pela manhã por grupos que dão apoio ao MPL. Na terça-feira (18), durante o 6º protesto sobre a redução das tarifas, houve atos de vandalismo contra a sede da Prefeitura e outros prédios públicos. Na Avenida Paulista e na Praça da Sé, a manifestação foi pacífica.
Os organizadores das manifestações dizem que o governo estadual se nega a dialogar. "O governo do Estado se cala e desaparece do debate público, se negando a dialogar e criando uma ideia que essa é uma questão única de segurança pública, colocando sempre o comando da PM à frente de todas as situações", diz o documento.
Em relação à Prefeitura, o movimento critica as declarações sobre as mudanças no Orçamento, caso seja reduzida a tarifa. "Já a Prefeitura tenta de toda forma iludir o povo nas ruas, criando a falsa ideia de que, para revogar o aumento, a Prefeitura terá que retirar dinheiro da educação, saúde e outras áreas sociais", afirma a nota.
Segundo o MPL, o discurso da Prefeitura é falso e justifica que as verbas para setores como educação e saúde estão vinculadas e não podem ser transferidas. Também segundo a nota, o governador Geraldo Alckmin deixou claro que prefere mandar a Polícia Militar para tratar de uma demanda da população, o que comprova que São Paulo "não lida bem com manifestações".
G1